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A Visão de Deus Diante de um Casamento Infeliz

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A Visão de Deus Diante de um Casamento Infeliz Empty A Visão de Deus Diante de um Casamento Infeliz

Mensagem por Lourival soldado cristão 6th agosto 2012, 4:51 pm

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A Visão de Deus Diante de um Casamento Infeliz
David Kornfield
O número de casamentos infelizes está crescendo.
O número de divórcios reflete isso. Nos Estados Unidos, pesquisadores,
como Barna, indicam que a porcentagem de divórcios entre os que se
chamam evangélicos é igual a da população de forma geral. Uma pesquisa
Gallup indicou que 10% dos protestantes e 10% dos católicos são
divorciados e que 26% dos protestantes e 23% dos católicos já foram
divorciados em algum momento. Mais de um milhão de crianças, nos
Estados Unidos, sofrem o divórcio de seus pais a cada ano e mais de 50%
das que nascerão este ano experimentarão o divórcio de seus pais antes
de completarem 18 anos. (Veja o Relatório Executivo ao final deste
artigo.)



Será
que o Brasil seguirá esse rumo? Será que as igrejas evangélicas
andarão nesse caminho? Afirmamos categoricamente que Deus ama os
divorciados, que a igreja deve ser um lugar seguro para eles, oferecer
esperança e um contexto apropriado para restaurar suas vidas. Ao mesmo
tempo, se a igreja reflete a sociedade de forma geral quanto ao número
de seus membros que procuram o divórcio, temos que admitir que o
evangelho perdeu seu poder. A igreja precisa ser um lugar seguro não
apenas para divorciados, mas também para os que acreditam no casamento e
estão dispostos a lutar por um casamento saudável.
Por que o casamento é tão importante para Deus? Por que Ele insiste “que o que Deus uniu, ninguém separe” (Mt 19.6)? Os propósitos de Deus para o casamento incluem:
· Revelar
a imagem e semelhança d’Ele e os Seus propósitos em nos criar, abrindo
um espaço para experimentarmos a comunhão que Ele tem na Trindade (Gn
1.26, 27).
· Resolver a solidão que aflige o homem desde antes da queda (Gn 2.18).
· Dar
a cada pessoa a oportunidade de formar uma nova família, principalmente
para aquele cuja família de origem era disfuncional (Gn 2.24; Mt 19.5,
6; Ef 5.31).
· Celebrar,
no ato sexual, uma intimidade não apenas física, mas emocional e
espiritual. Deus faz questão que esse ato expresse verdadeiro amor,
pureza e aliança (pacto), reservando-o, por essa razão, para o casamento
(Gn 2.24).
· Dar-nos
alguém com quem podemos ser transparentes, autênticos, sem experimentar
vergonha (Gn 2.25). O desejo d’Ele é que possamos amar e ser amados
sem medo, porque o verdadeiro amor expulsa o medo (1 Jo 4.18).
· Revelar
a grandeza do amor de Cristo por nós como sua Noiva, a Igreja (Ef
5.22-32). A história, de Gênesis a Apocalipse, enfatiza o amor de Jesus
por sua Noiva e nós recebemos o privilégio de ser um espelho desse
amor. Sua aliança, Sua fidelidade e Seus propósitos eternos revelam-se
no casamento.
Dessa
forma, não devemos ficar surpresos ao saber que Satanás empenha todos
os seus esforços para acabar com casamentos saudáveis, prejudicando a
muitos, tornando essa união numa relação intensamente infeliz para
muitas pessoas. Se Deus, por Sua vez, não fizesse um compromisso de
aliança conosco no casamento, não teríamos chances de nos aproximar dos
Seus propósitos eternos. Um casamento saudável é realmente glorioso! E
um infeliz, pode tornar-se num inferno, destruindo não apenas o casal,
mas a família, e espalhando essa herança negativa às gerações seguintes.
Débora
e eu trabalhamos com restauração de vidas. Deus nos permitiu fundar o
ministério REVER (Restaurando Vidas, Equipando Restauradores).
