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história e doutrina da Igreja Primitiva

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Mensagem por Lourival soldado cristão 13th julho 2014, 10:53 am


[size=35] história e doutrina da Igreja Primitiva[/size]



 


[size=35]A luta dos primeiros cristãos contra a cultura[/size]
O cristianismo primitivo era uma revolução que inundou o mundo de então como um fogo inunda um bosque seco. Era um movimento que desafiava as instituições culturais da sociedade romana. Como escreveu Tertuliano: “Nossa luta está contra as instituições de nossos antepassados, contra a autoridade das tradições, contra leis humanas, contra os raciocínios dos sábios deste mundo, contra a antigüidade, e contra os costumes que tínhamos.”1.
Que estranho é, então, que a igreja atual sustenta que os cristãos dos primeiros séculos somente ensinavam e praticavam a cultura de seu dia. Esta ironia se faz mais aguda quando nos damos conta de do que os romanos acusavam aos primeiros cristãos de precisamente o contrário—de não seguir as normas culturais de então.
Mas a relação dos primeiros cristãos a sua cultura não descansa com ser um assunto histórico. É algo que deve interessar-nos profundamente hoje em dia, porque muitas dos dilemas culturais a que defrontamos hoje são os mesmos dilemas que enfrentavam à igreja primitiva. Não obstante,nossas respostas a estes dilemas, pelo geral, foram muito diferentes das deles.
O divórcio—praga do mundo romano
Como em quase todas as sociedades, a família constituía o coração da civilização romana. Mas como é verdadeiro hoje, os casais de então não sempre eram felizes. Tantos os maridos como também as mulheres com freqüência tinham outros amantes.E no tempo de Cristo, a infidelidade matrimonial era tão comum que nem sequer constituía um escândalo.
Não é de estranhar-se, pois, que o divórcio chegou a ser costure corrente. Tanto os homens romanos como as mulheres com freqüência se casavam quatro ou cinco vezes. Como Tertuliano comentou:“Falando do divórcio, as mulheres o almejam como se fosse a conseqüência natural do casal.”2 Na sociedade romana, a maioria dos casais os arrumavam os pais dos noivos Os noivos com freqüência não se amavam e as vezes mal se conheciam quando chegavam ao altar matrimonial. Freqüentemente,tinha grande diferença de idade entre o noivo e a noiva. Tudo isto era tão verdadeiro entre os primeiros cristãos como no resto da sociedade romana. Assim seria mais fácil desculpar o divórcio no mundo romano do que no mundo do século vinte.
Com tudo, os primeiros cristãos não se basearam em raciocínios humanos. Ainda que o divórcio se aceitava livremente na sociedade, eles não permitiam o divórcio—exceto pelo adultério. Como escreveu Orígenes s: “O que Deus juntou, não o separe nenhum homem…nem magistrado nem nenhum outro poder.Porque Deus, quem os juntou, é maior em poder que tudo o demais do que um pudesse nomear ou ainda imaginar.”3 Os cristãos tomavam muito em sério as palavras de Jesus: “Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e quem casar com a repudiada, comete adultério.” (Mateus 5.32).
Esta posição estrita dos primeiros cristãos contra o divórcio claramente não refletia sua cultura. Mas que de nossa atitude para o divórcio? Não seguimos as mudanças em nossa cultura? Faz quarenta anos, um cristão evangélico jamais se tivesse divorciado de seu cônjuge só por motivo de “incompatibilidade. Mas hoje aqui nos Estados Unidos, o número de divórcios na igreja evangélica difere muito pouco do número no mundo.4 Que mudou? De seguro, as Escrituras não. Mas o segmento conservador da sociedade atual sim mudou sua atitude para o divórcio. E os evangélicos o seguiram. Os evangélicos sim se vangloriam com freqüência de opor-se às atitude se correntes do mundo. Mas em realidade, muitas vezes se opõem só ao segmento liberal do mundo. Uma vez que o segmento conservador do mundo aceitou uma prática, a igreja também a aceita. Disso temos o exemplo do divórcio.
