O apóstolo que perseguiu o Caminho até a morte e encontrou o Caminho da vida

por **┼EKhristos** 24th novembro 2012, 4:53 pm

“ Eu sou judeu, nasci em Tarso da Cilícia, mas criei-me nesta cidade, e instruí-me aos pés de Gamaliel conforme o rigor da Lei de nossos pais, sendo zeloso para com Deus, assim como todos vós o sois no dia de hoje; e persegui este Caminho até a morte, acorrentando e entregando à prisão, não só homens mas também mulheres, como são testemunhas o sumo sacerdote e todo o conselho dos anciãos, dos quais recebi cartas para os irmãos e segui para Damasco com o fim de trazer algemados a Jerusalém os que também ali se achassem, para que fossem punidos. Quando eu ia no caminho e me aproximava de Damasco, pelo meio-dia brilhou do céu repentinamente em volta de mim uma grande luz, e caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Eu perguntei: Quem és tu, Senhor? Respondeu-me ele: Eu sou Jesus o Nazareno, a quem tu persegues.Os que estavam comigo, viram, na verdade, a luz, mas não ouviram as palavras de quem falava comigo. Eu perguntei: Que farei, Senhor? O Senhor respondeu-me: Levanta-te e vai a Damasco, e ali se te dirá tudo o que te é ordenado fazer. Como eu não pudesse ver por causa da intensidade daquela luz, guiado pela mão daqueles que me acompanhavam, cheguei a Damasco. “ Atos 22:3 a 11

Enquanto Paulo não pertenceu ao corpo, ele o machucava. Homem íntegro, não abandonava a tradição, nem o rigor da lei dos pais, achava ser zeloso das coisas de Deus, buscava a sua justiça (não que fosse a justiça de Deus), achava ser, não era, continuando a machucar o corpo. Recebeu cartas, a responsabilidade de machucar ainda mais, punir os desgraçados segundo seu pensamento, sua concepção de vida era agradar a Deus, ele pensava estar a favor da justiça, agia do lado contrário a ela.

Confiava demais na carne, quanto a lei afirmava ser fariseu, zeloso nos seus atos perseguiu a igreja, era irrepreensível no quesito justiça que vem da lei, um dia porém as coisas na sua vida, foram iluminadas de tal forma, que ele mesmo declarou em outra carta: ”...o que era para mim lucro, isto mesmo tenho como perda por amor de Cristo. Sim, na verdade, e tudo tenho como perda pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus meu Senhor, pelo qual perdi todas as coisas, e considero-as como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo como minha justiça a que vem da Lei, mas aquela que vem pela fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé, para o conhecer e o poder da sua ressurreição e a participação dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte, para ver se de algum modo posso atingir à ressurreição dentre os mortos. “ Filipenses 3:7 a 11

Esqueceu das coisas passadas, avançou para as que estão adiante, prosseguiu em direção ao alvo, com objetivo de alcançar o prêmio das mãos de Jesus Cristo. Todas essas ideias foram repassadas na defesa de Paulo, quando os israelitas quiseram matá-lo, dizendo que ele pregava contra a ele lei de moisés, profanava o templo. Jerusalém estava amotinada por causa da conversão de Paulo, feriram o seu corpo, as primeiras marcas de Cristo, já afloravam em sua pele. Mas para chegar até esse motim, a revolta de um povo contra as coisas celestiais, uma luz apareceu a Paulo no caminho de Damasco, por volta do meio-dia o caminho dele foi transformado, a iluminação do conhecimento de Deus, brilhou em seu coração ( 2 Cor. 4:6 a 7).

No momento em que estava se defendendo, Paulo foi confundido com um egípcio, líder de um grupo de quatro mil extremistas assassinos. Paulo cuidadosamente, com toda sabedoria, respondeu que não era quem pensavam ser, era um judeu, instruído aos pés de Gamaliel, partidário entusiasta da causa de Deus, o principal observador da lei real, até o dia em que a luz dissipou as trevas, não claro, não falamos da lei divina, referimos aos perseguidores do caminho, cujo aquele que seria apóstolo, também perseguia pela cegueira.

E ele ficou cego...

Uma grande luz fez-lhe cair do colo da mentira, uma voz perguntou o motivo de tanta perseguição, qual a razão para tanto furor, tantas guerras, mortes sem motivos. Ele então indagou: “ Quem és tu, Senhor? ” Ouviu como resposta: “ Eu sou Jesus o Nazareno, a quem tu persegues. “

Os acompanhantes viram a luz, não a voz, talvez porque a fé não seja de todos.

Paulo estava cego para as antigas palavras, enxergou a iluminação da nova doutrina, os acompanhantes o levaram até a casa de Ananias, pasmos, totalmente pasmos com os acontecimentos, o que seria agora da vida de Paulo. Essa experiência grandiosa, moldaria o novato apóstolo, os conselhos para as igrejas, seriam jamais passar da graça de Cristo para um evangelho diferente. Paulo nunca mais agradou os homens, como diria ele: “... se ainda buscasse agradar aos homens, não seria servo de Cristo. “ Gálatas 1:10

Não pregou o evangelho segundo os homens, não como outrora fez com a lei divina, procurando sustentar os desvios dos homens da real coerência, sabedor de que aquele que ama o próximo, estava cumprindo a lei divina em toda sua verdade.

Ele escreveu aos Romanos: “A ninguém devais coisa alguma, senão o amor recíproco; porque aquele que ama ao seu próximo, tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e se algum outro mandamento há, nestas palavras se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. O amor não faz mal algum ao próximo; o amor é, pois, o cumprimento da lei. “ Romanos 13:8 a 10

Seu espírito exaltou o ensino divino, pois ele mesmo não aprendeu o evangelho através do homem, mas mediante a revelação de Jesus Cristo. Aos Gálatas escreveu que perseguiu excessivamente a igreja de Deus e a assolou, no judaísmo melhor que ele, impossível, nunca existiu alguém comparável, o extremismo zeloso das tradições dos pais dominava o seu interior.

A diferença é que Deus escolheu a Paulo, parece-nos que a sua mãe, igual a Maria, guardou todas as coisas no coração, tendo em mente, que no tempo devido, uma transformação ocorreria na vida de seu filho. Quando Deus entregou nas mãos de Paulo, a pregação do evangelho aos gentios, ele não foi atrás de confirmações, não foi falar com os apóstolos, somente depois de três anos, é que visitou a Pedro, em qualquer igreja que passava, era reconhecido como o antigo perseguidor, agora ele cuidava do corpo de Cristo, apascentava as ovelhas, era aquele cujos irmãos falavam dando glória:

“ Aquele que dantes nos perseguia, agora prega a fé que outrora combatia; e glorificavam a Deus a respeito de mim. “ Gálatas 1:23 e 24

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