Aprendemos que as dores das pessoas são reais e devem ser levadas à
sério para que sejam restauradas. Empatia, chorar com os que choram e
ajudá-los a desabafar, a liberar a dor e a experimentar Jesus levando
essa dor sobre si são partes fundamentais na restauração de pessoas
feridas. Ao mesmo tempo, precisamos entender bem os propósitos de Deus
no sofrimento e não nos enganarmos em pensar que a felicidade das
pessoas é o supremo alvo da vida ou de nosso ministério.
Tenho
conversado com muitas pessoas crentes que experimentam diversos graus
de abuso emocional em seus casamentos. Dizem não agüentar mais.
Querem, de qualquer forma, algum escape, alguma saída. Isso é
preocupante, pois cada um que se divorcia acaba influenciando outros e,
se continuar assim, haverá uma epidemia de divórcio na igreja. Mas algo
é ainda mais inquietante: perdemos a visão de Deus para o casamento e
não acreditamos quando Ele comunica claramente Seu coração quanto a como agir em casamentos infelizes. A Bíblia traduz o coração d’Ele nesse sentido em quatro passagens, com os seguintes temas:
· Mal 2.10, 13-17 – Deus odeia o divórcio e a violência.
· Mt 19.3-12 – Não devemos nos divorciar a não ser no caso de adultério.
· 1 Co 7.1-17 – Bases bíblicas para o divórcio e novo casamento da parte dos crentes.
· 1 Pe 3.1-9 – Como tratar um cônjuge descrente.
Quando
peço que pessoas infelizes leiam esses textos para ouvir a Deus sobre
sua situação, muitas simplesmente desprezam a perspectiva bíblica e
continuam focalizando a sua dor, seu sofrimento, sua infelicidade.
O mundo, a carne e o diabo juntam-se para nos convencer de que nossa felicidade é o que deve nortear nossas vidas.
Esta crença, e os espíritos atrás dela, enganam o mundo e querem
enganar os santos. A teoria do humanismo exalta o ser humano como um
deus, ele é o mais importante. O espírito do individualismo exalta o
indivíduo e sua realização pessoal. O hedonismo exalta o prazer e o
“direito” de orientar a vida pela busca a qualquer preço da felicidade.
Muitas
pessoas que sofrem em seus casamentos estão desnorteadas; focalizam
mais sua dor que Cristo; preocupam-se mais com seu sofrimento do que em
serem fiéis a Ele. Em parte é compreensível, porque quem sofre muito
tende a perder a perspectiva sã e equilibrada. O problema aprofunda-se
quando os pastores destas pessoas se perdem na dor delas também,
apoiando-as na procura de sua felicidade através do divórcio. Essa
procura da felicidade perde totalmente de vista as palavras de Jesus,
quando disse: “Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno
de mim. Quem acha a sua vida a perderá, e quem perde a sua vida por
minha causa a encontrará
” (Mt 10.38, 39).



Precisamos lembrar que o sofrimento é parte natural do chamado cristão.
Somos bem-aventurados quando insultados, perseguidos e caluniados por
causa de Jesus (Mt 5.11). Paulo considerou tudo como lixo, como perda,
como esterco para poder realmente conhecer a Cristo. Ele resume sua
visão, dizendo: “Quero conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos,
tornando-me como ele em sua morte” (Fp 3.10). Deus e a Bíblia lidam
seriamente com o assunto do sofrimento. Um livro inteiro da Bíblia é
dedicado ao sofrimento injusto (Jó), os Salmos expressam com muita
honestidade a dor e sofrimento do salmista; 1 Pedro foi escrito
especificamente para crentes que sofrem nas mais diversas situações (na
sociedade, no emprego e no casamento). Pedro ressalta que Jesus é nosso
exemplo de como enfrentar o sofrimento e que devemos andar em Seus
passos (1 Pe 2.21).