O aborto—fenômeno não só do século vinte
Como os casais de hoje, os casais romanos tinham o problema das gravidezes não planejadas. Faltando os métodos modernos de “planejamento familiar”, tinham três maneiras de tratar com o problema: as vezes estrangulavam ao menino recém nascido, as vezes o abandonavam na rua (onde ou morria ou era recolhido para ser criado como escravo), e as vezes praticavam o aborto. Ao invés do que você possa ter pensado, o aborto não é invento do século vinte. O bacharel cristão Félix repreendeu aos romanos “Há mulheres entre vocês que tomam uma poção especial para matar ao futuro humano que levam em seu ventre, assim cometendo homicídio ainda antes de dar a luz.”5.
Ainda que os romanos aceitavam o aborto como prática moral e civilizada, os primeiros cristãos o opunham vigorosamente. Quando alguns romanos levantaram a acusação absurda que os primeiros cristãos matavam e comiam aos meninos em suas cerimônias religiosas, Atenágoras, um apologista cristão que escreveu para o ano 170, contestou estas acusações com as seguintes palavras:“Quando dizemos que aquelas mulheres que usam as poções para causar o aborto são homicidas e terão que render conta a Deus por seu fato, como seria possível que matássemos [aos infantes]?Seria insensatez que disséssemos que o menino na matriz é criação de Deus, e por tanto objeto do cuidado de Deus, e depois que nasça o matássemos.”6.
Tertuliano o explicou aos romanos assim: “Em nosso caso, já que proibimos o homicídio em qualquer forma, não podemos destruir nem sequer ao menino na matriz… Impedir que nasça um menino é somente uma forma de matar. Não há diferença se mata a vida do que nasceu já, ou se mata a vida do que não nasceu ainda.”7.
Admiravelmente, os cristãos evangélicos de hoje geralmente se opuseram ao aborto bem como os primeiros cristãos. Espero que nossa posição não dependa de nossa cultura, mas não sei se assim será. O povo conservador da sociedade americana não aceitou o aborto ainda; os legisladores e os juízes conservadores se opõem ao aborto. Mas se sua posição mudasse, seguiremos nós o mesmo? No momento parece impossível que os evangélicos mudássemos jamais nossa atitude para o aborto. Mas faz um século, quem se tivesse imaginado que o divórcio seria aceitado nas igrejas evangélicas?
Muita moda, pouca modéstia
O apóstolo Pedro tinha instruído às mulheres: “O vosso adorno não seja o enfeite exterior, como as tranças dos cabelos, o uso de jóias de ouro, ou o luxo dos vestidos,” (1 Pedro 3.3). Paulo escreveu palavras semelhantes: “Quero, do mesmo modo, que as mulheres se ataviem com traje decoroso, com modéstia e sobriedade, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos custosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.” (1 Timóteo 2.9-10).Ao dar estas exortações , os apóstolos não somente repetiam as normas culturais de então. Faziam muito ao invés.Uma mulher de moda na Roma antiga usava os mesmos cosméticos que usam as mulheres de hoje em dia. Começava o dia arrumando-se o cabelo e aplicando sua maquiagem. Pintava-se os lábios, usava pintura ao redor de seus olhos, punha-se pestanas falsificadas, pintava-se a cara com pós brancos e as bochechas com blush. Arrumava-se seu cabelo com muita ostentação, com cachos e franjas e tranças arrumadas em vincos ornatos. Algumas mulheres se punham perucas importadas da Índia, e muitas se tingiam de loiro o cabelo.
Um romano comentou a uma amiga: “Quando tu estás na casa…teu cabelo está com o cabeleireiro. Tiras-te os dentes cada noite, e os guardas numa centena de estojos para cosméticos.¡Nem sequer tua cara dorme contigo! E depois piscas com o olho aos homens por embaixo de uma sobrancelha que sacaste da gaveta pela manhã”8.
As mulheres romanas enfeitavam o corpo da mesma maneira que enfeitavam a cara. Quando saíam da casa, engalanavam-se de muitas jóias, até levavam anéis em todos os dedos. As damas de moda faziam questão de vestir-se de vestidos de seda importada—ainda que, grama por grama, a seda valia tanto como o ouro.Clemente comentou um pouco caprichosamente: “O corpo de tais damas não vale sequer mil dracmas [moeda de pouco valor], mas pagam dez mil talentos [mais do que um jornaleiro ganhava em toda a vida] por um só vestido. Desta maneira ¡seu vestido vale mais do que elas mesmas!”9 E ainda os homens romanos usavam cosméticos e se vestiam com tanta ostentação como as mulheres.
