NAS PEGADAS DO MESTRE JESUS


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O que é livre-arbítrio?

2 participantes

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O que é livre-arbítrio? Empty O que é livre-arbítrio?

Mensagem por Lourival soldado cristão 6th dezembro 2012, 2:30 pm

O que é livre-arbítrio?

O que é livre-arbítrio? Bem-mal-206x120 O que é livre-arbítrio?



Dt 30.19-20
19 O
céu e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti de que te pus diante
de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida,
para que vivas, tu e a tua descendência,


20 amando ao Senhor teu Deus,
obedecendo à sua voz, e te apegando a ele; pois ele é a tua vida, e o
prolongamento dos teus dias; e para que habites na terra que o Senhor
prometeu com juramento a teus pais, a Abraão, a Isaque e a Jacó, que
lhes havia de dar.

Js 24.15

15 Mas, se vos parece mal o servirdes
ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem
serviram vossos pais, que estavam além do Rio, ou aos deuses dos
amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao
Senhor.

Hb 3

12 Vede, irmãos, que nunca se ache em qualquer de vós um perverso coração de incredulidade, para se apartar do Deus vivo;

13 antes exortai-vos uns aos outros
todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós
se endureça pelo engano do pecado;


14 porque nos temos tornado participantes de Cristo, se é que guardamos firme até o fim a nossa confiança inicial;

15 enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação;
Jo 5. 39-40

39 Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim;

40 mas não quereis vir a mim para terdes vida!
Ap 22

17 E o Espírito e a noiva dizem: Vem. E
quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, receba de
graça a água da vida.

Definições.
Livre-arbítrio 1 (conceito geral)
Imediatamente
vem a idéia a mente de “poder decidir livremente” sobre determinado
assunto, coisa, evento, sentimento, de maneira isenta, livre de causação
externa ou interna ou de forças extrínsecas a nós mesmos. De outro
modo, no senso comum, livre-arbítrio seria a capacidade de decidir de
maneira totalmente isenta, sem levar em conta estado ou necessidade,
capacidade e poder de decidir.


Isto, ou algo próximo, é o que vem a nossa mente, quando ouvimos a expressão livre-arbítrio.
Segundo o Wikipedia “Livre-arbítrio [é] a expressão usada para significar a vontade livre de escolha, as decisões livres.”

É importante
notar, antes de qualquer análise, que a idéia central do livre-arbítrio
é poder decidir por si mesmo, ter liberdade de decidir e ser
responsável pela decisão (Rm 14.12). Tomamos as mais diversas decisões
durante um dia de nossas vidas, como a que horas vamos acordar, dormir,
se tomaremos café, o que comeremos no café, a roupa que iremos vestir, o
caminho que tomaremos para ir ao trabalho e tantas outras decisões são
tomadas em um único dia. (ex: Você livremente decidiu ler este artigo)

Livre-arbítrio 2. (conceito específico, aplicação bíblica)
É a “capacidade de escolha contrária”, de escolher em oposição.
Mesmo em
determinada situação somos capazes de nos decidir, tomando como base o
nosso próprio intelecto, sem desconsiderar as forças e causas interiores
e exteriores, considerando ainda as nossas necessidades no momento. Por
exemplo, alguém lhe oferece uma comida muito ruim, que você realmente
não gosta, o que lhe vem à mente é que a proposta será rejeitada, mas
isto leva em conta seu estado momentâneo, neste instante, saciado, isto
é, sem fome, mas em uma situação adversa ou de extrema necessidade,
talvez a sua decisão “seria” comer a refeição indigesta, ou poderia
ainda rejeitá-la, não sabemos.

O que
queremos destacar é que o estado momentâneo de necessidade pode
influenciar diretamente em sua decisão, assim como as influências
internalizadas ao longo da vida, educação, convívio social, necessidades
fisiológicas (fome, frio), estados emocionais, tudo isto pode
determinar, ou pelo menos, influenciar as decisões.

A capacidade de escolha contrária é manifestada na Bíblia em versículos como:
“Digo,
porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne.
Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e
estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis.” Gl 5.16,
Rm 6.12-13; Rm 8.1,4,12


“Amados, exorto-vos, como a
peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências da
carne, as quais combatem contra a alma;” I Pe 2.11

Nestes
textos fica claro a exigida negação de nós mesmos contrariando nossos
sentidos, desejos e vontades, necessidades da carne em favor de um
crescimento espiritual, um bem maior, Espiritual.

