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A HISTÓRIA DAS TRADUÇÕES BÍBLICAS

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A HISTÓRIA DAS TRADUÇÕES BÍBLICAS Empty A HISTÓRIA DAS TRADUÇÕES BÍBLICAS

Mensagem por Lourival soldado cristão 13th junho 2013, 7:52 pm

A HISTÓRIA DAS TRADUÇÕES BÍBLICAS | Imprimir |


Quando examinamos as diversas traduções da Bíblia em português e comparamos com o texto original hebraico, chegamos a triste conclusão de que a Bíblia não possui “traduções” e sim “traições”. Somos obrigados a refletir sobre o porque de tantas alterações. Não queremos julgar os tradutores, pois julgar é tarefa muito difícil, no entanto, temos que nos questionar sobre as causas que levaram à tantas aberrações.


Apresentaremos a seguir uma breve história de suas traduções para que o leitor possa tirar duas conclusões.

Os rabinos afirmam categoricamente que traduzir a Bíblia é tarefa de muita responsabilidade e complexidade. Leia o que afirma o “Rebe de Lubavitch” sobre a Bíblia:

“A Torá ou Bíblia tem sua própria terminologia complexa e um único conjunto de regras e linhas mestras pelas quais pode-se interpretá-la. Uma tradução direta pode facilmente levar a uma distorção, mau entendimento, e até a negação da unidade de Deus”.



A tradução da Bíblia para o Ocidente:

uma Torre de Babel



O Gênesis nos relata, em seu capítulo 11, a história da Torre de Babel. Toda a terra possuía uma só língua e serviam-se das mesmas palavras. Os homens construíram uma torre cujo cimo atingia os Céus, com o objetivo de tornarem célebres os seus nomes. Mas Deus percebeu que eles queriam ir além dos seus limites, e lhes confundiu a linguagem, dispersando-os por toda a terra.

Semelhantemente, a Bíblia possuía uma só língua, que era completa e tinha seu conjunto de regras e terminologia próprias para o seu entendimento. No entanto, vieram os gregos e mudaram a essência e significados dessa língua, espalhando-a por todo o mundo. Produziram, assim, uma nova “Torre de Babel” com sua Tradução.

Fica difícil compreender o porquê de tantas modificações. Todos os livros do Pentateuco de Moisés foram alterados em seus nomes hebraicos.

Os Salmos reencarnacionistas de David não aparecem em nenhuma tradução em português. Podemos citar, por exemplo, o Salmo 19:8 que afirma: “ O ensinamento de Deus é perfeito porque faz o espírito voltar”. O Salmo 23:6 cita:“ Certamente que bondade e benevolência me seguirão por todos os dias de minhas vidas e habitarei na casa de Iahvéh por dias sem fim”. Esta tradução n

Estas alterações continuaram, por todo o seu texto, e o resultado é o que se tem, hoje, uma verdadeira “Torre de Babel”, nas diversas versões da Bíblia, em português.



A Septuaginta ou versão dos LXX- Bíblia Grega



A versão grega da Bíblia hebraica enfrentou muitas dificuldades, desde a questão das idéias teológicas e exegéticas do judaísmo palestino e alexandrino, até a questão lingüística.

A questão lingüística é a mais séria de todas, senão vejamos: o hebraico é uma língua semítica oriental que se escreve da direita para a esquerda, não tem vogais e possui um princípio gramatical todo especial.

O grego é uma língua muito diferente do hebraico, possuindo além disso, os seus modismos gramaticais e transformações.

Comparado ao hebraico que não tem vogais, o grego tem muitas, constituindo-se de sete ao todo. É uma língua ocidental do grupo das Indo-Européias, escreve-se como as línguas ocidentais, da esquerda para a direita, tem uma gramática também específica e muito rica em declinações, conjugações e casos gramaticais.

Hoje já é dividido em antigo e moderno. O antigo com uma pronúncia e escrita que só existem basicamente nos textos bíblicos. Já o moderno é o que se fala hoje na Grécia e está totalmente diferente do antigo.

As dificuldades enfrentadas pelos tradutores foram imensas, sem contar os interesses pessoais que existiram e com certeza muita coisa importante ficou perdida, pelas alterações ocorridas durantes as traduções.

A explicação e justificativa dadas pelo Talmude mostram muito bem como não houve harmonia e igualdade nesta tradução. Vejamos e analisemos a sua história e tiremos nossas conclusões.

No século III a. C. uma importante colônia judaica vivia no Egito, especificamente em Alexandria, onde se falava comumente a língua grega. Havia uma necessidade premente de que o povo judeu possuísse a Bíblia em grego, além da importância que representava para a biblioteca de Alexandria que ainda não possuía a Bíblia nessa língua.

No reinado do rei egípcio, Ptolomeu Filadelfo II (285-247 a. C.), a pedido de Demétrio Falário, o bibliotecário do rei, o sumo sacerdote Eleazar, conforme a carta apócrifa de Aristéias, enviou de Jerusalém setenta e dois sábios, seis representantes para cada uma das doze tribos de Israel, a fim de realizarem a tradução da Bíblia hebraica para o grego. Aristéias foi um estudioso judeu que morava em Alexandria na segunda metade do século II antes de Cristo e quis passar por gentio e valido na corte de Ptolomeu Filadelfo. Conta ainda Aristéias que a tradução foi completada em 72 dias.

A tradução para o grego recebeu o nome de Septuaginta e passou a fazer parte da biblioteca do rei Ptolomeu Filadelfo em Alexandria.

O Talmude comenta que “o dia da tradução foi tão doloroso quanto o dia em que o bezerro de Ouro foi construído, pois a Torá não poderia ser acuradamente traduzida”. Alguns rabinos disseram que “as trevas cobriram a terra por três dias” quando a LXX ( Setenta ou Septuaginta) foi escrita.

Segundo a versão talmúdica da história, enquanto a traduzia, cada sábio era confinado em celas separadas, na ilha de Faros, e cada um completou a tradução inteira em 72 dias, produzindo assim traduções totalmente independentes. No entanto, seus corações estavam plenos de sabedoria divina, e eles criaram versões idênticas. Todos fizeram as mesmas mudanças em suas traduções, para que o rei não alimentasse qualquer dúvida que talvez existisse se as traduções do hebraico fossem literais.

Fílon Judaeus afirma que cada sábio se encheu de inspiração divina, orientando-o neste trabalho e fazendo com que esta tradução fosse altamente valorizada pelos cristãos.

A designação de “versão da LXX” referia-se, no início, somente à tradução do Pentateuco. Os demais livros foram traduzidos mais tarde, até meados ou, no máximo, final do século II a. C.



!

Poderíamos comparar a Bíblia com um grande banquete preparado para o mundo. Este banquete só pode ser realmente consumido por aqueles que, pelo menos, entendem o HEBRAICO. Assim, nós ocidentais, por exemplo, recebendo sua tradução literal e unilateral, podemos dizer que nos restou, deste grande banquete, apenas o caldo.