Todos sofremos, crentes e não-crentes, doenças, problemas financeiros, morte de alguém querido, assalto, casamento difícil... Como o cristão responde a esse sofrimento pode ou não refletir a glória de Deus e o exemplo de nosso Senhor e Salvador. Caráter forma-se na fornalha. Paulo considera que “os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada
(Rm 8.18). Conheço poucas pessoas que têm sofrido fisicamente tanto
quanto minha filha, Karis, que, com uma doença crônica, passou grande
parte de sua vida com dor, internada em hospitais e diversas vezes
desenganada pelos médicos. Mas a glória de Deus que vejo nela me
emociona. Quem sofre no casamento tem um convite para esse caminho de
glória. Há também a opção de fugir desse caminho estreito, trocando a
glória de Deus por sua própria felicidade.
Lembremos:
felicidade e alegria não são sinônimos. Felicidade é circunstancial,
afetada por muitas coisas, como desemprego, dor, conflitos e
adversidade. Alegria é um fruto contínuo do Espírito (Gl 5.22, 23) e
uma expressão fundamental do reino de Deus (Rm 14.7). Saber a
diferença e viver nessa alegria não é algo automático; é um
aprendizado. Paulo aprendeu a adaptar-se e contentar-se em “toda e qualquer circunstância” através da graça de Deus que o fortalecia (Fp 4.11-13). Deus quer que tenhamos uma alegria que não dependa do nosso cônjuge.
Este não tem o poder de dominar nossos sentimentos. Nós mesmos é que
escolhemos e somos responsáveis por nossas escolhas. Quando deixamos o
nosso cônjuge ter um poder indevido sobre nós, permitimos um tipo de
idolatria em nossas vidas que gera uma série de seqüelas, não só para
nós, mas também para nossos filhos.
Isso
significa que Deus não se importa com nosso sofrimento, que Ele não dá
ouvidos ao nosso clamor? De maneira alguma! As Escrituras nos falam
constantemente do amor, da misericórdia e da compaixão de Deus. É
exatamente por causa do Seu imenso amor que Ele não permite que adotemos
práticas que irão nos prejudicar ainda mais. A pergunta mais
pertinente é se nós confiamos o suficiente n’Ele para acreditar
que os Seus mandamentos existem para nosso maior bem-estar, e que o
caminho da obediência é o caminho de bênção para nós e para nossos
filhos.
Vejamos,
rapidamente, o intuito das passagens que falam da visão divina sobre
como agirmos em casamentos infelizes. Iniciemos por 1 Coríntios 7, que
fala especificamente a pessoas crentes casadas com descrentes. Aqui,
Deus chama o cônjuge cristão a olhar para o casamento à luz da
eternidade. O alvo não é ser realizado, alegre ou sentir-se bem. O alvo é a salvação do cônjuge e a santificação dos filhos.
Se o cristão procura o divórcio quando o cônjuge não quer isso, o
não-crente terá bastante razão para sentir-se ferido, magoado e
amargurado não apenas com o cônjuge, mas também com o Deus dele (e com a
igreja que apóia o divórcio, se for o caso).
Quanto
aos filhos, alguém pode até achar que eles viverão muito melhor longe
do cônjuge não-crente. Com certeza, se houver violência no lar, uma
separação temporária seria indicada. Mas os efeitos negativos do
divórcio nos filhos são bem documentados. Também existe um impacto
sério no mundo espiritual. Quando Paulo fala que o cristão deve ficar
casado para que os filhos sejam santificados (1 Co 7.14), eu entendo que
quando um cristão honra a aliança de casamento, obedece a Deus e se
comporta com fidelidade e amor num contexto difícil, os filhos ganham
uma herança espiritual abençoada que de outra forma não poderiam
adquirir. Se houver a quebra da aliança, o afastamento dos planos de
Deus, a procura de sua própria felicidade acima de qualquer coisa,
também será transmitida uma herança no mundo espiritual para as
crianças, porém, amaldiçoada.
