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A Graça de Deus

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A Graça de Deus Empty A Graça de Deus

Mensagem por Lourival soldado cristão 28th dezembro 2012, 3:41 pm

A Graça de Deus


A graça de Deus. (estudo 1 - Graça preveniente)


A Graça de Deus Gra%C3%A7a-500x375 A Graça de Deus



“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” Ef 2.8

Um dos conceitos mais incompreendidos no meio cristão, até pelo
número vasto de aplicações e significados, e por se trata de ato divino,
é “a Graça de Deus”.

Segundo a concordância exaustiva Joshua a palavra graça (na versão
JRC) aparece 73 vezes no antigo testamento e outras 144 no novo.

Contudo, o que iremos destacar, neste artigo, é a graça como
“dádiva”, “favor imerecido”, isto é, no que diz respeito à salvação do
homem, parte específica de tão grande favor de Deus dado aos homens, a
redenção em Cristo Jesus.

Segundo o dicionário Strong, do grego, χαρις charis, cuja tradução mais comumente aceita é “favor imerecido”.

Para o dicionário Léxico-Grego (F. Wilbur Gingrich) do Novo Testamento

χάρις, ιτος, ή1. graciosidade, atratividade Lc 4.22; Cl 4.6.—2. favor, graça, ajuda graciosa, boa vontade Lc 1.30; 2.40, 52; At 2.47; 7.10; 14.26; Rm 3.24; 4.4; 5.20s; 11.5s; Gl 1.15; Ef 2.5, 7s. Crédito Lc 6.32-34. Aquilo que traz o favor (de Deus) 1 Pe 2.19s.— graça ou favor (divinos)
em fórmulas fixas no início e fim de cartas cristãs, e.g. Rm 1.7;
16.20; 2 Co 1.2; 13.13; 1 Ts 1.1; 5.28; Hb 13.25; 1 Pe 1.2; Ap 1.4.—3. aplicação prática da boa-vontade, um sinal de favor, ato gracioso ou dom, beneficio Jo 1.14, 16s; At 13.43; 24.27; 25.3, 9; Rm 5.2; 6.14s; l Co 16.3; 2 Co 1.15;
Ef 4.29; Hb 10.29; Tg 4.6; 1 Pe 5.10.—4. de efeitos excepcionais
produzidos pela graça divina Rm 1.5; 12.6; 1 Co 15.10a, b; 2 Co 8.1;
9.8, 14; 1 Pe 4.10. Dificilmente pode ser diferenciada de poder, conhecimento, glória At 6.8; 1 Co 15.10c; 2 Co 1.12; 2 Pe 3.18.—5. gratidão χάριν εχειν ser grato 1 Tm 1.12; 2 Tm 1.3; Hb 12.28. Em outras expressões Rm 6.17; 7.25; 1 Co 10.30; 15.57; 2 Co 9.15; Cl 3.16.

De fato, um favor imerecido é difícil de ser integralmente
compreendido, pelo simples fato de não ter uma causa inicial, não ser
conseqüente a ato ou uma recompensa, mas (tradução que gosto) é uma
dádiva ou “presente”, favor, benevolência que não se explica.

Karl Barth nos dá uma boa dica da complexidade da graça e como devemos entendê-la.

“Graça é o fato real, embora incompreensível, que Deus se agrada
do ser humano e que este pode alegrar-se em Deus. Mas a graça somente é
graça quando ela for reconhecida como inexplicável [sem razão de ser],
incompreensível.


E por isso que só há graça sob o reflexo da ressurreição, como
dádiva de Cristo, que eliminou a distância entre Deus e os homens,
tirando-a violentamente [quiçá, vencendo o afastamento que a morte
implicitamente encerra, com o rompimento violento do túmulo para o
surgimento triunfante da vida].” (Carta aos Romanos, pg 31)


Ora, ao que trabalha não se lhe conta a recompensa como
dádiva, mas sim como dívida; porém ao que não trabalha, mas crê naquele
que justifica o ímpio, a sua fé lhe é contada como justiça;” Rm 4.4-5


A graça é o favor de Deus, imerecido, dado aos homens.

Podemos perceber que toda a criação foi feita em amor, em graça, isto
tem um único fundamento – Deus é amor, e o homem sua imagem e
semelhança.

Deus não tinha a obrigação de criar nada, de perdoar nada, mas
livremente decidiu criar o mundo e a humanidade, e decidiu, ainda,
redimi-los em carne, no sangue e no corpo de Cristo, proveniente de uma
natureza divina, mas em forma humana.