A vulgata de São Jerônimo



A Vulgata é a tradução da Bíblia, do grego para o latim, que foi realizada por São Jerônimo a pedido do papa Dâmaso.

A Septuaginta só contém os livros da Primeira Aliança (Velho Testamento). O Novo Testamento em grego não é acoplado à Septuaginta, só existindo em separado. Assim, quem quiser possuir a Bíblia completa, em grego, tem que possuir a Septuaginta e o Novo Testamento em grego. São Jerônimo fez exatamente isto, traduziu e uniu o Velho e o Novo Testamento numa só obra, do grego para o latim.

Tudo começou com as dificuldades reinantes no século III da era cristã. Escritos em meio das convulsões que assinalavam a agonia do mundo judaico, depois sob a influência das discussões que caracterizavam os primeiros tempos do cristianismo, os Evangelhos se ressentiam das paixões, dos preconceitos da época e da perturbação dos espíritos. Grandes divergências dogmáticas agitam o mundo cristão e provocam sanguinolentas perturbações no Império, até que Teodósio, conferindo a supremacia ao papado, impõe a opinião do bispo de Roma à cristandade. A partir daí, o pensamento, criador demasiado fecundo de sistemas diferentes, há de ser reprimido.

“A fim de pôr termo a essas divergências de opinião, no momento em que vários concílios acabam de discutir acerca da natureza de Jesus, uns admitindo, outros rejeitando a sua divindade, o papa Dâmaso confia a São Jerônimo, em 384, a missão de redigir uma tradução latina do Antigo e do Novo testamento. Essa tradução deverá ser, daí por diante, a única reputada ortodoxa e tornar-se-á a norma das doutrinas da Igreja41”.

São Jerônimo sentiu o peso da responsabilidade, escreveu ao papa um demonstrativo de suas preocupações, referindo-se à sua tradução latina dos evangelhos. Eis o seu desabafo44: “ Da velha obra me obrigais a fazer obra nova. Quereis que, de alguma sorte, me coloque como árbitro entre os exemplares das Escrituras que estão dispersos por todo o mundo, e, como diferem entre si, que eu distinga os que estão de acordo com o verdadeiro texto grego. É um piedoso trabalho, mas é também um perigoso arrojo, da parte de quem deve ser por todos julgado, julgar ele mesmo os outros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o mundo já envelhecido”.

“Qual, de fato, o sábio e mesmo o ignorante que, desde que tiver nas mãos um exemplar (novo), depois de o haver percorrido apenas uma vez, vendo que se acha em desacordo com o que está habituado a ler, não se ponha imediatamente a clamar que eu sou um sacrílego, um falsário, porque terei tido a audácia de acrescentar, substituir, corrigir alguma coisa nos antigos livros?

“Um duplo motivo me consola desta acusação. O primeiro é que vós, que sois o soberano pontífice, me ordenais que o faça; o segundo é que a verdade não poderia existir em coisas que divergem, mesmo quando tivessem elas por si a aprovação dos maus”

Observe como São Jerônimo foi sábio e coerente diante da responsabilidade assumida, dando-nos, assim, um testemunho das alterações que realizou na Bíblia e, com sua versão latina, tentou pôr fim a estas dificuldades, surgindo, dessa maneira, a conhecida Vulgata ( a divulgada).

Vemos, nestas declarações, o testemunho das modificações e adaptações por que passou a Bíblia e, por isso, não se pode afirmar, categoricamente, que tudo que existe neste livro, em português, é a pura verdade.

Santo Agostinho, bispo de Hipona, escreve a São Jerônimo no ano 395, demonstrando sua preocupação com relação à sua tradução e testificando a inexistência de exatidão nas traduções bíblicas. Vejamos a sua carta: “A meu ver, eu preferiria que tu antes nos interpretasse as Escrituras gregas canônicas que são atribuídas aos setenta intérpretes, pois se há dissonância entre o latim das antigas versões e o grego da Setenta, pode-se ir verificar, mas se há dissonância entre o latim da nova versão e o texto conhecido do público, como dar a prova da sua exatidão?”



A tradução de João Ferreira de Almeida

Para maiores esclarecimentos, colocamos aqui algumas observações sobre a tradução da Bíblia, realizada por JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA.

JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA foi um pastor protestante nascido em Torre de Tavares, Portugal. Aprendeu o hebraico e o grego, e assim usou os manuscritos dessas línguas como base de sua tradução, ao contrário de outros tradutores que fizeram suas traduções a partir da Vulgata Latina de São Jerônimo.

A tradução de JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA foi muito discutida e controvertida, porque apresentava muitos erros. Ele traduziu primeiramente o Novo Testamento, publicando-o em 1681, em Amsterdam, na Holanda. O título do Novo Testamento era ”O Novo Testamento, Isto he o Novo Concerto de Nosso Fiel Senhor e Redemptor Iesu Christo, Traduzido na Língua Portuguesa”, o qual por si mesmo revela o tipo de português arcaico que foi usado. Essa tradução tinha numerosos erros e o próprio Almeida compilou uma lista de dois mil (2.000). Muitos desses erros foram feitos pela comissão holandesa, que procurou harmonizar a tradução de Almeida com a versão holandesa de 1637.

Almeida baseou-se no Textus Receptus feito por Erasmo, em 1516 (considerado um texto inferior), pois ele representa o Texto Bizantino, o mais fraco e mais recente entre os manuscritos gregos. Lembramos que na época de Almeida não existia nenhum papiro, razão pela qual ele lançou mão de fontes inferiores.

Almeida só conseguiu a sua tradução e publicação completa da Bíblia no século XVIII. Apesar do texto inferior por ele usado, bem como dos muitos erros e das edições e correções, essa é a tradução que tem sido mais bem aceita pelos nossos irmãos protestantes de língua portuguesa.

Imagine todas estas dificuldades e erros, aliados à descrença na reencarnação por parte de Almeida e seus seguidores! O resultado de tudo isto é o que conhecemos hoje nas edições da Bíblia de Almeida. Revisões e mais revisões, correções e mais correções. Por exemplo: Revisão de 1945, por uma comissão, sob os auspícios da sociedade Bíblica do Brasil, revisão da tradução de Almeida da Imprensa Bíblica Brasileira, publicada em 1967, Bíblia de Estudo Pentecostal, revista e corrigida na Edição de 1995.