Meus
pais e sogros tiveram casamentos bem difíceis. Sofreram muito. Mas a
herança que eu tenho e a visão que tenho do casamento, de que ele
permanece “até que a morte os separe”, fortalece-me tremendamente nos
momentos que eu também lido com dificuldades. Passar esse legado para
meus filhos é muito maior do que qualquer dinheiro ou posses que
poderíamos deixar. Não apenas meus filhos, mas a igreja inteira e o
mundo, com todo seu desespero, ganham confiança e esperança de que um
casamento saudável é possível. Essa herança alcançará pessoas e
gerações muito além da minha família.
1 Coríntios 7 mostra-nos que existe um padrão de comportamento mais elevado para o crente do que para o não-crente.
O não-crente não conhece Jesus, não tem o poder do Espírito Santo, não
sente obrigação alguma de evitar o que Deus odeia e não sente nenhuma
necessidade de obedecer à Palavra de Deus. Ele pode divorciar-se.
Paulo diz, porém, que o crente não pode (falaremos de uma exceção que
vejo quanto a isso). O crente não pensa primeiro em si mesmo. O
propósito de Deus ao criar o homem não é a sua auto-realização e sim que
ele O glorifique e desfrute do Pai pela eternidade. O cristão pensa
primeiro na glória de Deus e, em segundo lugar, conforme esta passagem,
nas conseqüências eternas para seu cônjuge e filhos.
Por incrível que pareça, nas passagens indicadas neste artigo, Jesus, Paulo e Pedro não comentam a felicidade da pessoa num casamento difícil.
Também não mencionam o amor ou a falta do mesmo. Ao falar de razões
justificáveis para o divórcio, estes textos tratam de comportamentos
objetivos e visíveis: o adultério (Mt 19) e o abandono (1 Co 7). Ainda
que, em outro contexto, Jesus fale do adultério que acontece no coração
(Mt 5.27-30), em Mateus 19 e 1 Coríntios 7, Jesus e Paulo não estão
falando de adultério ou de abandono emocional. Falam de comportamentos objetivos e visíveis que um tribunal de justiça reconheceria.
Jesus,
Paulo e Pedro não fazem alusão de como uma pessoa não-crente trata seu
cônjuge. Não se referem ao abuso físico ou emocional. O profeta
Malaquias sim, indica que Deus odeia o divórcio e a violência
(2.16). Uma pessoa casada com um cônjuge violento deve tomar as medidas
necessárias para se proteger, colocando limites saudáveis e
afastando-se dele quando agir de forma violenta. Tanto o livro Limites, de Cloud e Townsend (Editora Vida), como O Amor Tem Que Ser Firme, de James Dobson (Mundo Cristão), dão boas dicas nesse sentido.
Se alguém não consegue se proteger da violência de seu cônjuge, crente ou não-crente, talvez precise separar-se.
Infelizmente, pessoas crentes também podem ser abusivas. Quase sem
exceção, abusadores foram vítimas de abuso no passado, provavelmente na
infância. A igreja e o cônjuge abusado precisam reconhecer isso e
procurar uma forma de tratamento para seus problemas. Ao mesmo tempo,
se o abusador for resistente a tratar-se, a prioridade é dar apoio para
que o cônjuge e os filhos não continuem a sofrer atos de violência. A
igreja nunca pode estipular que se submeter a qualquer forma de
violência seja parte do que significa ser “submisso” dentro de um
casamento. Se o abusador for membro da igreja, é preciso confrontá-lo e
corrigi-lo, seguindo os passos de Mateus 18.15-17 que pode, na pior das
hipóteses, chegar à disciplina máxima da igreja. Ela deve ser um lugar
seguro, onde pessoas abusadas podem falar a verdade sobre suas vidas e
seus relacionamentos e receber a proteção e o apoio necessários.
Existem
casos onde uma separação temporária ou até prolongada é indicada. Mas
já que Paulo deixa claro que não deve haver separação, eu entendo que a
mesma precisa ser feita sob a perspectiva de reconciliação. O alvo da
separação temporária é a restauração do casamento. O motivo da
separação é a proteção emocional e física da pessoa abusada, visto que,
na separação temporária, haverá maiores chances de cura e crescimento da
parte de ambos os cônjuges, para que o casamento possa ser restaurado.



