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Estudos - Avivamento, Um Retorno aos princípios Bíblicos
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Estudos - Avivamento, Um Retorno aos princípios Bíblicos
Estudos - Avivamento, Um Retorno aos princípios Bíblicos
Avivamento, Um Retorno aos princípios Bíblicos
Pr. Helio Cordeiro Volotão
AVIVAMENTO, UM RETORNO AOS PRINCÍPIOS BÍBLICOS
Avivamento. Este é um assunto um tanto controvertido. Cada igreja ou cada denominação entende de uma maneira. A maioria delas entende como uma fuga. Fuga da Bíblia e dos seus princípios bíblicos e doutrinários legados por Jesus, seus apóstolos e seus verdadeiros discípulos através dos séculos. Abandonam a Bíblia e dizem ter recebido outra revelação e, conseqüentemente, outra doutrina e enganam multidões. Para nós, os Batistas, o verdadeiro avivamento é um retorno ao primeiro amor. Um retorno aos princípios bíblicos e doutrinários como aceitos, cridos e proclamados por nós desde a era apostólica. Igrejas que dizem que estão experimentando um reavivamento e ao mesmo tempo pisam em nossa história, se isolam e atacam as demais igrejas batistas, se rebelam contra os líderes denominacionais, dividem igrejas, se apropriam, indevidamente, das propriedades denominacionais e ferem visivelmente os nossos princípios; creio que isto pode receber qualquer outro nome, menos avivamento. O verdadeiro avivamento é, portanto, retorno aos princípios bíblicos e doutrinários, imutáveis e fundamentados nas Sagradas Escrituras.
1 – Princípio do Senhorio de Cristo – O senhorio de Jesus Cristo na vida cristã do indivíduo e na vida da igreja é determinante para a nossa comunidade como igreja avivada. Jesus não é o único salvador, afirmam alguns. A negação da unicidade de Cristo na salvação e a unicidade da igreja como agência do Reino. Jesus está deixando de ser a exclusiva revelação de Deus ao homem, pois segundo dizem Deus também se manifestou na forma de Buda, Allah e outros. “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou” (Jo. 1: 14, 18); “Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fil. 2; 9 – 11).
2 – Princípio da Autoridade da Bíblia – Isso significa que apenas as Escrituras, que são os registros escritos da auto-revelação de Deus aos homens, possuem autoridade suficiente para guiar o indivíduo na sua crença e no seu comportamento. O verdadeiro avivamento não lança as igrejas no vazio doutrinário, mas trás-nas de volta para a doutrina cristalina fundamentada nas Sagradas Letras. A Superficialidade e o experiencialismo - Hoje em dia a experiência pessoal e mística está sendo colocada em um nível mais elevado que as Sagradas Escrituras. Rejeição ao conhecimento doutrinário, ausência de identidade e fidelidade denominacional (migrantes eclesiásticos). É mais fácil dizer “sou evangélico”, do que dizer “sou crente batista”. “Ninguém vos domine a seu bel prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão” (Cl. 2: 18);
3 – O Princípio da igreja como comunidade local, democrática e autônoma – A Eclesiologia Batista fundamenta sua prática eclesiástica no conceito de igreja local porque é nela que o crente serve a Deus, ao próximo e a sua comunidade. Foi por meio da igreja local que os crentes primitivos “perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At. 2:42). Foi na igreja local que os crentes primitivos exerceram o seu direito de voz e voto. Infelizmente, em nossos dias muitos pastores e líderes estão transformando o governo das Igrejas Batistas, que até então foi democrático, em governo oligárquico, onde assuntos de grande relevância para o progresso das igrejas e da denominação, que deveriam ser discutidos amplamente pela igreja em assembléia, são barrados de forma arbitrária pelos seus líderes. Toda e qualquer comissão, seja ela transitória ou permanente, eleita ou nomeada; deve considerar todos os assuntos da sua competência e dar parecer à assembléia. O parecer deve ser favorável ou não e com as devidas justificativas. Os pareceres não podem ser dados ao Conselho Administrativo; pois este não tem poder de decisão. Em um governo eclesiástico democrático como é o das igrejas batistas, somente a igreja reunida em assembléia tem poder de decidir.
4 – Principio do sacerdócio universal dos crentes – É a possibilidade de todo o pecador dirigir-se ao seu Deus pessoalmente sem intermediários, exceto Jesus Cristo. “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (I Tm.2: 5). O crente e/ou a igreja que deseja alcançar o verdadeiro avivamento precisa intensificar as suas orações ao Pai por intermédio de Jesus Cristo. Não basta dizer simplesmente “em nome de Jesus, amém!”. Oração é, antes de tudo, comunhão com Deus por intermédio de Jesus Cristo e sob as orientações do Espírito Santo que intercede por nós com gemidos inexprimíveis. “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm. 8: 26)
5 – Princípio da igreja evangelística e missionária – Esse importante princípio também pode ser denominado “princípio bíblico da grande comissão”, com base em Mateus 28:18 – 20 e demais textos similares. O texto clássico sobre avivamento diz textualmente: “Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia” Hab. 3: 2). Destaco a frase “no meio dos anos faze-a conhecida”. A única maneira de fazer a obra do Senhor conhecida é através de evangelismo e missões. Não posso crer que uma igreja que diz ser avivada ou que esteja buscando um avivamento bíblico ao mesmo tempo não se envolva com evangelismo e missões. O Senhor Jesus disse “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas ...” At. 1: . Por esta razão estou convencido de que o principal sinal característico de uma igreja avivada é que esta igreja seja missionária. Uma igreja avivada não fica indiferente diante do clamor de Minas Gerais, com 394 cidades e centenas de distritos e vilarejos não alcançados, sem falar no Brasil e no mundo. Uma igreja avivada ou que esteja buscando um avivamento bíblico, certamente está orando com lágrimas por missões, fazendo com o mesmo entusiasmo todas as campanhas missionárias e, além disso, evangelizando as cidades e os distritos mais próximos.