Por contraste, a igreja primitiva desaprovava o uso de cosméticos.Exortava a homens e a mulheres que se contentassem com roupa singela. Não só custava menos a roupa singela, também era mais modesta. Os vestidos luxuosos muitas vezes eram semitransparentes e se ajustavam à forma feminina de modo sensual. Clemente comentou: “Os vestidos luxuosos que não ocultam o talhe do corpo em realidade não são vestidos. Tais vestidos,ajustando-se ao corpo, tomam a forma do corpo e se aderem à figura Assim destacam a figura feminina, de maneira que sua figura inteira se revela ao que a vê, ainda que não vê seu mesmo corpo…Tais vestidos estão desenhados para exibir, não para cobrir.”10No entanto, a igreja primitiva não tentava legislar o tipo de vestido que o cristão devia pôr-se. A igreja primitiva fincava pelos fundamentos de roupa singela e modesta, mas a aplicação específica destes fundamentos ficava com cada pessoa.Além da roupa, as normas de modéstia para homens e mulheres cristãos diferiam muito das normas da sociedade romana. Isto se fazia patente especialmente nos banhos público se privados de então. Nenhum outro povo, exceto quiçá os japoneses, teve tanto gosto aos banhos quentes como os romanos. O banhar-se constituía o passatempo nacional, e os banhos públicos serviam como o ponto de reunião da sociedade romana.Nos primeiros anos da república romana, os banhos dos homens e os das mulheres estavam estritamente separados.Mas para o segundo século de nossa época, era o costume que os homens e as mulheres se banhassem juntos completamente nus.11.
Os romanos da classe alta muitas vezes tinham banhos em suas casas particulares, mas quanto à modéstia, tinha pouca diferença. Clemente descreve tais banhos privados: “Algumas mulheres mal se despem adiante de seus próprios esposos sob o pretexto da modéstia. Mas qualquer pessoa que deseje pode vê-las nuas em seus banhos. Elas não se envergonham de despir-se completamente adiante dos espectadores, como se expusessem seus corpos para vendê-los… Algumas que não perderam até o último rasgo de modéstia excluem aos desconhecidos mas se banham sempre adiante de seus servos. Despem-se na mesma presença de seus escravos e estes lhes dão massagens.”12.
Opondo-se energeticamente a tal imodéstia, os primeiros cristãos ensinavam que os homens e as mulheres não deviam banhar-se em presença o um do outro. Sua atitude quanto à modéstia não refletia a cultura romana, senão a cultura piedosa.13E as atitudes dos romanos quanto a modéstia, não se assemelham às atitudes da sociedade atual? A maioria das pessoas teriam vergonha de aparecer pelas ruas em sua roupa interior. Mas não sentem nada de vergonha acostar se nas piscinas num traje balear que exibe seu corpo do mesmo modo.E muitos cristãos, não fazem o mesmo que os mundanos?Andamos adiante de todo mundo em trajes baleares que tivessem escandalizado aos incrédulos faz mal 50 anos. Mas parece que isso não nos importa, já que o segmento conservador da sociedade o aceitou, nós também o aceitamos. Isto o escrevo reprochando-me a mim mesmo. Eu também me burlava dos cristãos que se opõem aos trajes de dança de hoje em dia, chamando-os nomes de desprezo. Mas o depoimento dos primeiros cristãos me fez mudar de atitude.
As diversões grosseiras dos romanos
Os romanos da classe alta desfrutavam de muito tempo para a diversão. Enchiam suas tardes e seus dias feriados de banquetes gulosos, do teatro, e dos esportes na areia. Seus banquetes podiam durar até dez horas. E não era coisa extraordinária o ter até vinte e dois pratos num só banquete, inclusive manjares extraordinários como ubre de porca e língua de pavão. Mas os primeiros cristãos não se deleitavam em tais coisas.