Quando
um casamento é tão penoso a ponto de um cônjuge agir como se fosse
inimigo (sendo ele crente ou não), precisamos voltar às palavras de
Jesus sobre como tratar nossos inimigos (Mt 5.43-48; Lc 6.27-36). Seja debaixo do mesmo teto ou separados, Ele nos ensina pelo menos quatro atitudes em relação a esse cônjuge “inimigo”:
1. Amá-lo.
Este amor não é um sentimento romântico, mas uma atitude de desejar o
melhor para o outro, agindo segundo esse desejo. Muitas pessoas em
casamentos delicados queixam-se de que perderam seu amor pelo cônjuge. O
amor ágape indicado aqui vem de Deus; não é natural a nós. Esse
amor se perde apenas se perdermos o vínculo com Deus. Se perdermos
esse amor, nosso problema é maior e diferente do que a falta de um
sentimento especial pelo nosso cônjuge.
2. Orar pela pessoa que nos maltrata, intercedendo por seu arrependimento, para que ela caia em si, encontre a Jesus e O veja em nós.
3. Fazer o bem
para quem nos odeia. Uma expressão desse “bem” pode ser insistir para
que o cônjuge procure aconselhamento ou passe por algum tratamento de
restauração como uma condição de continuarem juntos, ou de voltarem a
morar juntos, se já estiverem separados.
4. Abençoar
quem nos amaldiçoa. Precisamos lembrar que pessoas abusadas
naturalmente abusam também. Pessoas feridas naturalmente machucam
outras. José do Egito, abusado por seus irmãos, em sua dor, não
percebeu que ele também os machucou profundamente. Precisamos abençoar
nosso cônjuge, pois, do contrário, faremos mal para ele (veja 1 Pe 3.9).
Eu
não tenho dúvida de que essas atitudes são impossíveis para qualquer
ser humano que dependa apenas de si mesmo. Precisamos rogar que o
Espírito Santo nos encha para amar como apenas Ele pode. Ora, se até as
dicas que Paulo dá para casamentos bons e saudáveis, em Efésios
(5.21-31), são baseadas na condição de sermos cheios do Espírito (Ef
5.18), quanto mais num casamento disfuncional ou abusador!
Paulo fala de submissão da esposa ao marido (Ef 5.22-24). Não é uma submissão cega.
Existem dois níveis de autoridade acima da autoridade humana em nossas
vidas: as Sagradas Escrituras e a nossa consciência. Se, por exemplo, o
marido quer forçar sua mulher a fazer algo que ela entende ser
contrário ao ensino bíblico ou contra sua consciência, ela deve
desobedecê-lo, ao mesmo tempo que demonstra respeito e até aceita
possíveis punições. (Veja o exemplo de Pedro e João que,
respeitosamente, desobedeceram os líderes religiosos, em Atos 5.27-42,
aceitando as conseqüências. Essa atitude se tornou famosa através da
“desobediência civil”, da parte de grandes líderes, como Gandhi e Martin
Luther King.)
Ser
maltratado não é algo que necessariamente vai contra nossa
consciência. Pedro dá instruções claras e profundas a escravos cristãos
para se submeterem não apenas aos bons e amáveis chefes, mas também aos
maus. Ele elogia o suportar aflições injustas por causa do nome de
Cristo ou por fazer o bem. Chama-os a andar nos passos de Jesus que
“quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças” (1 Pe
2.18-23a). Após descrever todo o contexto do escravo e de como Jesus
agüentou ser maltratado, Pedro inicia tanto as instruções para a esposa,
como para o marido no capítulo seguinte, com as palavras “Do mesmo modo
(1 Pe 3.1, 7). Ele orienta como agir quando somos maltratados pelo
governo (1 Pe 2.13-17) ou no trabalho (1 Pe 2.18-21); essas orientações
se aplicam aos maus-tratos ou abuso no casamento. Ao mesmo tempo, como
já mencionado, isso tem seus limites. Se a saúde física, a vida da
pessoa ou a saúde emocional estiverem ameaçadas, uma separação
temporária seria indicada.