A bondade de Deus, provisão e preparação de toda criação, e
conseqüente compartilhar de domínio dado ao homem sobre todos os seres
viventes, mostra-nos a Sua antecedente bondade.

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu,
sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil
que se arrasta sobre a terra.” Gn 1.26


E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.” Gn 1.31

Ao longo de nossos estudos e leituras nos deparamos com muitos
conceitos de graça, sabemos que ela é uma só, é claro, mas para explicar
a sua ação, ao longo da história, a Graça de Deus foi subdividida em
“partes”, por assim dizer.

Entre os conceitos, alguns dos mais difundidos, temos, entre os calvinistas (que crêem na predestinação incondicional):

“Graça comum” – “Ao lado da doutrina da graça particular (dos predestinados e somente para eles, inserção nossa),
ele desenvolveu a doutrina da graça comum. Esta graça é comunal, não
perdoa nem purifica a natureza humana, e não efetua a salvação dos
pecadores. Ela reprime o poder destrutivo do pecado, mantém em certa
medida a ordem moral do universo, possibilitando assim uma vida
ordenada, distribui em vários graus dons e talentos entre os homens,
promove o desenvolvimento da ciência e da arte, e derrama incontáveis
bênçãos sobre os filhos dos homens. Desde os dias de Calvino, a doutrina
da graça comum é geralmente aceita na teologia reformada (calvinista),
embora encontrando ocasional oposição. “ (Teologia Sistemática de
Berkhof, pg 427)

Teólogos arminianos guardam um conceito semelhante de “graça comum”.

“Os efeitos do pecado sobre a humanidade decaída são tão devastadores
que sem a graça comum de Deus (isto e, a sua graça não-salvífica que
esta disponível a toda a humanidade), a existência da sociedade ficaria
inviabilizada e a salvação seria inatingível.” (Norman Geisler, Teologia
sistemática, v 2, pg 110)

(Teses calvinistas, abaixo, que não incluímos entre as definições que demonstram a graciosidade divina.)

“Graça evanescente” – (Seria uma espécie de
iluminação temporária) “contudo não é de admirar que nos chamados
justos, temporariamente, se desvaneça o senso do amor divino, o qual,
embora seja afim à fé, entretanto difere muito dela. Declaro que a
vontade de Deus é imutável e sua verdade é sempre consistente com a
mesma. Contudo nego que os réprobos avancem até o ponto de penetrar essa
secreta revelação que a Escritura reivindica só para os eleitos. Nego,
porém, que eles ou apreendam a vontade de Deus, como é imutável, ou com
real constância lhe abracem a verdade; por isso é que se detêm em um
sentimento evanescente, como uma árvore, plantada não bastante funda
para produzir raízes vivas, seca-se no decurso do tempo, ainda que por
alguns anos simule não só flores e folhas, mas até mesmo frutos.” (Calvino, Institutas, 3, pg 36)

“Graça irresistível”, também chamada de “Graça eficaz”
(é um dos acrósticos da TULIP, os pontos formaram um acróstico
mneumônico com nome da flor que é símbolo da Holanda, que em inglês é
TULIP.O documento está datado de 25 de abril de 1619.) “A Graça
Irresistível é o ensino que Deus irresistivelmente conquista a vontade
do pecador eleito com sua graça e o regenera, concedendo-lhe fé e
arrependimento para crer em Jesus Cristo.” (Laurence Vance, o Outro lado
do calvinismo)

“Os calvinistas respondem que a graça de Deus não pode ser obstruída,
visto que sua graça é irresistível. Os calvinistas não querem
significar com isso que Deus esmaga a vontade obstinada do homem como um
gigantesco rolo compressor! A graça irresistível não está baseada na
onipotência de Deus, ainda que poderia ser assim, se Deus o quisesse,
mas está baseada mais no dom da vida, conhecido como regeneração. Desde
que todos os espíritos mortos (alienados de Deus) são levados a Satanás,
o deus dos mortos, e todos os espíritos vivos (regenerados) são guiados
irresistivelmente para Deus (o Deus dos vivos), nosso Senhor,
simplesmente, dá a seus escolhidos o Espírito de Vida.
No momento em que Deus age nos eleitos, a polaridade espiritual deles é
mudada: Antes estavam mortos em delitos e pecados, e orientados para
Satanás; agora são vivificados em Cristo, e orientados para Deus.” (Os
cinco pontos da TULIP, por Duane Edward Spencer)

“Graça soberana” – Nome utilizado para enfatizar a
ação da graça irresistível (calvinista) e eleição incondicional,
personificando a graça e lhe atribuindo “soberania”, de forma que o
homem não tem qualquer parte nela, nem pode recebê-la, ou a tem ou não,
isto em virtude de um “decreto divino” em uma eleição incondicional
antes da fundação do mundo. (“graça soberana – expressão utilizada pelos
chamados batistas particulares)

