No Programa do Ratinho, pastor Cláudio Duarte afirma que sexo é tabu até fora do meio evangélico: “As pessoas dizem que o que eu digo não deveria ser dito”; Assista

por **Lourival soldado cristão** 26th abril 2014, 1:09 pm

O pastor Cláudio Duarte esteve ontem, 24 de abril, no Programa do Ratinho, participando do quadro “Dois Dedos de Prosa”, e o assunto dominante foi sexo, matéria à qual Duarte dedica parte expressiva de seu ministério de aconselhamento para casais.

No começo, o apresentador Carlos Massa confessou a Duarte que o programa anterior com o pastor teve grande audiência, e por isso a produção o convidou novamente. “Sexo dá audiência”, disse.

Cláudio Duarte foi questionado se o sexo era visto como pecado no meio evangélico, e respondeu dizendo que sim: “O sexo já foi visto no sistema evangélico como pecado. Hoje a gente entende que existem alguns parâmetros, valores bíblicos morais, e um deles é que há necessidade do casamento para consumação do sexo. Somente isso”.

Ratinho perguntou ao pastor se alguma vez, durante suas palestras, algum líder religioso o interrompeu pedindo para encerrar a apresentação. “Parar não. As pessoas não dizem que eu falo mentira. Dizem que o que eu digo não deveria ser dito. Os mais conservadores têm dificuldade com isso”, afirmou.

Para Cláudio Duarte, “sexo ainda é tabu, até mesmo fora do segmento religioso”. O pastor argumentou dizendo que “muitos pais ainda têm dificuldade de conversar com os filhos”, sobre sexo, o que contribui para a manutenção do assunto como algo de difícil abordagem.

Duarte lembrou que, na doutrina evangélica, o sexo é acessível para os casados, e portanto, para ter acesso a ele, é importante se estabelecer financeiramente: “Eu costumo dizer que antes de conseguir uma mulher, você tem que arrumar dinheiro”, afirmou o pastor, fazendo referência às despesas que um relacionamento traz, seja namoro, noivado ou casamento.

Assista à entrevista do pastor Cláudio Duarte:

Por Tiago Chagas, para o Gospel+

por Peregrina 27th abril 2014, 1:25 pm

Citação: “As pessoas não dizem que eu falo mentira. Dizem que o que eu digo não deveria ser dito. Os mais conservadores têm dificuldade com isso”.

E ele não está errado. Qualquer religioso sem conhecimento bíblico e aberto ao Espírito Santo vai dizer que ele não precisava dizer nada do que diz - em tese, a gente que é solteiro, quando se casa, automaticamente aprende tudo sobre como ter um bom relacionamento sexual e viver bem a dois, e não é bem assim. Não nesta era em que valores e princípios é coisa de gente "trouxa".

O medo de "corromper" as regras eclesiais e deixar que o jovem pense com ênfase (porque pensar a gente pensa mesmo, não sejam tolos em achar que não ) na relação sexual termina por trazer ao ajuntamento solene dos santos aquele freio de burro em pessoas que não leem a bíblia nem tem fé suficiente pra se virar sozinho na sociedade imediatista e despreparada na qual estamos inseridos. A Igreja, hoje, não dá base pra nada. Difícil encontrar uma denominação (pequenas divisões da Igreja de Cristo) que não trate relacionamento amoroso e sexo como tabu ou como algo sagrado ou pior ainda, algo a ser controlado de perto – como se o jovem ou casais fossem um bando de pessoas de capacidade intelectual limitada.

Digo e repito: ensinar, com amor, é difícil. É muito mais fácil criar regras. Descumpriu a regra, vai pra disciplina. Isso lembra aos irmãos algo, como no Antigo Testamento? “Aquele que pecar, este morrerá”. Invalida o sacrifício de Jesus porque continua insistindo em que devemos fazer ou ser algo para ganharmos a recompensa. Detalhe: a mudança deve surgir por amor, e não obrigação.

Nossa natureza sexual - como C.S. Lewis, há mais de 40 anos atrás escreveu, em seu livro "Mero Cristianismo" - foi corrompida após a queda, como uma consequência desta, e não uma causa da mesma. O que Lucifer quis implantar na cabeça de Adão e Eva, e foi bem-sucedido, é que eles

“poderiam "ser como deuses" — poderiam bastar-se a si mesmos como se fossem seus próprios criadores; poderiam ser senhores de si mesmos e inventar um tipo de felicidade fora e à parte de Deus. Dessa tentativa, que não pode dar certo, vem quase tudo o que chamamos de história humana: o dinheiro, a miséria, a ambição, a guerra, a prostituição, as classes, os impérios, a escravidão - a longa e terrível história da tentativa do homem de descobrir a felicidade em outra coisa que não Deus.”

Talvez alguns que trabalham acompanhando jovens e casais se sobressaiam por isso. É muita covardia com aparência de santidade... É muito fácil falar depois que já se está casado ou viver uma vida de aparência dentro de um casamento, que é o principal foco do irmão Claudio Duarte.

O que não conseguimos acompanhar é que vivemos em uma época de tecnologia avançada onde toda e qualquer informação chega a nós de qualquer forma, em artigos ou notícias que não dizem nada, e a partir daí, costumamos construir nossa opinião sem pensar nas consequências que um julgamento precipitado traz – e olha que alguns de nós já tem tempo suficiente no mundo para saber disso.

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