“E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim.” Mt 10.38

“Então disse Jesus aos seus
discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua
cruz, e siga-me; pois, quem quiser salvar a sua vida por amor de mim
perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.” Mt
15.24-25

Se
analisarmos bem, o próprio convite/anúncio do evangelho é para negação
de si mesmo, do eu, que nada mais é que uma escolha contrária a nossa
natureza carnal, a lei dos nossos sentidos (Rm 7.18-23).

Mas e quanto
à salvação individual, como fica o livre-arbítrio? O homem não está
morto em delitos e pecados, como pode decidir? O homem pode escolher
livremente a salvação?

Livre-arbítrio
1 – capacidade de escolher livremente, de forma isenta, em relação à
salvação individual, estado espiritual e as coisas boas, boas obras de
Deus.

Este
conceito era o defendido por Pelágio e seus seguidores e combatido por
Agostinho, em que o homem seria capaz, de por si mesmo, por sua força ou
inteligência conhecer a Deus, encontrar a salvação, permanecer puro,
sem pecar. Que o “pecado original” de Adão trazia conseqüências apenas
para ele mesmo, e mais a frente de forma amenizada, que e a corrupção
não destituiu o homem totalmente de tal capacidade (semi-pelagianismo),
mas havendo apenas uma propensão para o mal e não uma corrupção de sua
natureza. O homem não estaria totalmente morto, incapaz, para os
pelaginaos, não nasce morto espiritualmente, o pecado posterior é que o
mata, separa, contudo, pode viver, livremente, com ou sem o auxílio da
Graça, sem pecar.

Algumas citações sobre Pelágio:
“Contudo,
esta relutância não pôde impedir que Pelágio entrasse em cena, cuja
profana invenção foi haver Adão pecado tão-somente para seu próprio
dano, mas que aos descendentes nada afetou. Naturalmente, com esta
artimanha de encobrir a enfermidade, Satanás tentou torná-la incurável.”
(Calvino, Institutas 2, pg 20)

“…Pelágio
ensinava que os seres humanos podem de fato, simplesmente, decidir
obedecer a Deus o tempo todo e nunca pecar deliberada e dolosamente.”
(Roger Olson, História da teologia cristã, pg 272)

“O mal
não nasce conosco e somos procriados sem culpa” (Pelágio, livro “Do
Livre-arbítrio”, citado por Olson em História da teologia cristã, pg
273)

“Eu
disse de fato que um homem pode ficar isento do pecado e seguir os
mandamentos de Deus, se assim desejar; essa capacidade, pois, lhe foi
outorgada por Deus. No entanto, não declarei que existe um homem que
nunca tenha pecado desde a infância até a velhice, mas que, ao ser
convertido de seus pecados, pode permanecer isento do pecado por seus
próprios esforços e pela Graça de Deus, embora, mesmo assim, seja capaz
de mudar no futuro.” (Pelágio, Sínodo de Dióspolis, citado por Olson,
Ibid, pg 274)

Por óbvio
que tal aplicação não é possível, não há um homem que não tenha pecado,
segundo as Escrituras, e mesmo regenerado, que não cometa pecado.

Rm 3

10 como está escrito: Não há justo, nem sequer um.

11 Não há quem entenda; não há quem busque a Deus.

12 Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.

23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;
O homem nasce morto espiritualmente, separado de Deus
“Portanto,
assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a
morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos
pecaram.“ Rm 5.12

“Eis que eu nasci em iniqüidade, e em pecado me concedeu minha mãe.” Sl 51.5
“Porque
eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com
efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está… mas vejo
nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento, e
me levando cativo à lei do pecado, que está nos meus membros.” Rm 7.18 e
23

“entre
os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza
filhos da ira, como também os demais.” Ef 2.3

“Portanto
digo isto, e testifico no Senhor, para que não mais andeis como andam
os gentios, na verdade da sua mente, entenebrecidos no entendimento,
separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do
seu coração;” Ef 4.17e 18

Muitos
outros versículos poderiam ser citados para demonstrar o quanto o homem
esta separado de Deus e de Sua vontade Santa. Rm 12.2

Este
conceito, de decidir livremente, sem considerar estado ou necessidade, e
sem levar em conta forças externas é a idéia primeira do
livre-arbítrio, e aqui tenho que admitir, que nem mesmo para o cotidiano
podemos considerar verdadeira, isto é, nos considerar totalmente livres
para decidir, isto porque em nossas escolhas levamos em conta vários
fatores, exemplo: você vai à praia com short de banho e camiseta, mas
não vai ao seu trabalho assim, o meio determina no seu subconsciente a
melhor opção para o momento, a decisão da roupa é livre, em certo ponto,
mas não é livre das condições externas, do meio social.

