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A era dos mega-templos
NAS PEGADAS DO MESTRE JESUS :: Os que Renunciaram O Ministério a favor da CCB a favor :: RENATO Noticias evangélicas..clic aqui
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A era dos mega-templos
A era dos mega-templos
Publicado por Hugo em 20/12/11 • Categoria: Atualidades
Por Humberto Maia Junior.
[i][i][/i]A construção
de megatemplos mostra a força do cristianismo brasileiro, acirra a
disputa por fiéis e revela como orar entre milhares de pessoas ajuda a
sentir-se mais perto de Deus. Ao custo de centenas de milhões de reais,
os megatemplos se multiplicam nas grandes cidades brasileiras e atraem
multidões antes vistas apenas em shows e jogos de futebol.[/i]
O
padre Marcelo Rossi na primeira missa do Santuário Mãe de Deus, em
outubro. A inauguração oficial da igreja está prevista para 2012 (Foto:
Juca Varella/Folhapress)
Jesus Cristo disse aos apóstolos, segundo o Evangelho de Mateus: “…E
sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. Inspirados nessa passagem
da Bíblia, há 1.600 anos os cristãos erguem templos para louvar a Deus.
No começo, eram simples e pequenos; no Renascimento, esculturas e
pinturas de mestres como Michelangelo e Ticiano fizeram das igrejas
palcos da grandiosidade do talento do homem; no século XX, os templos
católicos perderam esses adereços litúrgicos e parte relevante de sua
frequência. Agora, na primeira década do século XXI, as igrejas de todas
as denominações cresceram. Ganharam capacidade de reunir, de uma única
vez, dezenas de milhares de fiéis – a despeito de inovações como a
televisão, o rádio e a internet, que tornaram os líderes das igrejas
famosos e inventaram o exercício remoto e quase impessoal da fé. Ao
custo de centenas de milhões de reais, os megatemplos se multiplicam nas
grandes cidades brasileiras e atraem multidões antes vistas apenas em
shows e jogos de futebol. Como exibição de fé, são verdadeiros
monumentos a atestar o vigor do cristianismo brasileiro. Do ponto de
vista social, testemunham o enorme desejo de participar que anima as
multidões de fiéis. Se Deus está presente onde duas ou três pessoas se
reúnem em nome Dele, como diz a Bíblia, os fiéis imaginam que sua
presença será ainda mais intensa quando se reúnem 30 mil, 50 mil, 150
mil pessoas.
Megatemplos são construídos em todo o país e por várias religiões: a
Igreja Católica inaugurará em 2012 o Santuário Mãe de Deus, para 100 mil
pessoas, em São Paulo. Em Belo Horizonte, Minas Gerais, a Catedral
Cristo Rei vai abrigar até 25 mil pessoas quando for consagrada, em três
anos. Entre os evangélicos, várias denominações prometem inaugurar suas
megaconstruções. Em Guarulhos, na Grande São Paulo, a Igreja Mundial do
Reino de Deus planeja construir a Cidade de Deus, para 150 mil pessoas.
No Recife, a Assembleia de Deus conclui o projeto de um templo para 30
mil pessoas. Em Belo Horizonte, a Igreja Batista de Lagoinha planeja
acolher num mesmo teto 35 mil pessoas. “Os brasileiros têm necessidade
de grandes basílicas e catedrais, de lugares grandes para congregar e
orar”, diz o padre Marcelo Rossi, criador do Santuário Mãe de Deus.
O fenômeno é mundial e multirreligioso. Estados Unidos, Coreia do Sul
e Guatemala têm grandes templos. Na Nigéria, a Winners Chapel (Capela
dos Vencedores) acolhe 250 mil fiéis. No islamismo, a ideia de que a
multidão amplifica a experiência religiosa é antiga. “Maomé diz que a
oração em conjunto é 27 vezes maior do que a oração individual”, afirma o
xeque Jihad Hassan, presidente do Conselho de Ética da União Nacional
Islâmica, em São Paulo. Por isso, as principais mesquitas do mundo
árabe, em Meca e Medina, estão frequentemente em obras de ampliação. A
Mesquita do Profeta, em Medina, na Arábia Saudita, foi aberta no ano 622
com capacidade para centenas de fiéis – adequada à população da cidade,
que girava em torno de 2 mil pessoas. Hoje, Medina tem uma população de
quase 2 milhões de pessoas, e a mesquita pode abrigar 1 milhão de
fiéis.
No mundo cristão, o fenômeno dos templos multitudinários teve início
na década de 1970, como reflexo da popularização das igrejas
evangélicas. No Brasil, começou nos anos 1980, quando as igrejas
evangélicas passaram a comprar grandes salas de cinema abandonadas, com
capacidade para até 2 mil pessoas. Dez anos depois, surgiram edifícios
religiosos como a Catedral Mundial da Fé, sede da Igreja Universal do
Reino de Deus, no Rio de Janeiro, que abriga 15 mil fiéis. A Igreja
Católica, representada por seu ramo carismático, reagiu – dentro de suas
tradições arquitetônicas. “Um espaço que leve à reflexão não pode ser
confundido com um auditório ou ginásio. Um local profano pode acomodar
as pessoas, mas não ajuda na experiência religiosa”, diz o arquiteto Ruy
Ohtake, autor do projeto do Santuário Mãe de Deus. A construção do
templo é financiada pelo padre Marcelo Rossi com o dinheiro de doações e
da venda do CD e do livro Ágape (publicado pela Editora Globo), que,
juntos, já venderam 9 milhões de exemplares.