Retomando
o ensino bíblico para casamentos em crise, Jesus enfatiza que o que
Deus uniu, ninguém deve separar (Mt 19.6). A aliança do casamento se dá
entre três pessoas: Deus, um homem e uma mulher. Em primeiro
lugar, divórcio vai contra a natureza de Deus, contra o caráter d’Ele,
contra demonstrar que somos parte de um povo fiel que cumpre Sua palavra
e mantém Sua aliança. Não deve nos surpreender que Deus odeie o
divórcio.
Quando o crente toma a iniciativa para se divorciar, age como um não-crente,
não acredita que Deus sabe melhor do que ele, não se submete a obedecer
Sua Palavra, escolhe fazer o que Deus odeia e, provavelmente, afasta
seu cônjuge ainda mais da presença do Deus Eterno. Paulo ensina que,
sendo paciente e perseverando no casamento, poderemos ver uma de duas
coisas: o cônjuge arrepender-se ou arrebentar-se. No primeiro caso,
salvamos nosso cônjuge e o casamento e resgatamos algo imensuravelmente
precioso para nossos filhos. No segundo caso, se o não-crente optar por
sair do casamento ou adulterar, ele nos libera dessa aliança, dando-nos
até a opção de casar novamente (1 Co 7 e Mt 19).
O que fazer se o cônjuge não-crente ou abusador nunca se arrepende e muda, mas permanece dentro do casamento? Isso
talvez seja o maior medo dos cristãos que sofrem em casamentos
infelizes. Ainda se for necessário se separarem por motivos de abuso,
eles devem continuar com as atitudes indicadas sobre nossos “inimigos”.
Alguém que está num estado prolongado de separação pode perguntar
“nunca poderei me casar de novo e ser feliz?” Eu entendo que Jesus
menciona esse assunto de forma indireta, em seu ensino em Mateus 19.
Quando os discípulos acham que a visão de Jesus para o casamento é pura
utopia, ele responde: “Nem todos têm condições de aceitar esta
palavra; somente aqueles a quem isso é dado. Alguns são eunucos porque
nasceram assim; outros foram feitos assim pelos homens; outros ainda se
fizeram eunucos por causa do Reino dos céus. Quem puder aceitar isso,
aceite
.” (vv. 11, 12).
Eu
enxergo que alguns se fazem eunucos (celibato) por causa do Reino,
optando por não entrar na felicidade de um novo casamento porque seus
olhos estão fixos em Jesus e Seus propósitos eternos. Aguardando a
salvação do cônjuge, entregam suas vidas para Jesus (incluindo suas
vidas sexuais), agindo, assim, como verdadeiros discípulos ou filhos de
Deus. Isso implica evitar intimidade e qualquer situação que possa
levá-los a se envolver emocional ou fisicamente com o sexo oposto. Se,
por motivos da violência do cônjuge, um cristão precisa ficar separado
fisicamente dele, deve assumir a atitude que Paulo relata no final de 1
Coríntios 7, sobre dedicar-se a Jesus com toda sua energia e tempo, como
se fosse solteiro. Ao mesmo tempo, ele precisa ter o cuidado de não
deixar o ministério ser um motivo para se afastar das quatro atitudes já
indicadas, sobre como se relacionar com seus inimigos.
Seria
um pecado a igreja ou um líder pastoral apenas apontar tudo isso e
dizer que vai orar pela pessoa que sofre num casamento complicado. Fé
sem obras é morta (veja Tg 2.14-17). A igreja precisa oferecer diversas formas de ajuda para essa pessoa. As três principais são:
1. Grupos familiares,
um contexto onde a pessoa abusada pode experimentar um lugar seguro, um
ambiente familiar saudável e aprender, se não sabe ainda, como
relacionar-se de forma sadia.