Os romanos tinham adotado seu teatro dos gregos, e os temas principais das obras dramáticas eram os crimes, o adultério e a imoralidade. Ou os moços ou bem as prostitutas faziam os papéis das mulheres. Ainda que o teatro era o passa tempo favorito dos romanos de classe alta, os primeiros cristãos o evitavam com repugnância. Lactâncio escreveu: “A mim me parece que as influências depravadoras do teatro são até piores [do que as da areia]. Os temas das comédias são as violações das virgem se o amor das prostitutas… De maneira parecida, as tragédias levantam à vista [dos espectadores] o homicídio dos pais e atos incestuosos cometidos por reis ímpios… E será melhor a arte dos primores? Ensinam o adultério quando fazem o papel dos adúlteros. Que estarão aprendendo nossos jovens quando vêem que ninguém tem vergonha de tais coisas, senão que todos as olham com gosto?”14.
Tertuliano adicionou: “O pai que protege com cuidado e guarda os ouvidos de sua filha virgem depois a leva ao teatro ele mesmo. Ali a expõe a toda sua linguagem indecente e atitudes vis.” Depois ele faz a pergunta: “Como pode ser justo ver as coisas que são injusto fazer? E aquelas coisas que contaminam ao homem quando saem de sua boca, não lhe contaminarão quando entram por seus olhos e ouvidos?”15 (Mateus 15.17-20).
Só os romanos ricos assistiam aos teatros e aos banquetes,mas tantos pobres como ricos desfrutavam das areias. Os esportes das areias se desenhavam para satisfazer a sede insaciável dos romanos de violência, brutalidade e sangue. As carreiras brutais das carroças eram o esporte favorito. Nessas carreiras as carroças muitas vezes chocavam, lançando os pilotos à pista Ali podiam ser arrastados até morrer-se ou pisoteados pelos cavalos de outras carroças. Enquanto, os espectadores se voltavam loucos de emoção.
Ainda assim, a morte e a violência das carreiras de carroças não saciava a sede por sangue dos romanos. Por isso, traziam feras ferozes, as vezes centenas delas, para lutar até a morte na areia Os veados lutavam contra os lobos, os leões contra os touros, os cachorros contra os ursos—e qualquer outra combinação de animais que suas mentes depravadas pudessem criar. As vezes punham a homens armados para caçar as feras;outras vezes soltavam feras famintas para caçar aos cristãos indefesos. Mas os romanos desejavam ainda mais. Assim que gladiadores humanos brigavam entre si até a morte. Estes gladiadores normalmente eram prisioneiros já condenados à morte Os romanos criam que era coisa nobre dar a tais homens a possibilidade de salvar-se. E se um gladiador ganhava briga depois de briga até podia ganhar a liberdade.
Não obstante, outra vez os primeiros cristãos não seguiam tais costumes culturais. Lactâncio disse a seus compatriotas romanos:“O que se deleita em olhar a morte de um homem, ainda que homem condenado pela lei, contamina sua consciência igual como se fosse ele cúmplice ou espectador de boa vontade de um homicídio cometido em segredo. ¡Mas eles dizem que isso é ‘esporte’—o derramar sangue humano! . . . Quando vejam a um homem, prostrado para receber o golpe de morte, suplicando clemência, serão justos aqueles que não só permitem que lhe dêem morte senão bem mais o demandam? Votam cruel e desumanamente para a morte daquele, não satisfeitos com ver seu sangue vertido ou as cortes em seu corpo. De fato, ordenam que [os gladiadores]—ainda que feridos e prostrados na terra—sejam atacados outra vez,e que seus corpos sejam apunhalados e golpeados, para estar seguros de que não estão fingindo a morte. Esta gente até se enoja com os gladiadores se um dos dois não é morto cedo. Detestam as dilações, como se tivessem sede do sangue… Afundando-se em tais práticas, perdem sua humanidade… Por isso, não convém que nós que tentamos andar no caminho da justiça compartilhemos nos homicídios do povo. Quando Deus proíbe o homicídio, não só proíbe a violência que condena as leis do povo, senão bem mais proíbe a violência do que os homens têm por legal.”16.
Estamos nós dispostos a adotar uma atitude tão firme contra as diversões de hoje? Depois de ler tais conselhos, parei para olhar-me a mim mesmo. Tive que admitir que eu tinha deixado que a cultura atual ditasse minhas normas nas diversões. Claro que evitava os piores cinemas, os que meus vizinhos decentes chamariam indecentes. No entanto, resultava que olhava muita violência, muitos crimes e muita imoralidade. Eu tinha aceitado obscenidades, palavras indecentes e cenas de nudez—com a condição que a indústria cinematográfica não qualificasse o cinema com uma marca pior do que R. Desta maneira eu deixava que aquelas pessoas ímpias decidissem que era bom e daí era mau. Minha cultura tinha ditado minhas normas para a diversão.