Com informações da Revista Época.
Publicado por Hugo em 20/12/11 • Categoria: Atualidades
Por Humberto Maia Junior.
[i][i][/i]A construção
de megatemplos mostra a força do cristianismo brasileiro, acirra a
disputa por fiéis e revela como orar entre milhares de pessoas ajuda a
sentir-se mais perto de Deus. Ao custo de centenas de milhões de reais,
os megatemplos se multiplicam nas grandes cidades brasileiras e atraem
multidões antes vistas apenas em shows e jogos de futebol.[/i]
O
padre Marcelo Rossi na primeira missa do Santuário Mãe de Deus, em
outubro. A inauguração oficial da igreja está prevista para 2012 (Foto:
Juca Varella/Folhapress)
Jesus Cristo disse aos apóstolos, segundo o Evangelho de Mateus: “…E
sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. Inspirados nessa passagem
da Bíblia, há 1.600 anos os cristãos erguem templos para louvar a Deus.
No começo, eram simples e pequenos; no Renascimento, esculturas e
pinturas de mestres como Michelangelo e Ticiano fizeram das igrejas
palcos da grandiosidade do talento do homem; no século XX, os templos
católicos perderam esses adereços litúrgicos e parte relevante de sua
frequência. Agora, na primeira década do século XXI, as igrejas de todas
as denominações cresceram. Ganharam capacidade de reunir, de uma única
vez, dezenas de milhares de fiéis – a despeito de inovações como a
televisão, o rádio e a internet, que tornaram os líderes das igrejas
famosos e inventaram o exercício remoto e quase impessoal da fé. Ao
custo de centenas de milhões de reais, os megatemplos se multiplicam nas
grandes cidades brasileiras e atraem multidões antes vistas apenas em
shows e jogos de futebol. Como exibição de fé, são verdadeiros
monumentos a atestar o vigor do cristianismo brasileiro. Do ponto de
vista social, testemunham o enorme desejo de participar que anima as
multidões de fiéis. Se Deus está presente onde duas ou três pessoas se
reúnem em nome Dele, como diz a Bíblia, os fiéis imaginam que sua
presença será ainda mais intensa quando se reúnem 30 mil, 50 mil, 150
mil pessoas.
Megatemplos são construídos em todo o país e por várias religiões: a
Igreja Católica inaugurará em 2012 o Santuário Mãe de Deus, para 100 mil
pessoas, em São Paulo. Em Belo Horizonte, Minas Gerais, a Catedral
Cristo Rei vai abrigar até 25 mil pessoas quando for consagrada, em três
anos. Entre os evangélicos, várias denominações prometem inaugurar suas
megaconstruções. Em Guarulhos, na Grande São Paulo, a Igreja Mundial do
Reino de Deus planeja construir a Cidade de Deus, para 150 mil pessoas.
No Recife, a Assembleia de Deus conclui o projeto de um templo para 30
mil pessoas. Em Belo Horizonte, a Igreja Batista de Lagoinha planeja
acolher num mesmo teto 35 mil pessoas. “Os brasileiros têm necessidade
de grandes basílicas e catedrais, de lugares grandes para congregar e
orar”, diz o padre Marcelo Rossi, criador do Santuário Mãe de Deus.
O fenômeno é mundial e multirreligioso. Estados Unidos, Coreia do Sul
e Guatemala têm grandes templos. Na Nigéria, a Winners Chapel (Capela
dos Vencedores) acolhe 250 mil fiéis. No islamismo, a ideia de que a
multidão amplifica a experiência religiosa é antiga. “Maomé diz que a
oração em conjunto é 27 vezes maior do que a oração individual”, afirma o
xeque Jihad Hassan, presidente do Conselho de Ética da União Nacional
Islâmica, em São Paulo. Por isso, as principais mesquitas do mundo
árabe, em Meca e Medina, estão frequentemente em obras de ampliação. A
Mesquita do Profeta, em Medina, na Arábia Saudita, foi aberta no ano 622
com capacidade para centenas de fiéis – adequada à população da cidade,
que girava em torno de 2 mil pessoas. Hoje, Medina tem uma população de
quase 2 milhões de pessoas, e a mesquita pode abrigar 1 milhão de
fiéis.
No mundo cristão, o fenômeno dos templos multitudinários teve início
na década de 1970, como reflexo da popularização das igrejas
evangélicas. No Brasil, começou nos anos 1980, quando as igrejas
evangélicas passaram a comprar grandes salas de cinema abandonadas, com
capacidade para até 2 mil pessoas. Dez anos depois, surgiram edifícios
religiosos como a Catedral Mundial da Fé, sede da Igreja Universal do
Reino de Deus, no Rio de Janeiro, que abriga 15 mil fiéis. A Igreja
Católica, representada por seu ramo carismático, reagiu – dentro de suas
tradições arquitetônicas. “Um espaço que leve à reflexão não pode ser
confundido com um auditório ou ginásio. Um local profano pode acomodar
as pessoas, mas não ajuda na experiência religiosa”, diz o arquiteto Ruy
Ohtake, autor do projeto do Santuário Mãe de Deus. A construção do
templo é financiada pelo padre Marcelo Rossi com o dinheiro de doações e
da venda do CD e do livro Ágape (publicado pela Editora Globo), que,
juntos, já venderam 9 milhões de exemplares.
Com informações da Revista Época.
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