O mesmo
raciocínio podemos aplicar para as mais diversas respostas, como tom de
voz que usamos, corte de cabelo, tudo determinado por idéias,
normalmente externas a nós mesmos, “o homem é um ser
social”(Aristóteles), até determinado ponto “produto do meio” (Karl
Marx) e seu subconsciente age assim naturalmente, como se fosse de fato
livre, mas na realidade ele expressa as condições, limitações imposto
pelo contexto que vive.

Outro
exemplo, você acredita que se tivesse nascido no continente Africano, em
uma remota tribo, estaria vestindo roupas semelhantes as que usa, agora
mesmo? Então, como suas escolhas podem ser ditas livres, de fatores ou
agentes externos? Imagine tal conceito aplicado ao criador. Como podemos
tomar decisões livre da influência de forças espirituais, estado
emocional, meio? Pelágio e seus seguidores estavam errados, com absoluta
certeza.

Este
conceito pelagiano de livre-arbítrio (errôneo conceito bíblico) da
liberdade que Deus dá, concede aos homens, ou o que restou de
possibilidade ao homem decaído, carente da graça de Deus (Rm 3.23), foi
combatido ao longo da história, por mentes de destaque no cenário
teológico em suas respectivas épocas, como Agostinho, Lutero, Calvino e
Jonathan Edwards, todos estes adeptos do Calvinismo (que crêem na
predestinação – como uma escolha de Deus de indivíduos para serem
salvos, e rejeição dos demais, sem qualquer motivo conhecido).

Nas palavras de Calvino:
“Chamamos
predestinação ao eterno decreto de Deus pelo qual ele determinou
consigo mesmo aquilo que ele quis que ocorresse a cada ser humano. A
vida eterna é preordenada para alguns e a perdição eterna para outros,
falando deles como predestinados para a vida ou para a morte”.
(Institutas, volume III, pg 388)

Para os
réprobos, isto é, para os não escolhidos, seria “àqueles que Deus
despreza ele reprova, e faz isso não por outra razão senão porque ele
quer excluí-los da herança que Deus predestinou aos que escolheu por
seus filhos. Qual é a causa do decreto da reprovação de Deus? É o
soberano e bom prazer de Deus. Nenhuma outra causa pode ser aduzida
senão à sua soberana vontade. Quando, portanto, alguém perguntar por que
Deus fez assim, devemos responder: porque ele quis.” (citado em
KLOOSTER, Fred H. A doutrina da predestinação em Calvino. p. 38).

Outra
definição: “Desde a eternidade, antes de vivermos, Deus decidiu salvar
alguns membros da raça humana e deixar perecer o restante. Deus fez uma
escolha – Ele escolheu alguns indivíduos para serem salvos em eternas
bênçãos no céu, e outros Ele escolheu para deixar de fora, para permitir
a eles que sigam as conseqüências de seus pecados em eterno tormento no
inferno.” (R. C. Sproul, Eleitos de Deus, pg 14)

Este mesmo
autor (calvinista), refletindo sobre o por quê de Deus ter escolhido
apenas alguns, chega a seguinte conclusão, não muito diferente da
conclusão de Calvino: “A questão continua. Por que Deus somente salva
alguns? Se nós admitimos que Deus pode salvar os homens violentando suas
vontades, por que então Ele não violenta a vontade de todos e traz
todos a salvação? (Estou usando aqui a palavra violentar não porque eu
realmente pense que exista uma violentação errada, mas porque os não
calvinistas insistem no termo.) A única resposta que eu posso dar a esta
pergunta é que eu não sei. Não tenho idéia por que Deus salva alguns e
não todos. Não duvido por um momento que Deus tenha o poder de salvar
todos, mas eu sei que Ele não escolhe salvar todos. Realmente não sei
por quê.” (Ibid, pg 26)