A evolução antes de Darwin
Os romanos podiam deleitar-se em ver a seus colegas humanos mortos a espada ou despedaçados pelas feras porque criam que o homem não era senão um animal desenvolvido. A crença que os humanos tinham evoluído a sua forma atual não é idéia só de agora. Também não é nova a idéia de que o universo chegou a existir só por choques casuais de partículas de matéria Os romanos eruditos tinham muitos das mesmas opiniões que têm os cientistas seculares de hoje.Um dos primeiros cristãos escreveu: “Algumas pessoas negam que exista um poder divino. Outros se perguntam cada dia se um pudesse existir. E outros pensam que a matéria do universo é resultado de acidentes casuais e choques fortuitos, crendo que o universo tem sua forma pelo movimento de átomos de diferentes configurações.”17 Si, ainda a palavra “átomo” não pertence só ao século vinte. Essa palavra a inventaram os filósofos gregos.
Lactâncio também escreveu das crenças científicas dos romanos de seu dia: “Há quem ensinam que os homens primitivos viviam como nômades nos bosques e nas planícies.Não se uniam por língua nem por lei. Ao invés, viviam nas grutas e nas grutas, usando as folhas e ervas por cama.Serviam de presa para outros animais mais fortes do que eles e para as feras. Com o tempo, os que sobreviveram…procuraram a companhia de outros homens para gozar de proteção. Ao princípio se comunicaram só por meio de sinais singelos; depois aprenderam a linguagem mais básico. Pouco a pouco, deram nomes aos objetos e desenvolveram um sistema de comunicação”18.
A crença cristã que todos os homens tiveram sua origem no primeiro casal significava que todos eram irmãos—uma idéia pouco aceitada na cultura de então. Assim, quando ensinavam a criação por Deus, os primeiros cristãos não repetiam o que os demais no mundo criam. A verdade é que os gregos e os romanos eruditos se burlavam dos primeiros cristãos por sua crença na criação Estes mesmos intelectuais aceitavam os escritos de qualquer outro grupo a respeito da origem do homem, por absurdo que fosse. Mas recusavam imediatamente os escritos dos judeu se os cristãos a respeito da criação de Deus, sem importar-lhes que tais explicações eram mais sensatas do que aquelas.19.
Segundo os romanos, não se criaram iguais todos os homens
Quase todas as sociedades humanas mantiveram distinções entre as classes sociais, e Roma não constitui exceção. Os romanos ricos desprezavam aos pobres. Os livres desprezavam aos escravos Algumas profissões eram mais apreciadas que outras.Os cidadãos romanos se criam superiores aos demais povos.Ainda os judeus tinham semelhantes distinções entre eles.Outra vez, os primeiros cristãos se opunham às correntes culturais de seu dia. Seu ensino sobre a fraternidade de todos os homens era verdadeiramente revolucionária.
Escreveu Clemente: “Deu [Deus] a seu próprio Filho a todos os homens, sem exceção, e criou todas as coisas para todo mundo.Por tanto, todas as coisas se devem compartilhar com todos e não devemos ricos apropriar-se a mais do que é justo. As palavras:‘Possuo, e tenho abundância, para poder desfrutar de minhas posses’, não convêm nem para o indivíduo nem para a sociedade.O amor fala dignamente: ‘Tenho, para poder compartilhar com os que padecem necessidade’... É monstruosidade que uma pessoa viva em luxo, enquanto outras vivem em necessidade.”20.
Um século depois Lactâncio escreveu:“Ante os olhos de Deus, não há escravo e não há amo o. Já que todos temos o mesmo Pai, todos somos igualmente seus filhos.Não há pobre ante Deus senão aquele ao que lhe falta justiça. Não há rico exceto aquele que abunda nas virtudes… A razão pela qual nem os gregos nem os romanos podiam criar uma sociedade justa era que mantinham tantas distinções entre as classes. Tinha rico se pobres. Poderosos e humildes. Reis com grande autoridade e homens comuns… Com tudo, alguém dirá: ‘Não é verdade que entre os cristãos há pobres e há ricos? Não há amo os e escravos? Não há sempre distinções de pessoas?’ Mas a verdade é que não há. Em verdade, chamamo-nos ‘irmãos’ porque cremos que todos somos iguais… Ainda que as circunstâncias físicas dos cristãos possam diferir, não vemos a ninguém como um escravo. Ao invés, falamos dos escravos…e tratamos aos escravos…como irmãos no espírito, amigos de Cristo.”21.