No entanto, apesar de todas estas correções, encontramos alguns irmãos protestantes mais entusiastas, afirmando que o conteúdo de suas bíblias, em português, representa “a expressão inquestionável da verdade”.

http://http://www.ideiaeditora.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5:a-histori..
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A HISTÓRIA DAS TRADUÇÕES BÍBLICAS Empty História da tradução no Ocidente I

Mensagem por Lourival soldado cristão 13th junho 2013, 7:57 pm

http://http://boletim.tradutoria.com/2010/01/08/historia-da-traducao-no-ocidente-i/A tradução reverente

O primeiro tradutor do Ocidente cujo nome se registra foi Lívio Andrônico, que por volta de 240 a.C. traduziu a Odisseia em versos latinos. Névio, Ênio, e, sobretudo, Cícero e Catulo foram também tradutores frequentes de textos gregos ao latim. De Cícero vem a primeira formulação do preceito de não traduzir verbum pro verbo, palavra por palavra, estabelecida em seu Libellus de optimo genere oratorum, que Horácio incluiria em sua Ars poetica. Mas será com a Bíblia e suas traduções que a discussão sobre as bases da atividade tradutória ganhará relevância.

A Bíblia proporá questões particularmente complexas e polêmicas. Ao contrário do grego e do latim que tinham certo parentesco linguístico e compartilhavam de uma cultura mediterrânea relativamente consolidada e homogênea, os idiomas semitas e a cultura judaica ofereciam problemas instigantes e de difícil solução para os tradutores europeus. De fato, ainda se escutam ecos das discussões da época nas críticas de Haroldo de Campos[1] às análises da Bíblia de Harold Bloom ou nas restrições de Meschonnic às práticas de Nida e seu Summer Institute of Linguistics.[2]

Na época imediatamente anterior ao surgimento do cristianismo, a Bíblia, embora lida e recitada em hebraico, necessitava ser interpretada em grego e aramaico para os próprios hebreus que, em sua maioria, haviam perdido o contato com a língua da religião; o aramaico era então a língua oficial do Império Persa e o grego dominava o intercâmbio comercial e cultural. Estas versões aramaicas da Bíblia eram mais interpretações e comentários do que traduções propriamente ditas.

Para os próprios hebreus foi preparada, em meados do século III a. C, por ordem do rei greco-egípcio Ptolomeu II Filadelfo, a chamada Versão dos Setenta,[3] posteriormente adotada pelos cristãos. Já na era cristã surgiram outras versões para o grego: a de Símaco; a de São Teodósio, de inspiração cristã; e a de Áquila, hebreu, mais literal. Independente da qualidade ou fidelidade das versões, estas não eram bem aceitas pelos religiosos mais ortodoxos. Conta uma tradição judaica que a terra escureceu por três dias quando a Lei foi traduzida para o grego[4]. Em todo caso, surgia aí, implícito, o conceito de tradução.


Mas foi com São Jerônimo que a tradução bíblica adquiriu consistência empírica e teórica. São Jerônimo utilizou-se inicialmente dos Exempla, compilados por Orígenes, que consistiam nas quatro versões gregas então existentes mais o texto hebraico. Cotejava as versões gregas e mais as versões latinas da Versão dos Setenta e dirimia as dúvidas consultando o texto hebraico. Posteriormente, dedicou-se a uma versão totalmente nova do Antigo Testamento. A soma dessa tradução com a sua precedente revisão dos evangelhos mais o Novo Testamento revisto por outros sábios constituiu, entre os séculos VI e IX, a versão que ficou conhecida desde então como a Vulgata[5].

Embora sua tradução seja mais próxima do texto hebraico que as versões latinas anteriores, São Jerônimo também recai em interpolações e abreviações, corrige incoerências, parafraseia. Intervenções que se tornam cada vez mais frequentes no decorrer da tradução. Utiliza como língua o latim popular, cristão, que na juventude abominara. Essa escolha levanta uma questão interessante e em geral ignorada: São Jerônimo, de certa forma, fez a tradução também do seu latim de homem culto ao latim popular, ou melhor, ao latim que ele atribuía ao povo. Por brilhante que fosse São Jerônimo, é muito raro, se acaso existe, algum exemplo de transcrição fidedigna da linguagem popular por um autor culto. A acreditar-se em Mario de Andrade, essa incapacidade de transcender o individual para absorver-se no coletivo é até mesmo uma felicidade, já que o êxito resultaria em falsificação[6]. De todo modo e arriscando-nos um pouco, cremos que o latim vulgar recriado por São Jerônimo, assim como depois o alemão de Lutero, influenciou o desenvolvimento posterior das línguas mesmo sendo criação de homem de gênio sobre bases populares e não pura expressão da coletividade. A influência das traduções sobre a evolução das línguas é um tema instigador, mas que deve ser tratado com maior extensão por gente mais habilitada no tema específico.

A Bíblia exige que sua tradução, como texto de doutrina e em nome da eficácia, seja naturalizante tanto quanto possível. Deve falar aos povos em sua mesma língua como se houvesse sido ditada diretamente em cada uma delas. Borges menciona um cabalista espanhol que afirmava que Deus fez as Escrituras para cada um dos homens de Israel.[7] Segundo a tradição o próprio Jesus falava as multidões heterogêneas sendo compreendido por todos como se falasse a cada um em sua própria língua. A tradução bíblica se propõe assim a “fazer” as Escrituras para todos os homens do mundo atualizando a promessa bíblica (essa é a visão, v.g., de A. Nida).

Exige ao mesmo tempo, como texto sagrado e exegético, um máximo de fidelidade literal. Em um texto do qual se diz ser a palavra de Deus, todas e cada uma das palavras e mesmo a sua ordem adquirem uma importância capital.[8] Um texto que faça exigências tão extremas e contraditórias oferece oportunidades excepcionais para a teoria da tradução. Sobretudo se consideramos que há um número significativo de traduções bíblicas muito bem logradas, revelando a atração que exerce sobre os grandes tradutores. Oferece mesmo a oportunidade de se reformular a velha oposição literalismo/recriação em outros termos, para reconciliar essas exigências antagônicas.

Ao longo do tempo e conforme a preocupação predominante, a tradução bíblica tem oscilado com maior ou menor fortuna entre uma e outra exigência, mas tende quase sempre a uma solução de compromisso. A Bíblia demanda um tipo de tradução que se pode chamar de tradução reverente, que combina recriação e literalismo, geralmente com predomínio deste último, e cujo protótipo ainda é a Vulgata de São Jerônimo.

A tradução reverente não é exclusiva das escrituras sagradas, mas estas são, sem dúvida, o protótipo do gênero; nós a encontramos naqueles textos aos quais Benjamin chamava genericamente de “grandes escritos”.[9] Há, entretanto, diferenças de atitude diante dos diversos tipos de texto relevante, que implicam em distinções no modo de traduzir.

Para os povos da Antiguidade ocidental não havia o conceito de texto sagrado. Heráclito, Platão e Horácio encontravam incorreções e incoerências em obras de Homero, que todos reconheciam como o autor clássico por excelência. A concepção de texto sagrado penetra no Ocidente com a Bíblia e chega a contaminar, ainda que parcialmente, a própria concepção de clássico, sobretudo a partir do Renascimento.