Para Sproul o
livre-arbítrio seria “a capacidade de escolher o que queremos”, e este
conceito, igualmente demonstramos em linhas anteriores, tal capacidade é
sempre em meio a condições, contexto, ou no mínimo influenciada pelos
nossos desejos e vontades, pela natureza, agentes e forças externas, mas
nunca totalmente livre, e para explicar isto, Sproul trouxe afirmações
interessantes de outro calvinista, já citado, Jonathan Edwards, que se
propôs explicar a questão e exterminar, de vez, o “tal” “livre-arbítrio”
no que diz respeito a salvação do homem.

Ainda no
livro Eleitos de Deus “De acordo com Edwards, um ser humano não somente é
capaz de escolher o que deseja, como precisa escolher o que deseja,
simplesmente para ser capaz de escolher. O que eu chamo de Lei da
Escolha de Edwards é esta:” A vontade sempre escolhe de acordo com sua
mais forte inclinação do momento” . Isto significa que toda escolha é
livre e toda escolha é determinada. Eu disse que era enganoso. Soa como
uma clara contradição dizer que toda escolha é livre e ainda assim toda
escolha é determinada.

“Determinada”,
aqui, não significa que alguma força externa compele a vontade. Em vez
disso, refere-se a motivação ou desejo interno de alguém. Em poucas
palavras, a lei é esta: Nossas escolhas são determinadas por nossos
desejos. Elas continuam sendo nossas escolhas porque são motivadas por
nossos próprios desejos. Isto é o que chamamos de autodeterminação, que é
a essência da liberdade.”

A proposta
de Edwards parece resolver o problema, o fim último da explicação é
mostrar que o homem carnal não pode ir (sozinho) na direção de Deus, não
pode desejá-Lo, querer fazer o bem, boas obras de e em Deus, isto
porque sempre decidimos em direção a mais forte inclinação do momento.
Homem pecador, inclinado ao pecado, separado de Deus, escolhe o que é
mal, o que é ruim aos olhos do Pai, enquanto que homem espiritual
escolhe coisas espirituais, vida, paz, bondade e misericórdia. Parece
muito claro e correto. Em termo mais simples seria o mesmo que dizer que
um ser/animal herbívoro só se alimenta de plantas e não de carnes, pois
não é de sua natureza. Ótimo! Que bela explicação! Parece elucidar boa
parte das dificuldades em entender as chamadas “decisões livres”, ou o
“livre-arbítrio”.

Entretanto,
embora aparentemente lógica a definição de Edwards, em sentido amplo ela
se aplica bem, mas em sentido estrito não condiz, integralmente ou em
todo caso, com a verdade das Escrituras, pois homens regenerados,
nascidos de novo, homens espirituais, continuam pecando. “Se dissermos
que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não
está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para
nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos
que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não
está em nós.” I Jo 1.8-10

E da forma
que o Edwards e o Sproul postulam, parece que o homem, sem Cristo, só
comete torpeza, o tempo todo, em todo tempo é mal, só faz maldades e
iniqüidades, inclinação ao pecado, não há sequer, nem sombra de Deus em
suas memórias, mentes corrompidos de tal modo que não podem nunca
manifestar característica ou pensamento daquele que foram feitos imagem e
semelhança, de Deus. Gn 1.26 e 5.1, mal sabem que tal conceito destoa
até do pensava João Calvino: ‎

“Isto, sem
dúvida, será sempre evidente aos que julgam com acerto, ou, seja, que
está gravado na mente humana um senso da divindade que jamais se pode
apagar. Mais: esta convicção de que há algum Deus não só é a todos
ingênita por natureza, mas ainda que lhes está encravada no íntimo, como
que na própria medula, que a contumácia dos ímpios é testemunha
qualificada, a saber, lutando furiosamente, contudo não conseguem
desvencilhar-se do medo de Deus.” (Institutas, V. 1, pg 55.)

Em algum
momento de nossa existência, mesmo em má consciência, pecaminosa,
lampejos de Deus se manifestam em nós, ainda resta em nós temor do
Juízo, do senso de divindade – observe que mesma em vilas e comunidades
remotas há divindades, temor do criador, de um julgamento, instituímos
leis que em muito se comunicam com a Torá, por exemplo, e devemos
perguntar: de onde vem tal sentimento, comum entre todos os homens?

