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Mensagem por Lourival soldado cristão 27th outubro 2011, 5:03 pm

Autor : Prof. João Flávio Martinez Publicado em : Quinta, 23/04/2009

Enquanto o cristianismo parecia aos olhos de todos, apenas mais uma seita judaica, não havia nenhuma censura como religio illicita, pois o judaísmo gozava do privilégio de religio licita (religião legal) dado a todas as religiões já existentes no império pela Pax Romana, mas quando foi se solidificando cada vez mais como uma religião autônoma e separada do judaísmo, o Estado então, começou a perseguir os cristãos, pois havia uma lei que interditava novas religiões por temer agitações sociais, provocadas por essas invasões religiosas. Um texto citado por Cícero (De Legibus II, Cool asseverava: “Que ninguém tenha deuses particulares, nem novos, se eles não tiverem sido admitidos pelo Estado” . Isto teve inicio em 64 quando Nero põe fogo em Roma e acusa os cristãos, os quais são perseguidos e mortos. Esse foi apenas um preâmbulo do que aconteceria nos séculos posteriores. Até o ano 250, tais perseguições foram locais e esporádicas para depois se tornarem gerais e constantes. Foram várias as causas que desencadearam essa onda de perseguição que perdurou por mais de 2 séculos, a saber:

1. Políticas: Marcando o início do império e o final da república, formou-se um regime político, caracterizado pelo absolutismo teocrático. O estado estava ligado umbilicalmente à religião, todos os sucessos obtidos eram creditados aos deuses, até mesmo os imperadores deram a si mesmo o título de "Augustus", isto é, divino e seus súditos eram impelidos por lei a prestar culto ao imperador. A estabilidade política dependia da unidade religiosa. Toda e qualquer religião que se insurgisse contra a religião estabelecida pelo estado era tida como anarquista e inimiga de César, e o cristianismo era considerado uma delas. Mas o curioso é que a maioria dos imperadores que foram mais cruéis no trato com os cristãos foram tidos como os melhores administradores do império: Trajano foi excelente administrador e respeitador das instituições civis e do senado; Adriano contribuiu para melhorar o direito romano, e Marco Aurélio, que se destacou pelo grande espírito de justiça.

2. Religiosas: A religião adotada por Roma era sincretista. Todo vez que o império conquistava outros povos, absorvia tanto sua cultura como sua religião. Tinha deuses para todos os tipos e gostos. O povo era obrigado a queimar incenso perante as imagens e prestar-lhes tributo. Contra isso, os cristãos mantinham a convicção de que só existia um único Deus e sua adoração não se dirigia a objeto material algum. Esta postura valeu-lhes muitas vezes a acusação infundada de que eram ateus.

3. Sociais e econômicas: O cristianismo também pregava a igualdade entre todos e por isso ganhou mais facilmente a amizade das camadas mais pobres, especialmente dos escravos. Temendo a influência do cristianismo na sociedade, muitos aristocratas, que não queriam que o modelo social vigente mudasse, começou a empenhar-se na campanha de difamação da religião cristã. Pois viam que até mesmo seus lucros provindo da exploração das crendices populares, estava correndo perigo. Naquela época a sociedade romana era dividida em: Patrícios (membros da aristocracia), Plebeus (O povo composto por trabalhadores em geral) e escravos. Somado a tudo isto, havia também os boatos populares que se levantava contra os cristãos e sua religião. Todos os tipos de calúnias eram impostas contra eles. As acusações iam, desde a adoração de um asno até a difamação de praticarem canibalismo e incesto.

A Primeira Perseguição sob o Governo de Nero (64 d.C)

Nero tolerou a religião cristã durante algum tempo. Mas em seus últimos anos de governo voltou-se contra os cristãos. Suas práticas insanas mostraram o verdadeiro caráter de seu governo. Mandou assassinar sua mãe, irmãos e mulheres.
Em Roma os cristãos foram perseguidos pelo imperador Nero, que os transformou em bodes expiatórios para o grande incêndio que consumiu a cidade. É possível que depois disso, a perseguição se tenha estendido às províncias pelo exemplo, por que os governadores romanos se baseavam no precedente de Nero, que dispensava aos cristãos o tratamento previsto para os criminosos. Nesta época foram martirizados os dois apóstolos: Paulo e Pedro. Nero se transformou na visão de muitos cristãos, um tipo do anticristo.

