“O futuro será determinado pelo Deus do céu e não pelas nações da terra

“O futuro será determinado pelo Deus do céu e não pelas nações da terra “ (Homer Hailey)


“Os primeiros seis capítulos de Daniel contêm histórias de fé contadas de um modo que impressiona até mesmo crianças pequenas, mas têm aplicações práticas que inspiram os cristãos amadurecidos. Os últimos seis capítulos, contudo, desafiam até mesmo o estudante avançado da Bíblia por causa do estilo apocalíptico no qual é escrito. Daniel tem estado sob ataque talvez mais do que qualquer outro livro de profecia." Robert Harkrider

Breve resumo sobre Daniel:

O nome “Daniel” significa “Deus é meu juiz”.

Daniel era um homem de fé profunda, persistente e obediente. Serviu como estadista, conselheiro e profeta de Deus aos reis da Babilônia e mais tarde aos reis dos medos e dos persas. Daniel era um contemporâneo tanto de Jeremias como de Ezequiel, ainda que nenhuma referência indique que estes homens tenham passado tempo juntos ou conferenciado um com o outro. Jeremias tinha provavelmente vinte anos a mais do que Ezequiel e Daniel, que tinham aproximadamente a mesma idade. Os três profetas fizeram sua obra em lugares diferentes. O profeta viveu na capital da Babilônia (605-534 a.C.), Jeremias permaneceu em Jerusalém (626-586 a.C.), Ezequiel estava na Babilônia com os exilados judeus (592-570 a.C.). Nada se sabe sobre a vida pessoal além do que é revelado no livro. Daniel estava entre os primeiro cativos de Jerusalém para Babilônia em 605 a.C., ficando lá por um período de setenta anos conforme profecia de Jeremias.

Segue agora um comentário natural sem uso de ferramentas de interpretação, relativo ao capítulo 7 do profeta Daniel.

No final vou deixar duas fontes de consultas sobre o livro de Daniel.

Diferente do que vemos nos púlpitos da CCB ou dissidências, os capítulos de 7 a 12 de Daniel dificilmente são exortados, assim como outros capítulos dos profetas maiores e pequenos, cabe aqui ressaltar, que não estou produzindo uma crítica, apenas alertando para o fato. 

Não sou teólogo, intelectual, nem possuo qualidades, a não ser a vontade de compreender as coisas do Senhor, para que como Paulo afirmou, possa alcançar a suprema grandeza do conhecimento de Jesus Cristo (Filipenses 3:, pelo qual ele abandonou todas as outras coisas. Se pudesse de fato escolher, se fosse me concedido um pedido, pediria ao Senhor explicações sobre as várias profecias realizadas, cujos homens elaboram seus estudos, para poder “simplificar” o entendimento dos leitores.

Homens fantásticos produziram vastos comentários, apresentando interpretações para os textos bíblicos, neles Paulo falou a Timóteo, desde a meninice está a chave para o homem se tornar um adulto com discernimento. O jovem cooperador desde pequeno estudava as Escritura (2 Timóteo 3:16), viu nas palavras dos profetas, a fabulosa inspiração divina concedida pelo único Deus, sendo o único meio para alcançarmos a sabedoria quanto a salvação.

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. “ 2 Timóteo 3:17

A Escritura é nosso consolo (Não somente o Velho Testamento, mais também o Novo Testamento:

“Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança.” Romanos 15:4

E se tudo o que foi escrito serve de consolo, eu posso entender o que Daniel quis dizer no capítulo 7, desde que tudo seja coerente, e principalmente unido com a verdade. No primeiro ano de Belsazar, último rei da Babilônia, Daniel escreveu o resumo do seu sonho (Daniel 7:1), não o conteúdo integral de tudo o que lhe foi apresentado. Ele apresenta o seu resumo, a visão em que viu quatro ventos do céu agitando o grande mar, com quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, que subiram do mar. 

O primeiro parecia um leão (Daniel 7:4), com asas de águia, que foram arrancadas, uma força o ergue do chão, ficando sobre dois pés como um homem, ele recebeu o coração de um homem.

O segundo tinha aparência de um urso (Daniel 7:5), erguido dos lados, na sua boca, entre os dentes, tinha três costelas, foi-lhe dito para levantar-se e comer quanta carne pudesse.

O terceiro animal, parecia um leopardo, nas costas tinha quatro asas, como asas de aves. O animal tinha quatro cabeças e recebeu autoridade para governar (Daniel 7:6).

