A parábola do grande abismo entre o céu e o inferno

por **┼EKhristos** 28th agosto 2012, 7:16 pm

“Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. “Lucas 16:19 a 22

As imprudentes paixões da carne nos levam para o pior destino, aqui percebemos que o homem rico, não se importou em preencher o seu espírito, com algo além da ilusão, já o mendigo nem a ilusão tinha, não tinha esperança alguma. Aqui o rico no seu esbaldo, não se importava em pensar no mendigo, diante da piedade inexistente, sobrava apenas o desejo do pobre de se alimentar, com as migalhas do rico, convivendo com os cães, seus únicos amigos de solidão..

A única coisa comum entre o rico e o pobre, sem que soubessem, seria a morte, e ela chegou para os dois.

“Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão para o pó. “ Eclesiastes 3: 20

O homem foi feito do pó, não importa o que faça, ao pó retornará, o julgamento que sucederá depois, será mediante as obras de cada um. Infelizmente no discurso de Jesus, o mendigo foi recebido pelos anjos, já os mensageiros do inferno recepcionaram o rico esbanjador, claro, aqui não importa o nível de riqueza, mas a ferrugem existente nela.

“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. “ Mateus 6:19 e 20

O camarada segundo consta, se viu em tormentos, tendo a sua situação invertida, agora o sofredor estava em regalia, enquanto ele estava em tormentos.

“ Os que são de Cristo Jesus, crucificaram a carne com as suas paixões e cobiças. “ Gálatas 5:24

O rico enquanto vivo, não lembrou de viver para Deus, depois de morto, pediu clemência a Abraão, um possível representante de Deus, na parábola contada por Jesus., o mendigo não tendo um intercessor, no seu desespero clamou por refresco, que situação complicada não? Enquanto vivos o nosso refresco é o Senhor, enquanto vivos cumprindo o seu mandamento, nosso espírito está protegido das trevas, o rico ouviu aquilo que temia, Abraão de modo algum podia ajudá-lo, porque o Pai de uma multidão, o chamado amigo de Deus, teve uma vida baseada na justiça, não poderia ele agora compactuar com a injustiça, isso não lhe seria permitido, o rico não fazia parte da multidão.

“E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá. “Lucas 16:23 a 26

Agora o mendigo estava sendo consolado, enquanto o outro atormentado, porque permitiu enquanto vivo, ter o consolo da carne. O rico percebeu que não podia transpor, o imenso abismo entre céu e inferno, entre o reino das trevas e o reino dos céus.

“Ele nos resgatou do poder das trevas e nos trasladou para o reino do seu Filho muito amado, no qual temos a nossa redenção, a remissão dos nossos pecados; e que é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. “ Colossenses 1:3 a 15

Não havia nenhuma obra que pudesse justificar o rico, a sua fé foi encontrada nula, Jesus buscava com essa parábola, aconselhar os homens a crer na Palavra da Vida, ele mesmo, demonstrado a diferença entre o destino do justo e o injusto. Depois da morte nada mais resta ao homem, o rico tenta uma última investida, agora não para si, mas preocupado com os que ainda estavam vivos, recorrendo outra vez a Abraão:

“Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite. “Lucas 16:27 a 31

Jesus da um tapa de luva de pelica, no rosto de muitos fariseus arrogantes, porque foi exatamente Moisés que anunciou, que depois dele viria um grandioso profeta: “Jeová teu Deus te suscitará um profeta do meio de ti, dentre os teus irmãos, semelhante a mim; a este ouvirás...” (Deuteronômio 18:15). Também foram os profetas que continham o espírito de Cristo, que anunciaram os efeitos da graça maravilhosa: “Desta salvação inquiriram e indagaram muito os profetas que profetizaram acerca da graça que devia vir a vós, indagando quando e que tempo era esse que o Espírito de Cristo que estava neles indicava, ao testificar anteriormente os sofrimentos que haviam de vir a Cristo, e as glórias que os seguiriam...” (1 Pedro 1:10 e 11). Essa parábola portanto, representa a profundida da sabedoria divina, que deseja que todos os homens se salvem, que renunciem as paixões da carne, que dediquem sua vida a justiça, para que se cumpra aquilo que disse João:

“ Vi as almas daqueles que tinham sido decapitados por amor do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e os que não adoraram a besta nem a sua imagem, e que não receberam a marca na testa nem na mão; eles viveram e reinaram com Cristo mil anos. Os outros mortos não viveram até que fossem cumpridos os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é o que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes a segunda morte não tem poder, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante o

s mil anos. “ Apocalipse 20:4 a 6

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