Definitivamente, tenho certa dificuldade em entender/pontuar a graça
como uma pessoa, ela é manifestação/ação do Espírito Santo de Deus (este
é uma pessoa), mas em si mesmo a graça é um ato, um favor, uma dádiva,
não uma pessoa, age livremente, manifesta-se livremente, mas não podemos
dizer “soberanamente”, não porque não o seja, mas porque soberania é
atribuída a pessoas, isto é, a quem tem personalidade. E mesmo a ação da
pessoa do “soberano” Espírito Santo pode ser resistida, tal definição
“graça soberana” induz o leitor a erro. Em último caso, a não ser que a
intenção de seus defensores, qual seja o significado, que a graça é uma
“ação soberana” de Deus, isto, sim, seria correto afirmar a respeito. O
problema de uma “eleição incondicional” é que ela simplesmente
condiciona a Livre Graça de Deus à indivíduos pré-selecionados à
recebê-la.

“Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós
sempre resistis ao Espírito Santo; como o fizeram os vossos pais, assim
também vós.” At 7.51


Vede, irmãos, que nunca se ache em qualquer de vós um
perverso coração de incredulidade, para se apartar do Deus vivo; antes
exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama
Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado; porque
nos temos tornado participantes de Cristo, se é que guardamos firme até o
fim a nossa confiança inicial;” Hb 3.12-14


E nós, cooperando com ele, também vos exortamos a que não
recebais a graça de Deus em vão; (porque diz: No tempo aceitável te
escutei e no dia da salvação te socorri; eis aqui agora o tempo
aceitável, eis aqui agora o dia da salvação);” 2 Co 6.1


Entre os teólogos Arminianos, destacamos James Arminius e John Wesley.

Para Armínio e os remonstrantes (líderes Holandeses que se opuseram ao calvinismo) o destaque é o conceito de “Graça preveniente.” (comentado mais adiante)

Para John Wesley a Graça poderia ser entendida, em
partes, pelo campo de ação do Espírito Santo na vida do homem, divida
em: “Graça preveniente”, “conservadora”, “justificadora’,
“santificadora” e a “glorificadora”. Queríamos poder tratar de cada uma
delas, mas neste artigo não será possível. O destaque entre os
arminianos é o ponto comum (entre todos) “Graça preveniente”, e esta
comentaremos.

O conceito de graça preveniente

Graça Preveniente

“Preveniente significa “anterior,” e a expressão graça
preveniente se refere à obra executada por Deus no coração dos homens —
imerecida do lado humano — anterior a salvação, que encaminha as pessoas
em direção a este objetivo por intermédio de Cristo.

Paulo fala a este respeito em Tito: “Porque a graça de Deus se há
manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (2.11). Ele acrescenta
em 2 Corintios 8.9: Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus
Cristo, que, sendo rico, por amor de vos se fez pobre, para que, pela
sua pobreza, enriquecêsseis.


Esta graça também e vista no fato de que “a benignidade de Deus te
leva ao arrependimento” (Rm 2.4). Dessa forma, a graça preveniente e a
graça de Deus exercida em nosso lugar mesmo antes dele nos conceder a
salvação.”
(Norman Geisler, Teologia sistemática, v 2, pg 197)

Artigos 1º e 2º dos remonstrantes holandeses.

“Que Deus, por um eterno e imutável plano em Jesus Cristo, seu
Filho, antes que fossem postos os fundamentos do mundo, determinou
salvar, de entre a raça humana que tinha caído no pecado – em Cristo,
por causa de Cristo e através de Cristo – aqueles que, pela graça do
Santo Espírito, crerem neste seu Filho e que, pela mesma graça,
perseverarem na mesma fé e obediência de fé até o fim; e, por outro
lado, deixar sob o pecado e a ira os costumazes e descrentes,
condenando-os como alheios a Cristo, segundo a palavra do Evangelho de
Jo 3.36 e outras passagens da Escritura.”