O papel das mulheres na religião romana
O apóstolo Paulo tinha escrito aos coríntios: “As mulheres estejam caladas nas igrejas; porque lhes não é permitido falar; mas estejam submissas como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, perguntem em casa a seus próprios maridos; porque é indecoroso para a mulher o falar na igreja” (1Corintios 14.34-35). E escreveu a Timóteo: “A mulher aprenda em silêncio com toda a submissão. Pois não permito que a mulher ensine, nem tenha domínio sobre o homem, mas que esteja em silêncio.” (1Timoteo 2.11-12).
Em nenhum outro ponto se ataca às Escrituras hoje em dia tanto como em seu ensino a respeito do papel das mulheres na igreja Com freqüência se diz que os apóstolos e os primeiros cristãos singelamente reforçavam as atitudes culturais de sua época quanto ao papel das mulheres na religião e na sociedade Mas as mulheres romanas não se conheciam por seu caráter submisso. Um romano disse: “Nós reinamos sobre o mundo,mas nossas mulheres reinam sobre nós.”22.
Nas religiões romanas, as mulheres tinham os mesmos papéis que os homens. Somas sacerdotisas governavam em muitos templos pagãos. Félix, o bacharel cristão, descreveu a religião dos romanos da seguinte maneira: “Há certos lugares onde não pode entrar nenhum homem. Em outros, não pode entrar nenhuma mulher. É um delito para um escravo presenciar certas cerimônias religiosas. Uns templos são governados por uma mulher com um esposo. Outros templos são governados por uma mulher com muitos esposos.”23 Aliás, o personagem religioso mais proeminente das terras mediterrâneas da antigüidade era o quedava o oráculo de Delfos (hoje a cidade de Castri). E o oráculo sempre o dava uma mulher.
Se o papel da mulher fora somente uma questão de cultura,e não o ensino apostólico, esperaríamos ver que as mulheres fizessem os mesmos papéis tanto na igreja verdadeira como nos grupos heréticos. Mas não foi assim. Na maioria dos grupos heréticos, dava-se liberdade à mulher para oficiar e ensinar.Tertuliano comentou assim sobre o papel das mulheres em tais grupos: “Se atrevem a ensinar, disputar, jogar fora demônios,realizar previdências, e talvez ainda batizar”.24 Na seita herética montanista, depois da morte de seu fundador, Montano, os dois dirigentes mais importantes ambos foram mulheres: Maximilla e Priscila. De fato, a maioria das profecias e os novos ensinos desta seita surgiram das mulheres.Assim que, o excluir às mulheres dos papéis de ensinar e oficiar na igreja definitivamente não era questão de seguir à cultura romana.
“Um momento”, você possa estar pensando. “Talvez a igreja não seguia à cultura romana nesta questão, mas claro que seguia à cultura judia.”
É verdade que as mulheres se excluíam do sacerdócio judeu.Mas recordemos que o sacerdócio judeu não tinha origem em nenhuma cultura humana. Deus o instituiu. Ademais, já aos mediados do segundo século, a grande maioria dos primeiros cristãos eram gentis, e seguramente não seguiam a cultura judia. Não guardavam o sábado como dia de repouso. Não praticavam a circuncisão. Não seguiam as leis judias sobre a dieta, nem sobre as festas religiosas. Não seguiam nenhum costume judeu a não ser que coincidisse especificamente com o ensino cristão.A igreja primitiva singelamente obedecia ao ensino apostólico a respeito do papel das mulheres na igreja, o mesmo como obedeciam aos demais ensinos apostólicas. E por suposto isto o faziam contrário à cultura romana. Não a seguiam.
