Costumes, tradições e fanatismo realmente aproximam as pessoas de Deus?

MUNDO CRISTÃO


publicado em 22/11/2011 às 04h50.
A religião que desune




Costumes, tradições e fanatismo realmente aproximam as pessoas de Deus?
Por Jaqueline Corrêa
Jaqueline.correa@arcauniversal.com


A religiosidade realmente ajuda as pessoas a se aproximarem de Deus? Como os ritos sagrados ou tradicionais podem contribuir para isto?

Para você ter uma ideia, dados da Organização Mundial de Saúde dizem que cerca de 3 milhões de mulheres por ano passam por uma pequena cirurgia na região genital, cujo objetivo é a mutilação do órgão sexual para controlar a sexualidade delas. Estima-se ainda que 140 milhões de mulheres estejam nesta situação em países como Niger, Tanzânia, Quênia, Egito, Etiópia, Camarões, Sudão e outros da África. Neste caso, a tradição e os costumes são os grandes responsáveis por essa prática, intitulada mutilação genital feminina.

Já em outra parte do mundo, nas Filipinas, fanáticos se autoflagelam e chegam até a se crucificar, em um ato que dizem ser de fé. A justificativa é que, fazendo isso, eles sentem na pele as dores de Jesus.

A religião, que teria a finalidade de aproximar a pessoa de Deus, acaba tendo um efeito contrário, já que, nos casos citados, são a tradição, o costume e o fanatismo que imperam, e não a razão. Como diz Paulo:“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2)

O apóstolo faz questão de falar em renovação da mente, uso da razão. Em outras palavras, a mudança de pensamentos pode ser um dos motivos que leva a uma transformação de vida.

Imagine se os adeptos da prática da mutilação genital feminina excluíssem os costumes e as tradições e passassem a respeitar as mulheres como elas devem ser? Muitas delas passariam a ser mais felizes e se sentiriam mais livres, certamente. Porque os costumes colaboram para prender uma pessoa àquela prática, tal qual a religião. E em nada disso vemos o uso do raciocínio, como ressaltou Paulo.

Cemitério católico

Há outro caso típico de religiosidade que aconteceu no Sul do Brasil. Irineu Wasen, de 60 anos, sofreu um acidente de trânsito e morreu. A esposa, Eunice Teresinha Ely, e a sogra, Carmelita Ely, também morreram. E quando a filha do casal acreditou que sepultaria os três no mesmo cemitério, viu que se enganou.

Não bastasse o abalo emocional por ter perdido três pessoas da família, a jovem teve de ouvir que somente as mulheres poderiam ser enterradas no cemitério, localizado em Poço das Antas, Rio Grande do Sul, porque o pai, Irineu, era evangélico, e o local pertencia à Igreja Católica.

O padre, responsável pela paróquia e pelo cemitério, disse que era uma norma da igreja. “Só podemos sepultar em nosso cemitério pessoas católicas, que contribuem e estejam em dia com a taxa anual. Expliquei isso para a família, e eles entenderam”, disse ela à imprensa.

É neste ponto que vemos que a religião separa não apenas as pessoas entre si, mas, sobretudo, de Deus. Se ela discursa em nome da união dos povos e das diversidades, por que nem mesmo na hora da morte ela mostra o que prega?

Você acredita que a religião, os costumes e as tradições aproximam, de fato, as pessoas de Deus? Dê a sua opinião.
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As pessoas precisam ler Tiago 1:26-27

A religião para com Deus é visitar os órfãos e as viúvas, e guardar-se da corrupção do mundo.

As religiões criadas por homens são falhas!