A vaidade, no entendimento da CCB

por **Lourival soldado cristão** 14th fevereiro 2015, 6:53 pm

A vaidade, no entendimento da CCB

[size=13]Acredito que haja um grande equívoco de interpretação da palavra "vaidade" pela CCB.
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Aponto como sendo equívoco, porque não vejo outro motivo a dar tanta interpretação errônea a esse termo, visto que não haveria interesses escusos em deturpar os dicionários Aurélio e Houaiss.

A vaidade, principalmente a feminina, é expressamente condenada pela doutrina da ccb. Isso é evidente pela forma das nossas irmãs se vestirem: saias e vestidos comprimidos, cabelo longos e sem corte, não uso de maquiagens e adornos. Muitas inclusive sofrem com esse estereótipo de mulher desleixada nos ambientes escolares, faculdades e até no trabalho. Somos questionadas todo tempo o porquê temos de andar com cabelos despontados, saias muito compridas, o motivo de não depilarmos as pernas, de não fazermos as unhas e de não usarmos qualquer maquiagem ou jóia. A época mais difícil para as moças é a adolescência, época em que a mulher está desabrochando em flor e seu instinto feminino estético está mais aguçado. È nessa idade que a mulher tem mais necessidade de sentir-se bonita; Nesse período, muitas mocinhas da CCB são vítimas de chacotas na escola, algumas são humilhadas e sofrem comparações com as outras jovens de sua idade que se vestem e se apresentam de forma mais atraente. Eu mesma, na minha adolescência fui vítima de constantes deboches de colegas na escola e até de professores, chegando a receber apelidos e a ser alvo de piadinhas por causa do “cabelão”; Como minha família inteira é da CCB, e todos são extremamente conservadores, nunca ousei contrariar a forma de como tinha que me vestir pois, qualquer atitude contrária seria um indicativo de rebeldia contra a palavra de Deus, e Deus poderia “colocar a mão em mim”!!!. Vemos que essa situação toda gera um sentimento de inferioridade, medo e sofrimento psicológico para as moças. Já ouvi um cooperador de jovens pregando que sua filha era constantemente vigiada por ele para não fazer uso de qualquer “vaidade”, disse com orgulho que chegava a bisbilhotar suas bolsas em busca de qualquer vestígio de batom, maquiagem e bijuterias. Confesso que no dia que ouvi isso dentro da igreja, senti um mal estar muito grande e me questionei como um “cooperador de jovens”, pessoa que deveria ter aptidão e tato para lidar com a mocidade, era capaz de afirmar no púlpito que vasculhava as bolsas de sua filha a procura de qualquer indicio de vaidade”. Foi a partir daí que detectei um sério erro de entendimento do conceito da palavra “vaidade” dentro da CCB.

O mais chocante, é que se prega contra a vaidade apenas no seu conceito relacionado a estética, e mais especificamente às irmãs. Ou seja, a vaidade é combatida de forma contundente para as mulheres, mas não da mesma forma para os homens.

Refletindo sobre esse aspecto, questiono qual o grau de importância para Deus se uma mulher corta as pontas dos cabelos, depila as pernas, usa uma jóia, faz as unhas ou passa gloss nos lábios. Claro que tudo deve ter sua moderação. Não é lícito que as mulheres cristãs se vistam e se apresentem com lascívia. Entretanto, abominar qualquer expressão da beleza na mulher é querer destruir e anular uma parte que nos torna humanas. Agora, analisando mais profundamente a palavra “vaidade”, acredito que quando a bíblia diz que: “Vaidade de vaidades! É tudo vaidade”, esteja se referindo aos anseios e ilusão pelos quais os homens se deixam embriagar nesse mundo, coisas passageiras que não deveriam se tornar o centro das atenções da vida do cristão, tais como: anseios e disputa pelo poder, supervalorização do seu ego, desejo de ser o centro das atenções, orgulho próprio, imodéstia, presunção, arrogância, tudo isso em detrimento do amor cristão. São esses atributos que deveriam ser repudiados. Talvez, essa seja a verdadeira e mais perniciosa vaidade que a bíblia cita. È aquela capaz de nos impedir de olharmos para nosso irmão em grau de igualdade a nós e de amar nosso próximo como a nós mesmo.

Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo?

Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. (Salmos 24;3,4)

Livra-me, e tira-me das mãos dos filhos estranhos, cuja boca fala vaidade, e a sua mão direita é a destra de iniqüidade. (Salmos 144;11)

E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade do seu sentido. (Efésios 4;17)

(Texto enviado por Leitora Mulher do Site - Dados omitidos por pedido da autora do texto)

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