“e de um só
fez todas as raças dos homens, para habitarem sobre toda a face da
terra, determinando-lhes os tempos já dantes ordenados e os limites da
sua habitação; para que buscassem a Deus, se porventura, tateando, o
pudessem achar, o qual, todavia, não está longe de cada um de nós;” At
17.26-27

“Pois do céu
é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens
que detêm a verdade em injustiça. Porquanto, o que de Deus se pode
conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Pois os seus
atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente
vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas
criadas, de modo que eles são inescusáveis;” Rm 1.18-20

É bem
verdade que nenhum homem é totalmente livre, isto porque ninguém é capaz
de viver sem pecar, estamos aprisionados, em nossas paixões, mesmo
querendo o bem (natural), não conseguimos, e o apóstolo Paulo isto
relatou “Pois o que faço, não o entendo; porque o que quero, isso não
pratico; mas o que aborreço, isso faço. E, se faço o que não quero,
consinto com a lei, que é boa. Agora, porém, não sou mais eu que faço
isto, mas o pecado que habita em mim.” Rm 7.15-17

Mas quem
pode nos livrar desta maldição do pecado, da escravidão de nossa mente e
membros? “Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta
morte? Graças a Deus, por Jesus Cristo nosso Senhor! De modo que eu
mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do
pecado.” (vs. 24-25)

E
compreendendo que o conceito de Edwards, inclinação a maior necessidade
no momento, é demasiadamente relativo em si mesmo (que necessidades?),
quantas vezes o homem faz o que lhe é contrário? Quantas vezes toma
decisões contra todas as forças exteriores, e às vezes contra seu
próprio intelecto? Não fazem jejuns os não crentes? Não se matam, contra
toda natureza divina, pois todos somos criaturas de Deus, imagem e
semelhança, e contra a natureza humana, “instinto” de sobrevivência, os
radicais islâmicos? Ou nunca fazem o bem os que não conhecem a Deus? Não
contribuíram com o mundo e a existência humana os cientistas,
pensadores, filósofos? Reis, impérios, não contribuíram para o
desenvolvimento humano, educação?

Então o
homem pecador nem sempre está a cometer torpeza, está corrompido, morto
espiritualmente, embora esteja sempre separado de Deus, longe da Graça e
da salvação, visto que independe de obras (Ef 2.5-10), mas pode, em
determinadas circunstâncias, escolher e resistir às forças contrárias,
restando um arbítrio no íntimo, não totalmente livre, mas também não
totalmente cativo a maior necessidade do momento.

Infelizmente
não sabem, a maioria dos que crêem na predestinação Calvinista, que os
teólogos Arminianos (assim são chamados o grupo dos que crêem na
existência do livre-arbítrio – capacidade de escolha contrária, na
liberdade de escolha), que estes também combateram e combatem as idéias
pelagianas.

E aqui
entramos na segunda definição de livre-arbítrio – capacidade de escolha
contrária, resistir a forças externas, escolher, considerando forças e
necessidades, mas com determinada liberdade. Ao final, nenhum homem
poderá dizer que teve sua vontade cativa de tal maneira, que mesmo
diante da manifestação do Espírito Santo, não lhe era possível dizer sim
ou não, receber esta graça (salvação).

O livre-arbítrio para James Armínius
“Tal
fato é o estado da questão no pelagianismo e maniqueísmo. Se alguém pode
entrar em um caminho do meio entre essas duas heresias, ele será um
verdadeiro católico, nem infligir uma lesão na Graça, como os pelagianos
fazem, nem no livre-arbítrio como os maniqueus.”
(Obras de James Arminius, volume I)

“Quanto
graça e livre-arbítrio, isto é o que eu ensino, segundo as Escrituras e o
consentimento ortodoxo: livre-arbítrio é incapaz de iniciar ou
aperfeiçoar qualquer verdade e o bem espiritual, sem graça. Que eu não
possa dizer, como Pelágio, para a prática de ilusão em relação à palavra
“graça”, eu quero dizer com isso que é a graça de Cristo e que pertence
à regeneração. Afirmo, portanto, que essa graça é simplesmente e
absolutamente necessário para a iluminação da mente, a ordem de
vencimento das afeições, e a inclinação da vontade para o que é bom.