“Que, em concordância com isso, Jesus Cristo, o Salvador do mundo,
morreu por todos e cada um dos homens, de modo que obteve para todos,
por sua morte na cruz, reconciliação e remissão dos pecados; contudo, de
tal modo que ninguém é participante desta remissão senão os crentes.”
(fonte: www.arminianismo.com)

Armínio “Essa Graça (…) antecede, acompanha e
segue; ela nos desperta, assiste, opera para que queiramos o bem,
coopera para que não o queiramos em vão. Ela afasta as tentações, ajuda e
oferece socorro em meio às tentações, sustenta o homem contra a carne, o
mundo e Satanás, e nessa grande luta concede a satisfação da vitória.
(…) A graça é o princípio da Salvação; é o que a promove, aperfeiçoa e
consuma. Confesso que a mente (…) do homem natural e carnal é obscura e
escura, que suas afeições são corruptas e imoderadas, que sua vontade é
obstinada e desobediente e que o próprio homem está morto em pecados.”
(Citado por R. Olson, em História da Teologia Cristã, pg 481)


Ao contrário do que se pensa a origem da doutrina da “Graça
preveniente” é anterior a James Arminius, ela, segundo (Heber de Campos e
o Wikipédia, tem origem em Agostinho de Hipona. (Agostinho (354-430)
usou o termo em sua luta contra Pelágio (354-418), em sua obra A Natureza e a Graça, 35. Ver também: BETTENSON, Henry. The later Christian fathers.
London: Oxford University Press, 1970, p. 204-205.) Além de podermos
notar a presença do conceito em alguns movimentos como dos anabatistas
especialmente em seus líderes, Baltasar Hubmair e Menno Simons, por
ocasião da reforma protestante do século XVI.

Alguns textos bíblicos relacionados à graça preveniente.

De longe o Senhor me apareceu, dizendo: Pois que com amor eterno te amei, também com benignidade te atraí. “ Jr 31.3

“Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” Lc 19.10

Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.” Jo 6.44

“Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me
separou, e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim, para que
eu o pregasse entre os gentios, não consultei carne e sangue…” Gl
1.15-16


“Nós o amamos, porque ele nos amou primeiro.” I Jo 4.19

Pois bem, em suma a “Graça preveniente” é aquela que precede, antecede, é literalmente ”a graça que vem antes”.

Eu fico muito feliz em ver a clareza destes homens usados por Deus
(Agostinho, Armínio e Wesley) ao falar da graça que antecede, isto
porque não vejo como a graça de Deus não ser preveniente, desta forma
não haveria melhor definição para a iniciativa salvífica de Deus para o
homem, isto deixando claro que a bondade, o favor de Deus vem primeiro,
antes de qualquer iniciativa humana.

A graça de Deus é sempre preveniente, ela nunca é conseqüente, é
favor imerecido, do contrário não seria graça, mas prêmio, é um ato
livre do criador em direção a humanidade, é a escolha (livre) de Deus de
salvar homens pecadores, antes de qualquer mal ou bem que fizessem, de
obras, antes de súplicas, mas pela manifestação desta graça, isto é, do
favor de Deus exposto, manifesto, e convidando aos homens ao
arrependimento pela pregação do evangelho.

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de
verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.” Jo
1.14


Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam;” At 17.30

“Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus
para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do
grego.” Rm 1.16


A oferta de Deus, a escolha livre de Deus em ser bom para com o
homem, em dar dádivas, vida, é anterior a qualquer anseio humano, é
anterior, inclusive, a própria existência. A Graça de Deus, a redenção,
dada aos homens é preveniente, não espera o querer de indivíduos, sua
aceitação ou não, mas é de Graça oferecida remissão pelo sangue do
sacrifício do Cordeiro, do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo
(Jo 1.29).

“Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e
a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o
calcanhar.” Gn 3.15


“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que
julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” Jo 3.16-17


O sacrifício e a redenção é um presente que não merecemos, não
fizemos nada por merecê-lo, não temos parte em sua perfeição, em sua
bondade manifesta, podemos apenas ser tocados por ela, alcançados,
amados.

E por que o homem carece de graça (preveniente)?

Isto esta relacionado ao estado pecaminoso do homem sem Deus, de
corrupção da natureza humana, teologicamente chamada de “Depravação
Total”. Wesley nos ajuda a entender (comentando sobre a queda de Adão):

“A liberdade acabou com a virtude; em vez de estar no comando do
mestre indulgente, está sob o comando de um tirano impiedoso. O sujeito
da virtude torna-se escravo da depravação. Não foi de boa vontade que a
criatura obedeceu à vaidade, e, agora, a regra é por necessidade; o
cetro do outro foi trocado por uma barra de ferro. Antes, os laços de
amor, na verdade, atraíam a criatura para o céu; contudo, se ela
quisesse, poderia se arremeter para a terra. Mas, agora, ela está tão
presa à terra que não consegue nem mesmo levantar os olhos para o céu.”
(Kenneth J. Collins, Teologia de John Wesley, pg 88-9)


“Nós, por natureza, não temos conhecimento de Deus, não temos
familiaridade com Ele.“ “E sem o conhecimento, não podemos amar a Deus;
(pois) não podemos amar a quem não conhecemos.” (Ibid, pg 95-6)


Wesley era um ferrenho defensor do conceito clássico de “depravação
total”, a ponto de dizer a despeito de tal conceito a conseqüência seria
a perversão da fé, o engodo da realidade (morto espiritualmente)
impossibilitando um genuíno arrependimento.