O quarto animal, na visão da noite, aterrorizou o profeta, ele era assustador e muito poderoso (Daniel 7:7). Seus dentes eram grandes e de ferro, despedaçava e devorava suas vítimas, pisoteando o que sobrava, sendo diferente dos três primeiros, ele tinha dez chifres.

Como isso pode ser pregado num púlpito? Qual explicação poderia ser concedida a igreja, que tanto busca por causas carnais, quase sempre não indo atrás de conhecimento eficaz. Claro que mais fácil é falar de coisas que os ouvidos desejam ouvir, talvez a profecia de Daniel não cative tanto assim, o que representa os quatro animais não tem importância, será? Tem, é interessante buscar estudos que não visam criar falsas expectativas, mas aqueles que aperfeiçoam o coração, diante de tão belíssimo capítulo da história criada por Deus.

Um pequeno chifre é avistado, que surgiu entre os dez, três dos primeiros foram arrancados para dar lugar a ele. Esse chifre possuía olhos como olhos de homem e uma boca que falava com arrogância (Daniel 7:. Enquanto o profeta olhava, como uma audiência, tronos foram postos no lugar, um ancião assentou, sua veste era branca como a neve, o cabelo branco como a lã, seu trono ardia em fogo, as rodas do trono estavam incandescentes (Daniel 7:9). Se alguém percebeu, estou colocando a visão na ordem bíblica, não estou interpretando coisa alguma, apenas analisando qual é o consolo que possa surgir dessa visão. Diante do trono saia um rio de fogo, milhares e milhares o serviam, milhões e milhões estavam diante dele, o tribunal iniciou o julgamento, os livros foram abertos (Daniel 7:10).

Daniel não estava profetizando para daqui algum tempo, não, as palavras são diferentes, finais dos tempos, certamente aquele que está para ser julgado, podê concluir diante de quem estava, a quantidade a que se refere o profeta é incalculável, aquele que está sendo servido, tem um poder superior a qualquer criatura criada. E nada pode separar o homem do criador, mesmo que as nações se levantem, todas elas, nenhuma criatura pode nos separar do amor de Deus (Romanos 8:39). O profeta continuou observando, em lugar de destaque, ele como representante de Deus, cativo em terra estranha, estava recebendo visões de acontecimento futuros, ele sabia que apesar das grandiosas revelações, seus olhos não veriam o que haveria de ser realizado, confiava no Senhor, de que como tantos outros, o bom depósito no Espírito estava guardado. 

Aquele chifre proferiu palavras arrogantes, Daniel viu, quando o animal foi morto, tendo o seu corpo destruído e atirado ao fogo (Daniel 7:11). Bem se diz que o assopro da boca de Deus, aniquila o esplendor do iníquo (2 Tessalonicenses 2:. Com o quarto animal morto, o ancião retirou a autoridade dos que sobraram, dando eles apenas a permissão de viverem apenas mais um período de tempo. Se os animais representam algum poder, para destruir um povo amado por Deus, o ancião interveio diante das ameaças, quem é aquele que limita o poder das nações.

“Quem definiu limites para o Espírito do Senhor, ou o instruiu como seu conselheiro? A quem o Senhor consultou que pudesse esclarecê-lo, e que lhe ensinasse a julgar com justiça? Quem lhe ensinou o conhecimento ou lhe aponta o caminho da sabedoria? Na verdade as nações são como a gota que sobra do balde; para ele são como o pó que resta na balança; para ele as ilhas não passam de um grão de areia. “ Isaías 40:13-15

Na continuação da visão, alguém como um filho de um homem, é visto vindo sobre as nuvens do céu se aproximando do ancião, tendo a permissão de comparecer diante da sua presença (Daniel 7:13). Que ordem, que triunfo, a mente do homem é limitada para definir ou imaginar o que está acontecendo, talvez seja por isso que Daniel escreveu um resumo apenas. Ao Filho do homem é dado autoridade, glória e reino, todos os povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram.

“Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruído.” (Daniel 7:14)

O ancião é o Deus que nós tememos, o Filho do homem, é aquele que Daniel não viu, mas que os evangelhos descreveram (segundo palavras do Filho): “É-me dado todo o poder no céu e na terra.” (Mateus 28:18)

A parte humana do profeta ficou agitada, a mente perturbada, “uma explicação por favor”, ele pergunta a um dos que ali estavam o significado de tudo, o intérprete então abriu sua boca:

“Os quatro grandes animais são quatro reinos que se levantarão na terra.” (Daniel 7:17)

Estudiosos descrevem os quatros reinos, como quatro poderosos impérios, que em suma colocavam em perigo todo o propósito de Deus. Na Escritura encontramos todos os quatros, que aterrorizaram a nação de Israel, seja em cativeiro ou atrozes perseguições, os escolhidos do Senhor não se perderam, Daniel é um modelo de persistência em meio aos impérios.

Os quatros animais ainda que se levantem, não poderão resistir ao reino inabalável do Cristo.

“Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para sempre; sim, para todo o sempre” (Daniel 7:18)

O profeta mui amado desejou mais conhecimento, sobre o quarto animal diferente dos outros, seus dentes de ferro, garras de bronze, um animal despedaçador e devorador de vítimas que pisoteava tudo o que sobrava (Daniel 7:19). 

“E também quis saber sobre os dez chifres da sua cabeça e sobre o outro chifre que surgiu para ocupar o lugar dos três chifres que caíram, o chifre que era maior do que os demais e que tinha olhos e uma boca que falava com arrogância. “ (Daniel 7:20)

Daniel viu o mais poderoso império guerrear contra os santos, derrotando-os (Daniel 7:21). Quando pensou que havia conquistado a vitória, Deus, o ancião, pronunciou a sentença em favor dos santos do Altíssimos, a hora da posse do reino havia chegado (Daniel 7:22).

Mesmo que não seja um texto tão elaborado, sentimos o efeito da virtude divina.

Seguiu-se a explicação sobre o quarto animal, é um reino que aparecerá na terra, ele devorará a terra inteira, desse reino com dez chifres, sairá dez reis (Daniel 7:23-24), sem delongas, fica inconclusiva qualquer definição sobre quem será os dominadores, sobre os dez reinos e o rei que se levantará diferente dos primeiros reis. Mas mesmo sem qualquer definição, esse rei falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos, tentará mudar os tempos e as leis (Daniel 7:25), pode ser uma descrição dos sofrimentos ocorridos com Israel, depois que o Senhor já havia morrido, ressuscitado e retornado aos céus. 

Aquele que fala a Daniel, descreve um quadro terrível, em que os santos serão entregues nas mãos desse reino, “por um tempo, tempos, e meio tempo” (Daniel 7:25). Novamente o tribunal julgará toda sua ação, o seu poder será tirado, sendo ele totalmente destruído para sempre (Daniel 7:26).

Bom é o crente saber, que todas as ações do maligno, serão julgadas pelo tribunal de Cristo, nenhuma injustiça ficará impune, todos os reinos maus serão abalados, para que o inabalável seja estabelecido. Daniel embora tão distante do momento, em que Jesus haveria de receber toda a autoridade, toma ciência que todos os reinos serão entregues nas mãos dos santos, o povo do Altíssimo (Daniel 7:27). O reino do Filho de Deus será um reino eterno, onde todos os governantes vão adorá-lo e obedecê-lo.

Fim da visão.

“Esse é o fim da visão. Eu, Daniel, fiquei aterrorizado por causa de meus pensamentos, e meu rosto empalideceu, mas guardei essas coisas comigo" (Daniel 7:28)

O digno servo guardou as informações, além disso a fé, mesmo cativo em outros reinos, sabia de de qual reino ele pertencia.

Que Deus abençoe a todos, para melhor entendimento segue outras fontes sobre o livro de Daniel, basta clicar para adquirir conhecimento. Com toda lógica, o Espírito é mais eficaz na questão de ensinar, creio que certas coisas na Escritura não ficam tão evidentes, porque senão a fé não seria assim algo tão importante, na verdade, a causa principal.

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.” Hebreus 11:1

Façamos como Daniel, esperemos a vitória, guardemos a fé, o nosso reino não é daqui, e nenhum reino daqui pode nos destruir.

“Não se esqueçam disto, amados: para o Senhor um dia é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.” 2 Pedro 3:8-9

Deus abençoe

Eldier

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Fontes para quem desejar saber mais sobre o livro de Daniel:


http://issuu.com/herbert.vix/docs/romanos-moody

http://www.estudosdabiblia.net/danielcompleto.pdf%2Bdaniel+estudo+net&gbv=2&&ct=clnk