É esta a
graça que opera sobre a mente, os afetos e da vontade, o que infunde
bons pensamentos na mente, inspira bons desejos em ações, e dobra a
vontade de continuar em execução pensamentos bons e bons desejos. Esta
graça precede, acompanha e segue; excita, assistências, opera que
iremos, e coopera para que não vai em vão. Ele evita tentações,
assistências e subsídios socorrer no meio das tentações, sustenta o
homem contra a carne, o mundo e Satanás, e neste concurso bolsas grandes
para o homem o gozo da vitória.

Ela
levanta-se novamente aqueles que são conquistados e caiu, estabelece e
fornecê-los com uma nova força, e torná-los mais cauteloso. Esta graça
começa a salvação, promove e aperfeiçoa e consuma. Confesso que a mente
de um homem natural e carnal é obscura e escura, que as suas afeições
são corruptas e desordenado, que sua vontade é teimosa e desobediente, e
que o próprio homem está morto em pecados.”
(Obras de James Arminius, volume II)

Não são
poucas às vezes em que Armínio nomeia, em seus escritos, as teses
pelagianas e semi-pelagianas de heresias, se opondo a elas.

Outras citações de teólogos arminianos.
Baltasar Hubmaier, (1481 – 1528, arminiano antes mesmo de Arminio, teólogo do movimento anabatista,):
“O livre-arbítrio, destruído pela queda, é restaurado por Cristo e pelo Espírito de Deus que opera por meio da Palavra.” (Olson, História da teologia cristã, pg 433)
Jonh Wesley
“Não
posso conceber porque o dr. E. contende comigo por causa do
livre-arbítrio natural, senão que o faz pelo prazer da contenda. Pois é
certo que neste ponto, se em nenhum outro, estamos inteiramente de
acordo. Creio que Adão, antes da sua queda, era totalmente livre para
escolher o bem ou o mal, mas que, desde a sua queda,nenhum filho dos
homens tem poder natural para escolher qualquer coisa que seja realmente
boa. Contudo sei (e quem não sabe?) que o homem ainda tem de escolher
nas coisas de natureza indifiente. Não concorda comigo o dr. E. nisto?
Oh! porque procuramos ocasião para
contenda!” (Coletânia da teologia de Jonh Wesley, pg 125)

Que o crer não está totalmente no arbítrio do homem, e o estado, vontade inclinada à satisfação da carne.
“Dizer
que todo homem pode crer para ser justificado ou santificado quando, na
verdade, a vontade dele é claramente contrária a isso. (…)Sustento de
forma fervorosa que todo homem pode crer se quiser, e, contudo, nego
totalmente que pode crer quando quiser.”
(Kenneth J. Collins, Teologia de Jonh Wesley, pg 221-222)

Norman Geisler
“Alem
disso, todas as boas virtudes para com Deus no coração e na vontade
também foram, igualmente, perdidas — o amor de Deus, a confiança em
Deus, e o temor real a Deus. Deus nao e recebido onde o Espírito Santo
não tenha, primeiramente, iluminado e despertado o entendimento, a
vontade e o coração. Sem o Espírito Santo os homens são incapazes de
realizar obras virtuosas como a fé verdadeira, o amor de Deus e o temor
real a Deus, por suas próprias forcas.

E, por
isso, o coração miserável do homem permanece tal qual uma casa desolada,
deserta, velha e decadente, sem abrigar Deus e com o vento soprando
através das suas janelas. Ou seja, todos os tipos de tendências
conflitantes e cobiças arrastam o coração rumo aos mais variados pecados
que envolvem o amor, o ódio, a inveja e o orgulho fora de controle. Os
demônios também espalharam o seu veneno.