Os opositores de Wesley sempre confundem, ou misturam, penso que
propositadamente, os conceitos de graça comum e graça preveniente, isto
porque, para Wesley esta é dada a todos os homens (Jo 1.9), a semelhança
da graça comum, já comentada.

Atribuem, os seus opositores, à tese de Graça ingênita, que vem do
homem, com base nas seguintes declarações feitas por Wesley, vejamos:

“Todos, em alguma medida, têm aquela luz, algum tímido raio
reluzente que, cedo ou tarde, mais ou menos, ilumina a todos os homens
que vêm ao mundo”…


“Todo homem tem, em maior ou menor medida, essa graça que não espera
pelo chamado do homem” “totalmente livre a quem é concedida”. (citado
por Collins, em teologia de John Wesley, pg 101)

Na verdade, o termo “ingênita” é propositalmente inserido a teologia
de Wesley a fim de lhe atribuir um suposto semi-pelagianismo (conceito
que afirma que o homem pode ir sozinho, sem auxilio de Graça, e por si
mesmo, a Deus), mas o que percebemos que a “Graça preveniente”, é
concedida, isto é, não está no homem, vem de Deus. Não passam de falsas
acusações tentando desmerecer tão brilhante legado deixado pelo fundador
do metodismo.

Sobre a prevenção da bondade divina. Perguntamos:

Quem clamou por redenção de pecados? Adão, Eva? Quem escolheu o
sacrifício que redime o homem? Quem escolheu a forma (pela pregação,
mediante a fé)?

Quem nos deu as promessas (a começar de Gn 3.15)?

Ou quem Lhe deu primeiro a Ele, para que lhe seja recompensado ? Rm 11.35

Quem é merecedor da Graça de Deus, do favor de Deus?

Quem pode impedi-Lo de ser gracioso, bondoso, com quem quiser?

Quem pode dizer “salva a este e deixa aquele”, este é justo e aquele injusto?

Quem pode salvar-se a si mesmo?

A graça, o favor de Deus, sempre antecede as intenções humanas, esta é a nossa conclusão.

A Graça, como favor de Deus dispensado aos homens, é sempre preveniente.

Que a Graça e a Paz de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco.

“Nós o amamos, porque ele nos amou primeiro.” I Jo 4.19

“No início, antes deste nosso tempo e antes deste nosso espaço,
antes da criação e, portanto antes de uma realidade distinta de Deus, e
objeto de seu amor, antes que ela pudesse ser o palco das ações de sua
liberdade, Deus antecipou em si mesmo (no poder de seu amor e liberdade,
seu conhecimento e seu querer), já determinou como o alvo e o sentido
de todo o seu agir com o mundo que ainda não existia: em seu Filho ser
gracioso ao ser humano, pois ele queria se comprometer com ele. No
início era a eleição do Pai, tornar verdade esta aliança com o ser
humano, a quem entregou o seu Filho, para ele próprio se tornar um ser
humano para a consumação de sua graça. No início era a eleição do Filho,
para ser obediente à graça e entregar-se a si mesmo e tornar-se um ser
humano, para que aquela aliança tenha sua realidade. No início era a
resolução do Espírito Santo, para que a unidade de Deus, a unidade do
Pai e do Filho por intermédio dessa aliança com o seres humanos não seja
destruída, muito menos rasgada, muito mais seja mais gloriosa, para que
a divindade de Deus, a divindade de sua liberdade e seu amor justamente
nessa entrega do Filho se deva confirmar e comprovar. Essa aliança era
no início.”




”E como sujeito e objeto dessa eleição estava Jesus Cristo no
início. Ele não estava no início de Deus: Deus não tem início algum. Mas
ele estava no início de todas as coisas, no início de todo agir de Deus
com a realidade que lhe é distinta. Jesus Cristo era a eleição de Deus
em relação a esta realidade. Ele era a eleição da graça de Deus
dispensada ao ser humano. Ele era a eleição da aliança de Deus com o ser
humano..” (Wikipedia, teologia de Karl Barth)







Autor





A Graça de Deus Flavyo-henrique
Flávyo Henrique


Pastor, evangelista, formado em
Gestão Pública, estudante de pós-graduação na área de Administração
Pública, Chefe de Cartório Eleitoral.

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