A Segunda Perseguição sob o Governo de Domiciano ( 96 d.C)

Se a perseguição infligida por Nero foi desumana, Domiciano o superou nesta crueldade. Foi de pouca duração, mas tão violenta que até mesmo o primo deste, Flávio Clemente, foi morto e sua esposa exilada. A perseguição baseava sob a acusação de ateísmo por recusarem a participar do culto ao imperador. Nesta época o apóstolo João foi banido para a ilha de Patmos.

A Terceira Perseguição sob o Governo de Trajano (98-117 d.C)

Trajano, apesar de manter a mesma política de seus antecessores, foi, contudo, mais brando para com os cristãos. Mesmo o cristianismo continuando como religião ilícita, estes não seriam mais procurados ou perseguidos a não ser que houvesse denúncias contra eles, também não deveria levar em conta as denúncias anônimas. Famosa é a correspondência entre Plínio, governador da Bitínia e o imperador Trajano sobre essa questão. Nesta época, Simão irmão de Jesus e Inácio morreram, este último foi jogado vivo às feras.

A Quarta Perseguição sob o Governo de Adriano (117-138)

Continuam as perseguições, mas com a mesma brandura do governo de Trajano. Apesar disso, houve muitos mártires nesta época. Também houve uma perseguição aos judeus por causa da insurreição do líder Bar Koqueba. Aristídes, filósofo cristão, dirige ao imperador sua apologia da religião cristã.

A Quinta Perseguição sob o governo de Antonino, o Pio (138-161)

Neste governo os cristãos tiveram finalmente sossego, apesar de haver casos esporádicos de perseguições. Contudo os cristãos tinham liberdade de anunciar o evangelho. O cristianismo foi levado a várias partes do império. Policarpo, um dos pais da Igreja foi martirizado por este tempo.

A Sexta Perseguição sob o governo de Marco Aurélio. (161-180)

Após gozarem desta aparente paz, novamente as perseguições se fez sentir sob o governo do imperador filósofo, Marco Aurélio. Sob o pretexto de manter a paz do estado estimulou a perseguição à religião cristã. Muitas destas perseguições ficaram famosas como a dos "mártires de Lião e Viena". Muitos filósofos começam a escrever ao imperador defendendo a fé cristã, entre eles justino, Aristídes, Atenágoras, Melitão de Sardes e outros. Neste tempo, morreu Justino, o mártir. No final de seu governo (178) o filósofo platônico, Celso, elabora um tratado erudito contra o cristianismo - "Verdadeiro Logos".

A Sétima Perseguição sob o Governo de Setímio Severo (193-211)

Durante algum tempo favoreceu os cristãos, mas perto do ano 202 sua benevolência chegou ao fim. Os cristãos do norte da África foram os que mais sofreram com a crueldade das perseguições sob seu governo. De nada adiantaram as defesas jurídicas do advogado e apologista cristão Tertuliano. O número de mártires era grande, um exemplo disso foi o martírio de duas cristãs, Perpétua e Felicidade, que foram estraçalhadas pelas feras. Não obstante, o número de conversões era ainda muito maior a ponto de Tertuliano exclamar que o sangue dos cristãos é semente da igreja.

A Oitava Perseguição sob o Governo de Maximino (235-238)

O governo deste tirano durou apenas 3 anos, mas três anos de intensa perseguição. Para rivalizar com seu antecessor no trono imperial, Alexandre, que fora pacífico com a religião cristã, Maximínio levou ao extremo as perseguições. A terra novamente começou a ser regada pelo sangue dos mártires.