Quando
falamos acerca desta grande ruína dos poderes humanos, estamos falando
sobre o livre-arbítrio, pois a vontade e o coração do homem estão
miseravelmente aprisionados, afetados e arruinados, de forma que,
interiormente, o coração e a vontade do homem são, diferentemente da lei
divina, ofensivos e hostis a este, e o homem, por suas forcas
interiores naturais, não e capaz de ser obediente. Isto e dito a
respeito da obediência interior real, aquela sem hipocrisia.”
(Teologia Sistemática, volume 2, pg 59)

O apóstolo
Tiago também discordaria de Edwards, e da teoria de inclinação a maior
necessidade ”Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes
por várias provações, sabendo que a aprovação da vossa fé produz a
perseverança; e a perseverança tenha a sua obra perfeita, para que
sejais perfeitos e completos, não faltando em coisa alguma.” Tg 1.2-4

Para nós, o
livre-arbítrio 2, pode ser chamado de livre-arbítrio real,
livre-arbítrio arminiano, assim como o livre-arbítrio 1 (senso comum)
pode, e deve, ser chamado de livre-arbítrio pelagiano.

O
livre-arbítrio 2, isto é capacidade de escolha contrária, não consiste
em desprezar influências internas, externas ou necessidade do momento,
mas que mesmo frente as forças, necessidades e agentes externos,
escolher, aceitar ou resistir, até mesmo ao Espírito Santo, ex:

“Homens de
dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao
Espírito Santo; como o fizeram os vossos pais, assim também vós.” At
17.51

“mas Cristo o
é como Filho sobre a casa de Deus; a qual casa somos nós, se
tão-somente conservarmos firmes até o fim a nossa confiança e a glória
da esperança. Pelo que, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a
sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia
da tentação no deserto” Hb 3.6-8

“Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós.” Tg 4.7
“Sede
sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo
como leão, e procurando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na
fé, sabendo que os mesmos sofrimentos estão-se cumprindo entre os vossos
irmãos no mundo.” I Pe 5.8-9

“Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer firmes.” Ef 6.13
A graça, que
chega antes, a bondade de Deus nos capacita, nos esclarece, o Espírito
nos mostra a vontade Dele, e nossa oração deve ser sempre “seja feita a
Tua vontade.”

Resumindo
O
livre-arbítrio 2 – definimos como a capacidade de escolher em contrário,
mesmo frente a agentes externos, meio, situação ou necessidade, a
capacidade de resistir e decidir, restritamente, mediante condições, em
que nada verga, de tal maneira, a vontade humana, que não se possa
atribuir ao homem a responsabilidade de seus atos. Tal capacidade nada
mais pode ser, que a semelhança em que fomos criados, advinda de Deus,
da livre Graça, da liberdade do criador que dotou a criatura, comer ou
não comer do fruto, do bem e do mal, obedecer ou não, esta diante de
cada um de nós, agora mesmo. A graça, indispensável à salvação do homem,
nos orienta para aquilo que o homem natural não compreende, isto é, as
coisas espirituais, nos abrindo os olhos, pela pregação da palavra, a fé
vem aos nossos corações (Rm 10.17) e então somos feitos novas criaturas
em Cristo Jesus. (II Co 5.17)

Dito de outro modo:
O
livre-arbítrio – conceito arminiano, a capacidade de escolha contrária. E
no que tange a salvação, pela manifestação da Graça de Deus, isto é,
com o indispensável auxílio da graça, que vem antes, precede, antecede,
auxilia e capacita, de maneira que o homem pode, ao ouvir o Evangelho,
ao ouvir o Espírito Santo, entender, aceitar ou ainda, resistir,
rejeitar, endurecer o coração, negar o Filho de Deus, não crer no
unigênito do Pai. Quão bondoso é o nosso Deus, que nos deu liberdade, e
nos deu liberdade da escravidão do pecado em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Jo 3.16
16
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.


17 Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

18 Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

19 E o julgamento é este: A luz veio ao mundo, e os homens amaram antes as trevas que a luz, porque as suas obras eram más.
I Jo 5.10-13
10 Quem
crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê,
mentiroso o fez; porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho
deu.


11 E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho.

12 Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.

13 Estas coisas vos escrevo, a vós que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna.

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O que é livre-arbítrio? Empty Re: O que é livre-arbítrio?

Mensagem por MateusAlcântara 6th dezembro 2012, 7:45 pm

Livre-arbítrio é algo que não existe. Escolhemos herdar o pecado de Adão? Não, mas herdamos. O ser humano nasce no pecado, quer o pecado, só deseja o pecado. Ele é escravo do pecado. O escravo manda no seu senhor? Então, o homem pecador não escolhe pecar, ele é forçado e violentado para fazer isso.
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