Hoje sabemos que essa visão reverente da letra importou muitíssimo para a preservação dos grandes escritos. Sabemos que por si a escrita é uma reação à entropia; a reprodução dos grandes escritos leva essa reação a seu extremo. George Steiner escreve em “Homero e os especialistas”:

A crítica mais apurada presumia que, se um texto fosse muito antigo ou tivesse sido reproduzido várias vezes, estaria irremediavelmente corrompido. Agora não temos tanta certeza. Comparações entre os pergaminhos do Mar Morto e a versão canônica da Bíblia sugerem que a literatura quando considerada sagrada, era transmitida com grande fidelidade. Por reverência, os escribas ou escolásticos futuros até mesmo reproduziam erros ou palavras arcaicas que não compreendiam.

(George Steiner, Linguagem e silêncio, p. 207.)

Assim, a tradução reverente busca eludir a entropia, preservando ao máximo o texto “definitivo”, o que forçosamente obriga à busca do compromisso entre o literalismo e a interpretação respeitosa.

Desde São Jerônimo, praticamente todos os tratados sobre tradução distinguem entre a tradução de documentos cotidianos – pessoais, comerciais, eclesiásticos -, efêmeros por definição, e o traslado de um texto literário, filosófico ou religioso.

As posições de São Jerônimo sobre a teoria e a prática da tradução são as formulações pioneiras da referida versão reverente. Na epístola LVII, datada de 395, São Jerônimo[10] responde à acusação de haver manipulado o sentido na tradução de uma carta de Santo Epifânio. São Jerônimo defendeu a fidelidade essencial de sua versão e reafirmou o princípio da tradução livre que, de resto, predominava entre os seus contemporâneos. Assim convinha traduzir os textos leigos, mas os textos sagrados, onde a ordem das palavras compunha parte do sentido profundo, demandavam outro tipo de tradução. São Jerônimo contrapõe à liberdade da tradução cotidiana o literalismo recomendável para os textos sagrados. Remete, porém, na mesma epístola, a exemplos em que a tradução por ele considerada ideal não era propriamente a mais literal. Na epístola CVI, escrita no ano 400, destaca a importância de se recorrer ao original hebraico para se dirimir dúvidas, mas acrescenta, a propósito dos Salmos, que “a regra do bom tradutor é exprimir as locuções idiomáticas de outra língua de acordo com o que seja próprio na sua língua; desde que não se perca o significado e se respeite a eufonia e as propriedades da língua em que se traduz”.[11]
[1]Haroldo de Campos, “A Astúcia da Serpente (O poeta Haroldo de Campos ‘transcria’ os capítulos bíblicos sobre a queda do homem)”, Folha de São Paulo, caderno Mais!, 7 de maio de 1995, p. 4.


[2]John Milton, O poder da tradução, p. 134.

[3] Segundo Javier Marías

Deve-se o conceito moderno de tradução precisamente à Bíblia e à versão conhecida como ‘os Setenta’. Antes, os textos eram vertidos com descuido, de maneira utilitária, para que fossem somente entendidos. Porém não se tinha certeza de que a Bíblia pudesse ser traduzida, uma vez que era a ‘palavra de Deus’ e não cabia aos homens alterá-la.
Conta-se que 70 sábios foram encerrados em suas celas para traduzi-la, e que, ao sair, todas as suas versões coincidiram ponto por ponto, como se os 70 tivessem sido inspirados pelo sopro divino. Certamente aqueles que se dedicaram a esta tradução esmeraram-se ao máximo, conseguindo que cada palavra em hebraico tivesse uma correspondente grega, cada vírgula uma vírgula, e cada ponto um ponto. Inventara-se a fidelidade e até mesmo a literalidade. Introduziu-se na mentalidade humana a sacralização dos textos, o que permite que o Quixote seja imutável e comece dizendo: ‘Em um lugar da Mancha, de cujo nome não quero me lembrar…’, embora saibamos hoje que ‘não quero’ significava também ‘não creio’. Isto também faz com que as passagens obscuras e misteriosas de Shakespeare permaneçam na sua infinidade de traduções, porque do contrário não seriam Shakespeare.

Javier Marías, “A inquisitorial demência do politicamente correto”, Folha de São Paulo, caderno Mais!, 7 de janeiro de 1996, p. 10, tradução Lilia Astiz.

[4]A lenda corrente de que setenta tradutores gregos, trabalhando isoladamente, chegaram todos a uma tradução coincidente palavra por palavra não é menos incrível que a lenda do escurecimento do mundo por três dias.

[5]O termo era inicialmente aplicado à Versão dos Setenta e suas versões latinas.

[6]Mario de Andrade, “Juvenal Galeno”, Taxi, p. 351-353.

[7]Jorge Luis Borges, “La Poesía”, Siete Noches in Obras Completas 1975-1985, p. 254.

[8]“Em um livro sagrado são sagradas não somente suas palavras como também as letras com que foram escritas”, Borges, “La Cábala”, op. cit., p.268.

[9]Walter Benjamin, A tarefa do tradutor, p. 32.

[10]Giulio Lepschy, “Tradução” in Enciclopédia Einaudi, p. 287.

[11]Ibidem.http://http://boletim.tradutoria.com/2010/01/08/historia-da-traducao-no-ocidente-i/
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A HISTÓRIA DAS TRADUÇÕES BÍBLICAS Empty A História da Tradução da Bíblia em Português

Mensagem por Lourival soldado cristão 13th junho 2013, 8:00 pm

A História da Tradução da Bíblia em Português

por

Prof. Isaias Lobão Pereira Júnior



O presente trabalho foi apresentado pela primeira vez como texto exigido para a matéria de História das Religiões, na Universidade de Brasília.

Posteriormente foi apresentado em forma de palestra no encontro da CEHILA (Comissão de História da Igreja na América Latina) entidade que coordena historiadores e pesquisadores interessados na história eclesiástica em nosso continente.

Mais tarde ele sofreu nova alteração para ser utilizado na internet, no sítio, www.estudosbiblicos.com. Ele está sendo aperfeiçoado para futura publicação num livro que congrega diversos autores, que estão interessados na divulgação da Bíblia.

Existe ainda resquícios da oralidade exigida pela apresentação no encontro da CEHILA. O que torna o texto mais leve do que um trabalho acadêmico, com suas exaustivas notas e referências bibliográficas.


Brasília, 29 de março de 2.001


A Bíblia em Português


A história da Bíblia em português é cheia de lances dramáticos e tão antiga quanto a da Bíblia inglesa, pois os primeiros ensaios de tradução datam dos tempos do rei Diniz (1279-1325), antes mesmo de Wycliff[1] . A primeira porção traduzida, foram os vinte primeiros capítulos do Gênesis, da Vulgata Latina, pelo próprio rei D. Diniz. Mas o Novo Testamento só mais tarde foi traduzido para o português, talvez uns cinqüenta anos depois de Wycliff, quando D. João era rei (1385-1433), o qual ordenou a tradução dos Evangelhos, dos Atos e das Cartas Paulinas, trabalho que foi executado provavelmente por padres católicos e certamente da Vulgata. A publicação das porções acima do Novo Testamento se adicionou o livro de Salmos, traduzido pelo próprio rei.