A Nona Perseguição sob o Governo de Décio (249-251)

Nesta época o império romano passava por grandes dificuldades e uma delas era a invasão dos bárbaros. Décio consegue reavivar o culto ao imperador e a adoração dos deuses. Omitiu decretos para cada cristão no império sacrificar em público. Como eles não se curvavam diante de seus editos, nova onda de execuções varreu o império. Seu governo propôs liquidar a religião cristã. Nesta época Orígenes morre em decorrência das torturas sofridas.

A Décima Perseguição sob o Governo de Valeriano (253-260)

Este imperador ultrapassou em crueldade seu antecessor. Proibiu os cristãos de cultuar e visitar as catacumbas. A recusa do sacrifício é castigada com mortes, confisco de bens, banimentos e trabalhos forçados. Entre os executados sob seu regime estava o bispo Cipriano.

A Última Perseguição Imperial sob o Governo de Diocleciano (284-305)

Esta foi a última e a mais longa das perseguições que durou 10 anos. Diocleciano auxiliado por seus amigos, mandou destruir todas as igrejas e os escritos sagrados, além disso mandou prender os principais líderes das igrejas e forçou os cristãos a sacrificarem aos deuses. Suas perseguições alcançaram todo o império, os cristãos eram caçados e exterminados exceto na região da Gália onde residia o imperador Constantino.



É fundador do CACP, graduado em história e professor de religiões. * Cada autor é responsável pelo conteúdo do artigo assinado por ele.Aos que se julgam nos dias de hoje puro e santo imaculados e religiosos  de denominação veja isso.........      As perseguições contra a Igreja  e Perseguição Romana e Mártires Cristãos  Joaoflavio
fonte http://www.cacp.org.br/historia/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=2082&menu=13&submenu=5



Perseguição Romana e Mártires Cristãos

por

Robert G. Clouse e outros



As primeiras perseguições aos cristãos partiram de autoridades judias na palestina. O primeiro mártir registrado nas Escrituras foi o diácono Estevão (At 6 — 7), apedrejado por uma multidão, possivelmente em 36 d.C. O próximo foi Tiago — filho de Zebedeu e um dos doze apóstolos — morto por Herodes Agripa I em 44 (At 12). De acordo com Josefo e Eusébio, Tiago, o irmão de Jesus e líder da igreja de Jerusalém foi apedrejado como resultado da instigação do sumo sacerdote em 62, logo depois da morte do governador Festo.

A expulsão dos judeus de Roma ordenada por Cláudio e registrada por Suetônio pode ter sido resultado de um tumulto causado por cristãos judeus que estavam pregando sobre Cristo nas sinagogas. Nero queria fazer dos cristãos os bodes expiatórios do incêndio na capital em 64 d.C. Suetônio declarou laconicamente: “O castigo foi infligido sobre os cristãos, uma classe de homens dados a superstições maldosas”. A descrição vívida feita por Tácito da brutalidade de Nero vem há séculos mexendo com a imaginação:

Consequentemente, para livrar-se da delação, Nero colocou a culpa e infligiu as mais terríveis torturas sobre uma classe odiada por suas abominações, chamada pelo populacho de cristãos. Christus, do qual o nome é originado, sofreu a pena capital durante o reinado de Pôncio Pilatos... Além de sua morte, houve zombarias de todo o tipo. Cobertos por peles de animais, eles foram rasgados por cães e pereceram, ou pregados a cruzes, ou condenados pelo fogo e queimados, para servir de iluminação noturna quando a luz do dia havia expirado. Nero ofereceu seus jardins para o espetáculo. [1]

Uma fonte cristã mais recente (Sulpício Severo) relata: “Naquele tempo, Paulo e Pedro foram condenados a morte, sendo o primeiro decapitado com a espada enquanto Pedro sofreu a crucificação”. Algumas tradições populares, porém, não tem fundamento histórico. Uma delas é de que Pedro estava fugindo de Roma para evitar a perseguição de Nero e encontrou Jesus na Via Ápia. Ele disse: “Aonde vais, Senhor?” (Quo vadis domine?) Jesus respondeu: “Vou a Roma para ser crucificado novamente”. Foi então que o apóstolo voltou à capital para encontrar-se com seu destino. Uma outra lenda afirma que Pedro pediu para ser crucificado de cabeça para baixo.