2. Grupos de apoio
compostos especificamente de pessoas com problemas que não conseguem
resolver. Aqui ela encontra companheiros de jugo, um lugar onde pode
ser realmente honesta, transparente e autêntica em seus altos e baixos, e
um contexto no qual tratar seus próprios problemas emocionais. (Veja
meus livros Aprofundando a Cura Interior através de Grupos de Apoio, Volumes 1 e 2, Editora Sepal. Veja também o livro de Débora, Vítima, Sobrevivente, Vencedor. Perspectivas sobre Abuso Sexual, Editora Sepal, que orienta como montar um grupo de apoio para vítimas de abuso.)
3. Casais apoiadores. Estudos feitos nos Estados Unidos (que são citados no site,
indicado no relatório ao final deste artigo) demonstram que a
porcentagem de divórcios caiu de forma marcante e visível não apenas em
uma igreja, mas em cidades inteiras, onde casais saudáveis e capacitados
adotaram e acompanharam casais com dificuldades.
A igreja precisa acordar, erguer-se e ser eficaz em resgatar casamentos em crise.
Precisamos parar de oferecer apenas “curativos” para pessoas que sofrem
de câncer no seu casamento, e dar apoio, esperança e formas práticas
para que elas passem de vítimas a sobreviventes e vencedoras. Quando um
cristão se divorcia do seu cônjuge, de alguma forma muito profunda,
está comunicando que falhou na relação mais fundamental de sua vida.
Mas ele não falhou sozinho. A igreja precisa reconhecer que também
falhou ao não dar o apoio, o conselho e a ajuda necessários.
Se
a igreja oferecer tudo isso e o crente ainda decidir divorciar-se,
resta ainda um passo difícil do “amor que tem que ser firme”, um passo
que muitas igrejas hoje em dia não têm coragem ou integridade para
tomar.
Quando uma pessoa decide violar
consciente e abertamente o ensino bíblico, os passos de confronto e
disciplina em Mateus 18.15-17 devem ser seguidos. Como podemos dizer
que levamos o casamento a sério se passamos a mão na cabeça de pessoas
que optam em, explicitamente, desobedecer o ensino bíblico nesta área?
Em nome de enxergá-las como vítimas, coitadas, doloridas, feridas e não
sei quantas outras coisas, apoiaremos a desobediência explícita à
Palavra de Deus? Se fizermos isso, abandonamos tanto o amor verdadeiro,
como a autoridade das Escrituras. Desafio a igreja a erguer-se, tanto
no consolo, aconselhamento e apoio verdadeiro, como em defender o ensino
e a prática da visão bíblica do casamento.
Resumindo,
Deus tem uma visão gloriosa da aliança do casamento que demonstra Seu
caráter e propósitos divinos. O cristão casado com uma pessoa difícil
ou abusadora precisa manter essa visão. Seu alvo deve ser glorificar a
Deus e amar seu cônjuge com a esperança de ver a sua salvação e a
salvação de seus filhos. A igreja deve apoiar de forma palpável na
procura de restauração de seu casamento, incluindo ensino bíblico e
disciplina, se for necessário. Se alguém precisa separar-se para
proteger-se da violência, isso deve ser um passo temporário com vistas à
restauração do casamento. Dentro ou fora da mesma casa, devemos amar
nosso cônjuge, orar por ele, fazer o bem a ele e abençoá-lo. Nosso
supremo alvo não é a nossa realização ou felicidade, mas glorificar a
Deus e desfrutar d’Ele para sempre.
Perguntas de reflexão
1. Como
você pode realmente cuidar bem de si mesmo para ter os recursos
espirituais e emocionais que precisa a fim de continuar com este cônjuge
da forma que glorifica a Deus?
2. Você tem o apoio de que precisa? Como poderia ter mais apoio?
3. O que Deus está falando ao seu coração através deste artigo? O que você pretende fazer baseado nisso?



*******
Os Efeitos do Divórcio sobre América(The Effects of Divorce on America), porPatrick F. Fagan and Robert Rector, encontrado na internet em <http://www.lovegevity.com/marriage/whatsnew/hfedone1.html>
Lourival soldado cristão
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