Outras traduções, sem grande importância para a história da Bíblia em português, seguiram-se. De acordo com a tradição, a Infanta D. Filipa, filha do senhor Infante D. Pedro e neta do rei D. João, traduziu os Evangelhos do francês. O frei cisterciense Bernardo de Alcobaça traduziu o Evangelho de Mateus e parte dos outros, publicando seu trabalho em Lisboa no século XV. Em 1495 um Harmonia dos Evangelhos foi publicada em Lisboa por Valentim Fernandes. No mesmo ano um jurista chamado Gonçalo Garcia de Santa Maria traduziu as Epístolas e os Evangelhos. Dez anos depois os Atos e as Epístolas Gerais foram traduzidos por ordem da rainha Leonora. A linguagem portuguesa destes primeiros escritos é arcaica. Algumas destas tentativas usaram um português tão arcaico como o inglês de Wycliff.

O futuro da Bíblia em português dependia, entretanto, de João Ferreira de Almeida, nascido em Torre de Tavares, próximo de Mangualde, Portugal, em 1628. Seus pais eram católicos, mas ele se converte a fé da Igreja Reformada em 1642, pela profunda impressão que causou em seu espírito a leitura dum folheto espanhol. Desde o princípio de sua conversão, mostrou a sua aptidão para o estudo teológico e a participação na liderança eclesiástica. Ignoram-se as circunstâncias que o fizeram transportar-se à Batávia, onde se tornou muito ativo e zeloso no trabalho de evangelização, pregando nas línguas portuguesa, espanhola, francesa e holandesa. Seu primeiro trabalho foi a tradução do espanhol de um resumo dos Evangelhos e Epístolas. Este não foi publicado. Almeida conta-nos que, enquanto se demorava em Málaca, principiou a traduzir algumas partes do Novo Testamento do espanhol para o português[2] diz ele: “no segundo ano após minha conversão (do catolicismo romano para o protestantismo) e meu décimo sexto ano de idade”. Ele acrescenta que terminou esta tarefa de iniciativa própria em 1645. Mais tarde, com 17 anos de idade somente, ele traduziu o Novo Testamento da versão latina de Beza. Ele também traduziu o Catecismo de Heidelberg e a liturgia reformada para o português.

A Igreja Reformada não cabia em si de contente em se servir dos serviços de um homem jovem e talentoso como Almeida, cuja língua materna era o português. A razão disto estava em que o português era a língua franca de muitas partes da Índia e sudoeste da Ásia. Por causa da expansão marítimo-comercial. o português era usado nas congregações da Igreja Reformada, por asiáticos e cristãos protestantes por conversão (com freqüência do catolicismo). No decorrer dos tempos o número destes cristãos de fala portuguesa foi crescendo em Málaca e Batávia, e algumas vezes até excedia aos cristãos da língua holandesa. Durante a sua longa vida pastoral, Almeida escreveu e publicou várias obras de caráter religioso. Entretanto, ele ajudou a publicar outras obras, de cunho secular. Pode-se mencionar a sua revisão de uma tradução em português das fábulas de Esopo, feitas por M. Mendes de Vidigueyro, intitulada Esopete Redi Vivo (1672).

Anos depois ele sente a necessidade de apresentar o Evangelho ao povo de Portugal numa tradução mais séria. Após aprender o grego e hebraico, começou sua tradução do Novo Testamento, tendo como base o chamado "Textus Receptus", segunda edição de 1633 publicada por Elzevir. Este trabalho ele o findou em 1670, mas a publicação só teve lugar em 1681, em Amsterdã, na Holanda, assim entitulada:

"O Novo Testamento Isto he o Novo Concerto de Nosso Fiel Senhor e Redemptor Iesu Christo traduzido na Língua Portuguesa pelo reverendo Padre João Ferreira de Almeida, ministro pregador do Sacto Evangelho nesta cidade de Batávia, em Java Maior". [3]

Antes que saísse do prelo sua tradução, em 1o. de janeiro de 1681, Almeida publicava uma lista de mais de mil erros em seu Novo Testamento, e Ribeiro dos Santos afirma serem mais. Estes erros eram devidos ao trabalho de revisão feito por uma comissão holandesa que procurou pôr a tradução de Almeida em harmonia com a versão holandesa. Algumas razões levam-nos a crer sido esta uma versão pobre, no dizer de Ribeiro dos Santos[4]. O texto grego do qual ele traduziu não era bom, embora fosse o melhor do seu tempo. Sua linguagem não era boa, não só por haver deixado Portugal bem cedo, mas também porque tentou fazer uma tradução literal, seguindo muito de perto a versão holandesa de 1637 e a castelhana de Cipriano de Valera de 1602. Também o trabalho de revisão, feito por seus colegas holandeses, piorou ainda mais o seu trabalho.

Em março de 1683 Almeida deu, ao Presbitério em Batávia, a notícia de que completara o Pentateuco e que esta fora revisado pelos seus colegas holandeses. Entretanto, ele não pôde completar seu trabalho. Sua tradução só chegou até o livro de Ezequiel, capítulo 48, versículo 21. A última parte foi completada por Jacobus op den Akker em 1694. Depois de muitos problemas foi impresso na Batávia (em dois volumes, 1748 e 1753).

O saltério de Almeida foi publicado no Livro de Oração Comum[5] para o uso das congregações da Igreja Anglicana na Índias Orientais, em 1695. Nesta época, o rei da Dinamarca, Frederico IV, interessou-se em desenvolver no Oriente o conhecimento das Escrituras Sagradas, e pelo seu patrocínio foi estabelecido o trabalho em Tranquebar, aonde foram muitos missionários célebres. Para este trabalho foi publicada, em Amsterdã, uma 3º edição do Novo Testamento de Almeida, às expensas da Sociedade Propaganda do Conhecimento Cristão, em 1712.[6]

Somente no fim do século XVIII, e o princípio do XIX, a Bíblia inteira, na tradução de Almeida, foi publicada. Sob os auspícios da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, foi publicada uma edição do Novo Testamento de Almeida em 1809. Em 1819 Bíblia completa de João Ferreira de Almeida foi publicada em um só volume pela primeira vez, com o título:
A Bíblia Sagrada, contendo o Novo e o Velho Testamentos, traduzida em português pelo Padre João Ferreira de Almeida, ministro pregador do Santo Evangelho em Batávia.
Londres, na oficina de R. e A Taylor, 1819
8º gr. de IV
884pp. A que se segue, com rosto e numeração o Novo Testamento, contendo IV – 279 páginas.

