Os milagres do Espírito Santo no livro de Atos

“E estes sinais acompanharão aos que crerem…” (Marcos 16.17a)

Se fôssemos descrever em poucas palavras a Igreja descrita no livro de Atos, poderíamos descrevê-la da seguinte forma: Uma Igreja em movimento. Não vemos, em momento algum, uma igreja apática, acomodada (com exceção, talvez, no início, quando houve certa “demora” em partir para Judeia e Samaria, até chegar aos confins da terra). Os irmãos estavam sempre em ação; a Palavra era proclamada em qualquer lugar que houvesse um discípulo de Cristo.
A Igreja descrita no livro de Atos é uma Igreja dinâmica, que vivia na dependência da ação e direção do Espírito Santo. Por esta razão, o que não falta nos registros históricos são os acontecimentos sobrenaturais. Os sinais, as maravilhas, os prodígios e milagres seguiam os apóstolos e os novos membros da recém-formada família da fé – nítido cumprimento das palavras de Jesus, que havia dito que os sinais e prodígios acompanhariam os que cressem, com o fim de que o Reino de Deus fosse anunciado até os locais mais distantes.

Há, apenas no livro de Atos, quatorze relatos de milagres (curas, ressurreição, poderes naturais sendo abalados… – Atos 3.1-11; 4. 23-31; 5.15; At. 5.19-21; 9.17,18; 9.33,34; 9.40,41; 12.1-11; 13.11; 14.8-10; 16.26; 28.3-7; 28. e cerca de seis referências a sinais e prodígios realizados pela igreja de uma forma geral (sempre ligados à proclamação da Palavra, resultando em conversões – Atos 2.43; 5.12; 6.8; 8.5,6; 14.3; 19.11,12).
Os milagres, sinais, prodígios e as maravilhas são fruto da ação do Espírito Santo sobre a e através da Igreja. Contudo, é preciso entender que o “controle remoto” dos milagres não está nas mãos dos crentes. Está “nas mãos” do Espírito Santo, ou seja, os sinais e prodígios não acontecem quando desejamos, mas quando Senhor considerar importante uma intervenção sobrenatural.

A demonstração de que os milagres estão sendo produzidos pelo Espírito Santo é o resultado provocado. Quem recebe a glória? Jesus está em evidência? A realização dos milagres abre portas para a proclamação do Reino de Deus? É de uma importância vital observar estas questões por uma razão óbvia, mas, às vezes, relevada: sinais e prodígios o inferno também pode produzir (2 Tessalonicenses. 2.9,10). Quem coloca os sinais em evidência corre o risco de perder a percepção de que o mais importante é quem envia o sinal, e as portas que são abertas, para que o Reino avance sobre o império de escuridão.
Bom que, como Igreja, estejamos convictos quanto aos propósitos de Deus com relação aos sinais e prodígios (os milagres). “Deus não opera milagres para nos salvar de problemas, mas para glorificar o Seu nome”, disse certa vez o evangelista Reinhard Bonnke.
Os sinais foram derramados sobre a Igreja de Atos e também tem sido derramado sobre a Igreja de hoje. Os propósitos não mudaram, nem a necessidade de verificar a autenticidade dos sinais, os prodígios, as maravilhas e os milagres. Se eles são obra do “dedo de Deus”, bem-vindos são; se não redundam em proclamação do Evangelho nem glória para o Nome de Cristo, não os queremos no nosso meio.

Firmado nAquele que opera sinais, prodígios, maravilhas e milagres.

Pr. Gidiel Câmara Jr.   |   prgidiel@oitavaigreja.org.br