MULHERES NA ORQUESTRA NÃO É UMA NECESSIDADE, MAS UM DIREITO!

MULHERES NA ORQUESTRA NÃO É UMA NECESSIDADE, MAS UM DIREITO!
No início da pregação de Nosso Senhor Jesus Cristo, as mulheres estiveram sempre presente, acompanhando O Mestre que as tornara “livres”; O Senhor Jesus, estava resgatando a dignidade tirada delas: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.” (Gn 01:27) – na sua formação, na sua essência, não existem desigualdades entre o homem e a mulher, ambos são portadores da imagem de Deus, eles têm o mesmo valor e o mesmo propósito. E elas O seguiram ( lideradas por Maria Madalena ) até a Crise do Calvário, onde tiveram grande importância, amenizando o quanto possível a crueza daqueles momentos. Ao descerem o Corpo do Senhor Jesus da cruz foram elas que primeiramente O receberam em seus braços; foram elas que adornaram com linhos brancos o Seu sepulcro; foram elas que compraram e preparam aromas para embalsamá-Lo e preparar o local; enfim, deram-Lhe um acompanhamento condigno.
“E as mulheres, que tinham vindo com Ele da Galiléia, seguiram também e viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo. E voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos;” ( Lc 23:55-56 )
No primeiro dia da semana, de madrugada, ainda escuro, a primeira pessoa a ir ao sepulcro foi uma mulher: Maria Madalena. Ela, ao perceber que o túmulo fora violado e que o Senhor Jesus não estava mais lá, anunciou aos Discípulos o desaparecimento do corpo do Mestre. Eles, depois de constatarem o que fora relatado por Maria Madalena, retornaram para os seus, suas casas e seus afazeres. Ela, porém, “obstinada” continuou à porta do Sepulcro e como recompensa teve o privilégio de ter sido a primeira pessoa a se encontrar com o Cristo ressurreto.
A importância das mulheres para o Cristianismo (ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo), não ficou limitado àqueles momentos; em Jerusalém, as mulheres organizaram-se com o objetivo de angariar fundos para depois distribuí-los aos mais pobres. Elas faziam reuniões em suas próprias casas; no início, elas foram a “força” que movimentou a atividade Cristã quanto à assistência ao próximo. Com a instituição do diaconato na igreja Cristã de Jerusalém, as mulheres da piedade passaram a ser chamadas de “Diaconisas”. Para a expansão do Cristianismo elas tiveram papel fundamental; devido aos ensinamentos do Senhor Jesus, que estimulavam na mulher um respeito que contrastava com as práticas da sociedade da época, na igreja dos primeiros séculos, as mulheres eram mais numerosas que os homens. Como conseqüência, era mais freqüente o Evangelho entrar nas famílias por intermédio das mulheres, que logo traziam seus esposos e o restante da família para a igreja. Além disso, as redes de comunicação das mulheres em seus trabalhos diários foram um dos principais canais pelo qual se divulgou a Palavra do Evangelho.
Em concordância ao Senhor Jesus, os servos de Deus, antigos, através da Guia do Espírito Santo, redigiram o Artigo 1° do Estatuto da Congregação da seguinte forma: “A CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL, é uma comunidade religiosa fundamentada na doutrina apostólica (Atos 2:42 e 4:33), apolítica, sem fins lucrativos, constituída de número ilimitado de membros, sem distinção de sexo,”
Quando do início das Orquestras no Brasil, os Irmãos e as Irmãs participavam separados e em ordem, como manda a Doutrina, sem restrição às Irmãs de somente poderem tocar o Órgão. Em 1961, devido a “problemas”, de maneira cômoda, os Anciães resolveram terminar com a participação das Irmãs na Orquestra, somente permitindo que tocassem o Órgão. Independente da discriminação, as nossas Irmãs, no Brasil, são tratadas como mulheres de “segunda-classe”, o que confirma a péssima imagem da mulher brasileira no exterior e a Congregação colabora na desmoralização das Irmãs brasileiras, pois em outros Países as Irmãs participam da Orquestra: Estados Unidos, Canadá, Argentina, Venezuela, Paraguai, Uruguai, Chile, Peru, Bolívia, Portugal, Itália, México, etc. Ou será que o desrespeito da Congregação é com o País (segundo alguns Anciães o problema é que “somos brasileiros” – pura discriminação) que tão bem a acolheu, com ampla liberdade de Culto e isenção de impostos, pois se uma Irmã, músico oficializada, que tocasse, por exemplo, violino, nos Estados Unidos, viesse ao Brasil, poderia tocar na nossa Orquestra? Ora, devido a sua oficialização, poderia exercer a Missão que Deus lhe confiou, em qualquer parte do Mundo, mas seria possível no Brasil? Devemos lembrar aos Anciães que antes das cidadanias terrenas, por misericórdia de Deus, todos temos a cidadania celestial o que quer dizer que temos os mesmos direitos e obrigações, em qualquer lugar (as Irmãs brasileiras, como cidadãs celestiais, têm os mesmos direitos das Irmãs americanas, italianas, etc.). Se na Terra é inconcebível a idéia de cidadãos de segunda categoria, no Céu, então, nem pensar. Portanto a participação, na Orquestra, das nossas Irmãs, no Brasil, não é uma questão de necessidade, mas uma questão de direito, primeiramente como cidadãs brasileiras e principalmente como cidadãs celestiais. Além disso, várias Irmãs com graduação, a nível superior, em música, estão esperando Deus fazer uma obra para que possam granjear seus talentos como maestrina.
Convidamos os Anciães sérios, que não tenham só o título de Ancião, mas a “Luz de Deus”, a olharem para a História e a refletirem sobre o assunto, no intuito da reparação deste terrível engano, repensando o papel das Irmãs dentro da igreja (Músicos, Maestrinas, Diaconisas, etc.)
Agora, para os mercenários, que só pensam em cifrão ($), só falam em milhões (rotina dentro da Congregação), só falam em construções de templos faraônicos (desperdício e desvios de dinheiro para seus delitos), vejam o que disse uma mulher que dedicou sua vida à Caridade, quando ouviu uma pessoa expressar uma opinião equivocada sobre o seu trabalho: “O senhor não daria banho em um leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho em um leproso.”

A Irmandade