Apesar de tudo, a tradução de Almeida encerra algumas coisas notáveis. Ela teve lugar em Batávia, na ilha de Java, milhares de quilômetros longe de Portugal. Realizou-se num a terra cuja língua oficial não era o português. Era a 13a. tradução numa língua moderna depois da Reforma. Feita por um pastor protestante, destinava-se a um país católico, como Portugal, que só poderia receber de bom grado uma tradução do Novo Testamento feita diretamente da Vulgata. E o mais dramático lance de sua grande obra é que até hoje nos países de língua portuguesa, sua tradução, mesmo que sofrendo inúmeras reformas, ainda é usada e querida.

O padre Antônio Pereira de Figueiredo, nascido em Mação, Portugal aos 14 de fevereiro de 1725, realizou a primeira grande tradução da Vulgata para o português. Seu trabalho consumiu-lhe dezoito anos de esforços. O Novo Testamento apareceu primeiro, em 1781 e a Bíblia toda, em seis volumes, pouco depois. A linguagem de Figueiredo é inegavelmente superior à de Almeida. Alguns fatores contribuíram para esta melhora. Figueiredo possuía cultura muito superior à de Almeida e ele traduzira a Bíblia e publicara o seu Novo Testamento exatamente um século depois da obra imortal de Almeida. Embora revelando sensível melhora quanto ao português da tradução, Figueiredo não pode escapar aos defeitos de uma tradução que tem por base uma outra tradução. A Vulgata é uma mera revisão do Velho Latim, textos antigos do Novo Testamento, vertidos do grego, que Jerônimo usou para seu trabalho e com tendências peculiares. A tradução de Figueiredo tem sido usada pela Igreja Romana desde então.

A primeira tradução da Bíblia iniciada no Brasil, foi feita pelo refugiado Bispo de Coimbra, Frei D. Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré, o qual publicou só o Novo Testamento em São Luís, Maranhão, em 1875, enquanto que o trabalho de impressão foi feito em Portugal.

O século XX viu florescer no Brasil uma série de grandes traduções do Novo Testamento e da Bíblia toda, tanto do lado protestante com da Igreja Católica. Duas tentativas sem grande importância tiveram lugar. D. Duarte Leopoldo e Silva, traduz e publica os Evangelhos, arranjados como uma harmonia. Depois o Colégio da Imaculada Conceição, Botafogo, Rio de Janeiro, publica uma tradução dos Evangelhos e Atos, do francês, preparada por um padre católico, em 1904.

Os padres franciscanos iniciam um trabalho de versão da Bíblia em 1902 e, embora traduzindo da Vulgata, tentaram fazer um trabalho realmente crítico. Sua edição dos Evangelhos e Atos apareceu em 1909.

Estava reservada ao então padre Humberto Rohden a primeira tradução diretamente do grego para o português, feita por um católico. Isto ele fez num trabalho começado quando estudante na Universidade de Innsbruck, Aústria (1924-1927) e terminado no Brasil. Publicado sob os auspícios da Cruzada da Boa Imprensa.

O trabalho do padre Matos Soares, é a versão mais popular da Igreja Romana no Brasil. Depois do concílio Vaticano II[7] , a Bíblia encontrou mais espaço dentro da Igreja Católica. Várias traduções surgiram, como a Edição Pastoral[8], publicada pelas Edições Paulinas. Feita por eruditos brasileiros, liderados pelo teólogo Ivo Storniolo. Ela foi divulgada entre as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), tendo como base teológica a Teologia da Libertação. Storniolo também colaborou com uma outra importante tradução católica, a conhecida Bíblia de Jerusalém. Inicialmente foi publicada em francês, nos anos 70, produzida por padres belgas. Nos anos 80 aparece a versão brasileira. Que segue o critério de tradução dos franceses, uma linguagem moderna, porém sem excessiva simplificação, com base nas línguas originais. As notas e comentários foram, em parte, traduzidos da versão francesa.

Recentemente a Edições Loyola, publica no Brasil, a Tradução Ecumênica da Bíblia (TEB). Com notas e comentários, como a Bíblia de Jerusalém, mas difere desta pela linguagem. A TEB foi o trabalho conjunto de eruditos católicos, protestantes e judeus. No Velho Testamento, ela segue a disposição dos livros consagrada pelo judaísmo. Assim nos é explicado por R.T. Beckwith: “(...) a Bíblia Hebraica tem uma estrutura diferente em relação à Bíblia em português. está dividida em duas seções: os Profetas e os Hagiógrafos (escritos sagrados). Os Profetas abrangem oito livros: os livros históricos de Josué, Juízes, Samuel e Reis, os livros proféticos de Jeremias, Ezequiel, Isaías e os Doze (os profetas menores). Os Hagiógrafos compreendem 11 livros: os livros líricos e sapienciais de Salmos, Jó, Provérbios, Eclesiastes, Cantares de Salomão e Lamentações de Jeremias, e os livros históricos de Daniel, Ester, Esdras-Neemias e Crônicas. Esta é a ordem tradicional, segundo a qual o remanescente hagiógrafo, Rute, vem antes de Salmos. Na Idade Média, esse livro foi colocado em uma posição mais adiante, ao lado de outros quatro livros de brevidade similar (Cantares de Salomão, Eclesiastes, Lamentações de Jeremias e Ester). É digno de nota que na tradução judaica Samuel, Reis, os Profetas Menores, Esdras-Neemias e Crônicas sejam computados cada um como um único livro[9]. A TEB representa uma nova mentalidade da Igreja Romana. Se antes, as Bíblias Protestantes eram acusadas de serem falsas e conterem inúmeros erros, agora o discurso é radicalmente outro. Tenta-se encontrar pontos de contato, pontes são construídas e barreiras são vencidas pelo diálogo.

Mas adiantamos muito a nossa história. Temos que voltar um pouco no tempo.

As Sociedades Bíblicas empenhadas na disseminação da Bíblia no Brasil reuniram-se, em 1902, para nomear uma comissão para traduzir os textos hebraico e grego em português. Este comissão era formada de vários eruditos ligados a diversos grupos protestantes. Entre eles, o Dr. W.C. Brown, da Igreja Episcopal; J.R. Smith, da Igreja Presbiteriana Americana (igreja do sul); J.M. Kyle, da Igreja Presbiteriana (igreja do norte); A.B. Trajano, Eduardo Carlos Pereira e Hipólito de Oliveira Campos[10]. Além do texto grego e de todas as versões portuguesas existentes, a comissão tinha as seu dispor muitos comentários e obras críticas que contêm os mais novos e mais úteis resultados da investigação e estudo moderno do Novo Testamento. A Tradução Brasileira, iniciada em 1902, editando os dois primeiros evangelhos em 1904, e depois de alguma crítica e revisão, o Evangelho de Mateus saiu em 1905. Os Evangelhos e o livro dos Atos dos Apóstolos foram publicados em 1906, e o Novo Testamento completo em 1910. A Bíblia inteira apareceu em 1917. Apesar de suas inúmeras vantagens ela não vingou em terras do Brasil e Portugal. Deixando posteriormente de ser impressa.