Eusébio indica que, por volta do ano de 95, Domiciano baniu muitos cristãos de Roma, inclusive sua sobrinha Flávia Domitila. Clemêncio, marido de Domitila e primo do imperador, foi executado por “ateísmo”, que na época significava a conversão ao Judaísmo. Só alguns séculos depois é que surgiu a idéia de que Clemêncio era cristão. Outra evidência indireta de perseguição sob o governo desse imperador foi a expulsão de João de Patmos (Ap 1.9) e alguns comentários em I Clemente.

A carta do governador romano Plínio para Trajano (cerca de 112 d.C.) contém uma referência explícita à perseguição. Ele pediu conselho ao imperador sobre se deveria tomar medidas contra aqueles que eram acusados de serem cristãos, tendo em vista que ele próprio não estava certo se “o simples nome de cristão” era uma ofensa punível. Em todos os casos, ele acreditava que a “teimosia e obstinação inabalável” desse povo deveriam ser punidas. Ele também relatou que havia usado de tortura para interrogar “duas escravas, que eles chamam de diaconisas”, para saber mais sobre as práticas cristãs.

Por algum motivo desconhecido, Inácio, bispo de Antioquia, foi para Roma durante o reinado de Trajano e lá sofreu o martírio. Seu amigo próximo, Policarpo, mais tarde também foi martirizado em Esmirna depois de recusar-se a negar a Cristo com estas memoráveis palavras: “Oitenta e seis anos eu O servi e Ele não me fez mal algum. Como posso, então, blasfemar contra meu Rei que me salvou?”

A base legal para a perseguição dos cristãos ainda é assunto de debate entre os estudiosos. Em várias ocasiões eles foram acusados de “traição”, “crimes”, “atos vergonhosos” e “obstinação”. O preconceito e a falta de compreensão alimentavam vários rumores populares. Os cristãos que se recusavam a tomar parte nas cerimônias e atividades pagãs eram suspeitos de serem desleais e anti-sociais. Por tratarem uns aos outros como “irmãos” e “irmãs” e encontrarem-se em segredo, eram acusados de imoralidade. Referências feitas na Ceia do Senhor sobre comer o corpo e beber do sangue de Cristo davam origem a suspeitas de canibalismo.

Justino Mártir foi morto durante o governo do imperador estóico Marco Aurélio, enquanto o heroísmo dos mártires em Viena e Lião no sudeste da Gália (França) em 177 d.C. é um dos grandes episódios da história do Cristianismo. Eusébio descreve como quarenta e oito cristãos foram mortos nos anfiteatros, incluindo a escrava Blandina que foi chifrada por um touro, diante de multidões pagãs sedentas de sangue. Marco Aurélio desdenhosamente chamou esses mártires de tolos obstinados.

Seu filho Cômodo era um imperador farrista que se divertia com jogos de gladiadores e deixou os cristãos em paz. Porém, uma dúzia deles foi executada pelo governador da Sília no norte da África em 180 d.C. e muitos cristãos foram mortos na província da Ásia. É possível que estes últimos fossem montanistas tendo em vista que esse grupo tinha um zelo especial em procurar o martírio. Em 202, cinco foram mortos em Cartago, sendo as mais conhecidas dentre eles Perpétua — uma mãe que ainda amamentava — e sua escrava Felícitas. O diário de Perpétua, que registrou as visões que Deus enviou para encorajá-la, era especialmente apreciado entre os montanistas, tendo em vista que enfatizavam a importância de revelações diretas pelo Espírito Santo.

Leônidas, pai do conhecido estudioso Orígenes, foi morto em Alexandria em 202. O filho desejava muito juntar-se ao pai, mas sua mãe frustrou a tentativa ao esconder suas roupas. Mais tarde, em 206, oito dos alunos de Orígenes foram mortos. Em 211 um soldado cristão foi executado ao recusar-se a usar uma coroa de louros por estar associada ao paganismo. Tertuliano, que elogiou o exemplo desse mártir militar, desencorajou os cristãos a servirem no exército já que isso poderia levá-los a ter que aceitar práticas pagãs.