As feministas e muitos teólogos de hoje proclamam que aposição da igreja sobre o papel das mulheres originava no desprezo pelas mulheres que tinham os apóstolos e os demais líderes da igreja primitiva. Mas os escritos da igreja primitiva não concordam com tal declaração. Por exemplo, Félix escreveu: “Que saibam todos que os humanos todos nascem do mesmo modo, com capacidade e habilidade para raciocinar e sentir, sem preferência a nenhum sexo, idade, ou dignidade.”25.
Clemente escreveu: “Precisa que…entendamos que a virtude do homem e da mulher é a mesma. Porque se o Deus de ambos é um, o maestro de ambos também é um. Uma igreja, uma abnegação, uma modéstia; sua comida é uma, e o casal um jugo parelho.26.
Mas voltemos a nós na atualidade. Por que é tão importante hoje esta questão sobre o papel das mulheres na igreja Será porque achamos outros manuscritos da Bíblia que negam o ensino da Bíblia que usamos? Ou será porque nossa cultura está dizendo que os papéis das mulheres não devem distinguir-se dos homens? Outra vez, quem não pode resistir a cultura de seu dia—nós ou os primeiros cristãos?
É ser conservador igual que ser piedoso?
Os cristãos de hoje com freqüência se vangloriam de que são diferentes do mundo, mas em realidade usualmente são diferentes só de certo segmento do mundo.
Os cristãos liberais pretendem ser diferentes do mundo porque não participam da intolerância, o a guerra e a estreiteza de miras que tem o segmento conservador da sociedade Mas a verdade é que as atitudes e a vida dos cristãos liberais diferem muito pouco dos liberais que não são cristãos.
A mesma coisa se vê entre os evangélicos. Nós nos aferramos dos valores conservadores da sociedade, e portanto, dizemos que não estamos seguindo a corrente de nossa cultura. Mas as atitudes conservadoras podem ser do mundo igual que as atitudes liberais. Não é verdadeiro que tenha mudado nosso pensamento sobre o divórcio, as diversões, e outras coisas semelhantes, conformando-se ao pensamento de nossa cultura?
Em realidade, há pouca diferença espiritualmente entre moldara vida de acordo ao segmento conservador da sociedade e moldar a vida de acordo ao segmento liberal. De todos os modos,estamos seguindo ao mundo. O que é conservador hoje era liberal faz poucos anos.
Bem recordo uma conversa que tive com um apresentador de discos de uma emissora radial. Era o ano 1969, e o apresentador tinha a seus trinta anos. Discutimos os problemas que sobressaíam nessa época—a discriminação racial, a brutalidade policial, as drogas e a guerra em Vietnam. Tendo conhecido seu programa radial, surpreendi-me de inteirar-me de que ele se aferrava ainda a atitudes muito conservadoras. Ao fim, comentei:
—Você é um de direita verdadeiro, não? O se sorriu e replicou:
—Não, nem sequer sou conservador. Sou um verdadeiro moderado.
—Fez uma pausa, contemplando minha cara perplexa,antes de seguir—: É que a sociedade se moveu.Nesse momento, não prestei muito atendimento a suas palavras,crendo que ele nada mais se estava justificando a si mesmo. Mas seu comentário me ficou gravado na mente. Agora vejo que em verdade tinha razão. E a sociedade ainda está movendo-se. Só nos estamos enganado se cremos que ser conservador equivale em verdade a ser piedoso.
A realidade é que a igreja do século vinte se casou com o mundo. As atitudes, o estilo de viver, e os dilemas do mundo são as atitudes, o estilo de viver, e os dilemas da igreja. RussTaff, um cantor cristão popular, faz pouco comentou com bastante franqueza sobre o cristianismo atual: “Os cristãos procuram a conselheiros os cristãos têm problemas familiares, e os cristãos se voltam alcoólicos. A única diferença entre os crentes e os incrédulos é nossa fé singela num Deus Criador, quem nos ama e nos ajuda cada dia.”Creio que a análise de Russ Taff está no correto. Mas também creio que é um comentário muito triste sobre o estado do cristianismo de hoje em dia.
Nos primeiros séculos, os primeiros cristãos eram muito diferentes do mundo em que viviam. Seu estilo de vida servia como seu depoimento principal. Mas por que podiam eles viver sem seguir a sua cultura,quando nós achamos que é muito difícil viver sem seguir a nossa? Que poder tinham eles que nos falta a nós?

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