A história da Bíblia em português se confunde com a história das Sociedades Bíblicas. Entidades sem fins lucrativos, que foram formadas no início do século XIX, para distribuir a Bíblia. Como já foi visto anteriormente, foi a Sociedade Britânica que popularizou o trabalho de Almeida nos países de língua portuguesa.

Por volta de 1790[11] morava numa insignificante aldeia de um condado inglês, no País de Gales, a pequena Mary Jones, com cerca de oito anos de idade. Filha de tecelões da localidade, cuja pobreza, naqueles tempos era proverbial, a pequena Mary elevou-se, por assim dizer, à fama mundial. Devido a ela foi fundada a primeira grande Associação da Bíblia.

No meio das grandes privações em que viviam, a menina Mary aprendera a ler e, desde então, seu maior desejo fora possuir uma Bíblia. Uma Bíblia no entanto, representava um tesouro inatingível para uma família de tecelões. Assim sendo, Mary começou a economizar tudo o que ganhava prestando pequenos serviços, mas, a fim de um ano, conseguira juntar, o equivalente a pouco mais de uma libra. Uma soma ridícula, em relação ao preço de uma Bíblia completa em língua inglesa. Entrementes o pai morreu, e mãe adoeceu e a libra foi gasta em medicamentos. Mary recomeçou tudo do princípio, com uma perseverança inacreditável numa menina tão pequena. Passados alguns anos suas economias tinham aumentado a ponto de permitir a Mary a ousadia de procurar obter um Bíblia. Mas onde? O próprio pastor local não possuía nenhum exemplar. Ele sabia, porém, de um colega, em Bala, um certo pastor Charles, que tinha um daqueles livros. Bala ficava a 40 quilômetros; mesmo assim, Mary pôs-se a caminho, a pé, levando uma modesta provisão para a viagem.

Depois de dois dias de marcha, chegou a Bala e comunicou seu desejo ao pastor Charles. O homem, todavia, sacudiu a cabeça negativamente. Uma Bíblia, sim, ele possuía um exemplar, mas já o tinha prometido a alguém. Além disto, a modestíssima soma que Mary podia oferecer era insuficiente.

Diante de tão terrível decepção, depois de anos de privações e de esperanças, a menina desfaleceu. O pastor Charles fez o que em tais momentos qualquer um faria: passou por cima de promessas e ajustes e presenteou a pequena Mary com a sua Bíblia.

Fez ainda mais o pastor Charles: na reunião da Sociedade de Assuntos Religiosos, em Londres, ele contou o acontecimento:

- “Precisamos achar um meio de imprimir Bíblias ao alcance também do povo pobre de Gales”.

No mesmo instante saltou o pregador batista Hughes e exclamou:

– Por que só para Gales? Por que não para todo o império? Por que não para o mundo inteiro?”

A sugestão foi aceita. Dois anos depois era fundada a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira. O alcance do trabalho dos ingleses foi fenomenal. Todo o Império Britânico foi alcançado. Na época dizia-se que, os ingleses dominavam o mundo, e seu Império tinha tanto alcance, que o “sol nunca se punha, nas terras dominadas pela coroa inglesa”.

Somente em 1949, a distribuição da Bíblia passa a ser feita pelos brasileiros. É a fase conhecida como nacionalização da obra da Bíblia. A data de 1949 é uma referência importante. O trabalho protestante no Brasil sempre dependeu da força estrangeira. Os dois campos promissores para os missionários estrangeiros eram a África e a China. Com a ascensão de Mao na China em 1949, milhares de obreiros cristão foram expulsos pela governo comunista. E muitos deles foram deslocados por suas igrejas para novos campos.

A África continuou como um campo promissor, mas logo perdeu sua “hegemonia” para a América Latina. A América Latina, que até então foi negligenciada[12] , recebeu uma leva enorme de missionários. Com o aumento do número de trabalhadores, fez-se necessário aumentar o número de ferramentas.

A criação da Sociedade Bíblica do Brasil foi a resposta. Desde então a Bíblia se tornou um livro popular no Brasil. Ela acompanhou o crescimento da igreja protestante, e se difundiu no país através dos colportores, como eram chamados os missionários que viajam para vender Bíblia pelo interior do Brasil.

Paralelo a este crescimento, surge nos anos 90 um nova versão da Bíblia em português. Seguindo os mesmos ideais da Versão Brasileira. Um tradução promovida por um grupo de eruditos, ao invés de um trabalho solitário, como foi o de Almeida. Uma linguagem moderna, sem simplificação. Bastante acessível ao público médio. Fundamentada em melhores manuscritos, do que o conhecido Textus Receptus, usado por Almeida. Surge a Nova Versão Internacional. Também conhecida como NVI.

Em 1978, foi apresentada ao povo de fala inglesa, uma nova versão da Bíblia, feita pela Sociedade Bíblica Internacional. Seguindo os melhores padrões lingüisticos e os mais modernos recursos editoriais e gráficos, a NVI, alcançou um amplo espaço no mundo evangélico. Representando uma nova etapa na história das traduções da Bíblia.

"... a Sociedade Bíblica Internacional reuniu um grupo de estudiosos evangélicos, de diversas denominações, especialistas nas línguas originais e na língua pátria para produzir um texto fiel e, ao mesmo tempo, contemporâneo. Além de se esforçar por alcançar uma tradução acessível, a comissão formada procurou também esquivar-se da vulgaridade, dos regionalismos, enfim, de tudo que possa empobrecer o texto. É com este espírito de esperança que a Sociedade Bíblica Internacional tem a satisfação de colocar em suas mãos o Novo Testamento na Nova Versão Internacional que pretende ampliar a corrente histórica marcada por aqueles dentre o povo de Deus que têm se esforçado para fazer compreendida a revelação divina na Bíblia Sagrada." [13]

Conforme foi visto antes, a divulgação da Bíblia sempre esteve ligada as mudanças que a sociedade sofre. A versão de Almeida se liga ao tempo de formação do protestantismo. A história de Almeida, nas distantes ilhas do pacífico inspirava os primeiros missionários que vinham ao Brasil desbravar o “novo mundo”. A aventura de viajar à cavalo léguas e léguas para levar o “livro santo”, confrontando com o clero hostil, o clima e as doenças tropicais.

Mas a obra ainda não tinha sido estabelecida. A mensagem evangélica ainda não tinha fincado raízes no solo brasileiro. A dependência marcou esta primeira fase. Isto pode ser exemplificado pela infrutífera tentativa de produzir uma nova tradução, a versão brasileira. O protestantismo não teve o seu grito do Ipiranga. Ficou limitado a repetir as formas e estruturas do missionário estrangeiro.

Figura célebre na história foi o professor Eduardo Carlos Pereira. Gramático conhecido do início do século, liderou um movimento de nacionalização dentro da Igreja Presbiteriana, que até então era liderada por estrangeiros. Ele rompe com a estrutura tradicional e funda a Igreja Presbiteriana Independente. Liderada pelos brasileiros, que comandavam os seminários, igrejas e escolas da nova denominação. Não foi coincidência Pereira ter participado da chamada Versão Brasileira.