A primeira tentativa sistemática de eliminar o Cristianismo por todo o império ocorreu em 250 sob o governo de Décio, um dos efêmeros “Imperadores de Quartel”. Ele exigiu que todos fizessem oferendas em honra a ele próprio e proferissem juramentos pela fortuna dele como demonstração de sua lealdade. As pessoas tinham que obter um libelo, um documento que atestava que haviam feito um sacrifício. Aqueles que se recusassem a participar desse ritual civil e religioso encaravam duras conseqüências. Vários bispos foram executados, inclusive Fabiano de Roma, Alexandre de Jerusalém e Bábilos de Antioquia. Outro foram encarcerados, como Dionísio de Alexandria; Orígenes morreu depois de ser submetido a tortura em 251. Durante essa época, literalmente centenas de pessoas foram martirizadas por causa de sua fé.

Cipriano, bispo de Cartago, descreve em seus escritos os problemas gerados pelas perseguições. Para seu desespero, amedrontada, a maioria dos cristãos abandonava a fé e oferecia sacrifícios para se proteger. O próprio Cipriano se escondeu e justificou esse ato referindo-se ao conselho de Jesus para fugir (Mt 10.23). Alguns cediam ao comprar libelos sem ter na verdade feito os sacrifícios.

Depois do falecimento de Décio, os líderes da Igreja assumiram posições diferentes em relação àqueles que fraquejavam. Novaciano um antipapa de Roma, adotou a postura mais rigorosa e excluiu todos aqueles que haviam negado a fé. Porém, Cipriano e Cornélio, os bispos de Roma concordaram em aceitar de volta à comunhão aqueles que haviam comprado libelos depois da devida demonstração de arrependimento, enquanto aqueles que haviam de fato realizado sacrifícios só seriam readmitidos em seu leito de morte.

Alguns anos mais tarde, Valeriano redigiu uma série de éditos voltados para os líderes da Igreja. Esses éditos exilavam bispos, proibiam todos os encontros de cristãos e legalizavam a demissão de servos cristãos da casa imperial, sendo estes banidos para trabalhar em propriedades imperiais. Um dos resultados foi a execução dos bispos Cipriano e Sisto II de Roma.

A perseguição final ocorreu sob o governo de Diocleciano, o último grande imperador pagão antes de Constantino. Diocleciano e seu assistente Galério ofenderam-se com cristãos que fizeram o sinal da cruz justamente quando sacerdotes pagãos procuravam prever o futuro ao olhar as entranhas de animais sacrificados. Assim, ele lançou quatro éditos, cada um mais severo que o anterior. De acordo com Eusébio, “uma carta imperial foi promulgada por toda a parte, ordenando a destruição das igrejas e a queima das Escrituras”. 2 Aqueles que distribuíam as Escrituras ou outros objetos sagrados eram conhecidos como traditores (traidores). Líderes da Igreja foram presos e pressionados a fazer sacrifícios para o imperador. Somente na cidade de Nicomédia, duzentos e sessenta e oito cristãos foram executados. Um segundo édito ordenava a prisão do alto clero enquanto um terceiro édito lhes oferecia a anistia caso eles fizessem sacrifícios. O quarto ordenava todos os cristãos a fazerem sacrifícios ou enfrentar a pena de morte ou trabalho forçado.

A perseguição cessou quando Diocleciano se aposentou em 305. Galério admitiu que essa política havia fracassado e lançou um édito de tolerância em 311, enquanto sofria de uma terrível doença que certos membros da Igreja da época interpretaram como sendo castigo divino. Dois anos mais tarde, Constantino deu fim a era de perseguição com um decreto: “Nosso propósito é dar tanto aos cristãos como a todos os outros a autoridade de seguir qualquer tipo de adoração que cada um deseje”.


NOTAS:

[1] - Tático, Anais 15.44.



Fonte: Dois Reinos, Robert G. Clouse, Richard V. Pierard, Edwin M. Yamauchi, Editora CEP. Compre clicando aqui.

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