A fundação da Sociedade Bíblica do Brasil coincide com a nova etapa da evangelização mundial. As portas fechadas da China, que até então demonstrava ser um campo muito promissor. Uma enorme população que estava formando uma nova identidade nacional, mais aberta ao cristianismo[14]. Além do grande investimento de recursos para lá. Fundação de hospitais, seminários e ampliação de igrejas.

Finalmente, a NVI aparece num momento oportuno. A Igreja Protestante mudou. Não é mais a igreja pioneira dos primeiros anos, nem é mais a igreja dependente do início do século. A Sociedade Bíblica do Brasil se tornou uma das maiores entidades de promoção da Bíblia no mundo. Até o ano de 1995, apenas duas Sociedades Bíblicas, entre as 120 existentes no mundo, haviam conseguido superar a marca de 20 milhões de Bíblias distribuídas em um ano: a Sociedade Bíblica Americana e a Sociedade Bíblica da Coréia. Em 1996, ao completar 48 de existência a SBB tornou-se a terceira a superar essa marca.[15]

A NVI representa a maturidade que a obra bíblica alcançou no Brasil. Um obra enorme hoje, bem diferente dos dias de Almeida e seu pioneirismo.

[1] - John Wycliff (c. 1328-1384) Foi um precursor da Reforma Protestante, quer queria reformar a igreja romana, através da eliminação dos clérigos imorais e pelo despojamento de sua propriedade que, segundo ele, era fonte de corrupção. Atacou a autoridade do papa em 1382, dizendo num livro que Cristo e não o papa era o chefe da Igreja. Afirmou que a Bíblia e não a Igreja era a autoridade única para o crente e que a igreja romana deveria se modelar segundo o padrão do Novo Testamento. Para apoiar estas idéias, Wycliff tornou a Bíblia acessível ao povo em sua própria língua. Em 1382, ele terminou a primeira tradução completa do Novo Testamento para o inglês. Desse modo, pela primeira vez, os ingleses podiam ler a Bíblia em sua língua.

[2] - Um Tradutor Português da Bíblia em Java. JUERP, 2º edição. p 3.

[3] - G. L. Santos Ferreira, A Bíblia em Portugal, citado por David Mein. A Bíblia e como chegou até nós. Assim explica o equívoco do frontispício.” Os missionários holandeses de Tranquebar se intitulavam a si mesmo de padres dominicanos, mas não tinham ligação com ordem católica. É bem provável que eles, sendo pouco conhecedores do idioma, julgassem o adjetivo dominicano era derivado de dominus, e ingenuamente supusessem que se dizerem ministros do Senhor ou Padres dominicanos era a mesma coisa”.

[4] - Ribeiro dos Santos foi um importante historiador do protestantismo brasileiro. Ele era pastor presbiteriano.

[5] - Saltério é como também ficou conhecido o livro dos Salmos. O livro de Oração Comum é o livro de liturgia oficial da Igreja Anglicana.

[6] - David Mein. Op. cit.

[7] - O Concílio Vaticano II teve um tremendo impacto na Igreja Católica. A Igreja sofreu um “aggiornamento”, ou seja, uma renovação. A liturgia, que até então era feita em latim, passou a ser feita nas línguas nacionais, o novo movimento carismático foi aceito como expressão da espiritualidade católica, a teologia da libertação encontrou amplo espaço e foi divulgada com entusiasmo pelo mundo. A Bíblia encontrou um novo espaço nesta “nova” Igreja, que estava se definindo no Vaticano II. A expressão latino-americana foi o CELAM, em Medelín (1968). As melhores fontes para consulta são os documentos produzidos por estes encontros, ambos publicados pelas Edições Paulinas e Editora Vozes.

[8] - Edições Paulinas, São Paulo. 1990.

[9] - Beckwith. R. T. O Cânon do Antigo Testamento in COMFORT, Philip Wesley. Ed. A Origem da Bíblia. CPAD. Rio de Janeiro, 1998. O artigo de Beckwith discute a formação do Cânon Hebraico e sua relação com a Igreja Cristã.

[10] - Os dados foram retirados da livro de David Mein. Que até hoje, permanece sendo a melhor referência sobre a história da Bíblia em português. Alguns eruditos, mesmo que não estivessem ligados às igrejas evangélicas contribuíram para a Tradução Brasileira A Tradução Brasileira é reconhecida como uma das melhores traduções da Bíblia não só em português. Superior em vários aspectos à de Almeida, um texto melhor, revisões mais acuradas, e a vantagem de ter sido obra de vários tradutores. Não alcançou, porém, popularidade de Almeida. Existe hoje como referência, e alguns exemplares podem ser encontrados na biblioteca da UnB.

[11] - Sociedade Bíblica do Brasil. A história de Mary Jones é por demais conhecida pelos protestantes. Ela aparece em diversos livros, divulgada em pregações. Uma das inúmeras edições da história de Jones é publicada pela Imprensa Batista Regular.

[12] - A Conferência de Missões de Edimburgo, em 1908, definiu a América Latina como campo já alcançado, devido a forte presença do catolicismo romano no continente. Os evangélicos que trabalhavam no continente latino-americano reagiram imediatamente e contestaram a decisão da conferência. Afirmando que a relação do catolicismo com a fé cristã era apenas nominal. Em essência, ele divergia do padrão bíblico.

[13] - Texto originalmente publicado na Revista Teológica Vox Scripturae, v. III, n. 2, 1993, p. 215-226. Com o título: Nova Versão Internacional da Bíblia em Português: Resumo Informativo. Odayr Olivetti.
Rev. Odayr Olivetti, Ministro jubilado da Igreja Presbiteriana do Brasil, foi pastor de várias igrejas e professor de Teologia Sistemática no Seminário Presbiteriano de Campinas. É autor de alguns livros e tradutor de inúmeras obras cristãs.

[14] - O livro de Jonatham Spence. Publicado no Brasil, pela Companhia das Letras, O Filho Chinês de Deus, nos fala de um líder chinês, protestante, que no século XIX faz uma caminhada pelo país, levando consigo uma multidão de seguidores, apregoando uma “nova era” para o povo chinês. Para Spence, esta caminhada inspirou Mao Tsé Tung para promover uma caminhada pela China, que irá culminar na Revolução Comunista de 1949.
Para a relação da visão escatológica cristã com o comunismo, ver. Norman Cohn. Cosmos, Caos e o Mundo Virá. Companhia das Letras. São Paulo, 1997. Ver também . Norman Cohn. Pursuit of Milennium. Oxford Press.

[15] - A Bíblia no Brasil. No. 175 . SBB. São Paulo.[url=http://A História da Tradução da Bíblia em Português]http://A História da Tradução da Bíblia em Português[/url]
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