6 – Princípio da Cooperação – Outro texto que faz parte da Grande Comissão é Atos1: 8, que a meu ver, está sendo interpretado do ponto de vista da individualidade, característica anti-bíblica bem marcante no mundo dito posmoderno e não do ponto de vista bíblico da cooperatividade. Assim está registrado: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samária, e até aos confins da terra”. Muitos estão interpretando este texto de forma arbitrária, dizendo que a ordem do mestre seria testemunhar primeiramente em Jerusalém, depois em toda Judéia e assim por diante. Entendendo que Jerusalém pode ser uma cidade fictícia onde se localiza uma igreja local, e que nesta cidade ainda existem muitas pessoas carentes de salvação, concluem eles: quando concluirmos o trabalho em “nossa Jerusalém” passaremos então para toda Judéia, Samária e confins da terra. A Escritura não é de particular interpretação (II Pd. 1: 20). Na expressão encontrada no texto “tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samária, e até aos confins da terra”, de acordo com a gramática da língua portuguesa, temos uma conjunção subordinativa comparativa. Isso significa colocar coisas, pessoas, cidades e etc. no mesmo nível. No texto em apreço o que Jesus disse foi que Jerusalém, toda a Judéia, Samária e confins da terra eram iguais no quesito prioridades missionárias e que as igrejas deveriam testemunhar simultaneamente em todos estes lugares. Não temos no texto um numeral ordinal, ou seja: em primeiro lugar Jerusalém, em segundo lugar toda Judéia, em terceiro lugar Samária e em quarto lugar os confins da terra. Conheço muitas igrejas, pastores e líderes que têm arrumado muitos pretextos para fugir do princípio bíblico da cooperação, inclusive interpretando e ensinando erradamente a Bíblia como mencionado acima.
A obra de Deus no mundo é realizada pelo sistema de cooperação, resultante da reunião de pessoas e entidades que, movidas pelo mesmo propósito, se dispõem a conjugar esforços tendo em vista à colimação de objetivos comuns.
Acredito que um dos grandes problemas dos Batistas na atualidade é a falta de compreensão do termo “Autonomia da Igreja Local”. A autonomia administrativa das Igrejas Batistas não as isenta de honrar os compromissos assumidos quando pediram ingresso na ABALEMA, na CBM e na CBB. Por esta e outras razões estou convicto de que nenhuma igreja denominacional, sendo ela batista ou não, tem autonomia ilimitada. Da mesma forma que um membro em potencial compromete-se em ser fiel ao Senhor Jesus e a doutrina, a ética e a disciplina da igreja da qual vai se tornar membro no momento da sua pública profissão de fé, assim também as igrejas batistas ao se tornarem membros das associações regionais, das convenções estaduais e da convenção nacional, assumem compromissos que estão fundamentados nas Sagradas Escrituras crendo que o documento intitulado Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira é fiel na interpretação da mesma e nos Estatutos destas instituições. Entende-se que estes compromissos precisam ser honrados enquanto as igrejas estiverem associadas a estas instituições. A Bíblia nos recomenda que não devemos ser “infiéis nos contratos” (Rm. 1:31).
Quando olhamos para a grandeza e os desafios do estado de Minas Gerais com 394 cidades não alcançadas e mais de 250 igrejas com menos de 50 membros e carentes de revitalização e pastores que ganham pouco mais de um salário mínimo, e, ao mesmo tempo, percebemos a indiferença de muitas igrejas associadas à CBM e a ABALEMA, que não participam das atividades denominacionais, do Plano Cooperativo (10%), do Sustento da ABALEMA (2%) e de Missões Estaduais, concluímos que realmente as nossas igrejas precisam de um avivamento espiritual urgentemente; porque uma das marcas de um verdadeiro avivamento é a pratica do princípio da Cooperação. “E disse eu aos nobres, aos magistrados e ao restante do povo: Grande e extensa é a obra, e nós estamos apartados do muro, longe uns dos outros. No lugar onde ouvirdes o som da buzina, ali vos ajuntareis conosco; o nosso Deus pelejará por nós” (Neemias 4: 19 e 20).
Pr. Helio Cordeiro Volotão
Coordenador da Associação das Igrejas Batistas Leste da Mata
E-mail: pastorheliovolotao@hotmail.com
pastorheliovolotao@oi.com.br
Tel. 33 3332.3522 / 9981.4505
Avivamento, Um Retorno aos princípios Bíblicos
Pr. Helio Cordeiro Volotão
AVIVAMENTO, UM RETORNO AOS PRINCÍPIOS BÍBLICOS
Avivamento. Este é um assunto um tanto controvertido. Cada igreja ou cada denominação entende de uma maneira. A maioria delas entende como uma fuga. Fuga da Bíblia e dos seus princípios bíblicos e doutrinários legados por Jesus, seus apóstolos e seus verdadeiros discípulos através dos séculos. Abandonam a Bíblia e dizem ter recebido outra revelação e, conseqüentemente, outra doutrina e enganam multidões. Para nós, os Batistas, o verdadeiro avivamento é um retorno ao primeiro amor. Um retorno aos princípios bíblicos e doutrinários como aceitos, cridos e proclamados por nós desde a era apostólica. Igrejas que dizem que estão experimentando um reavivamento e ao mesmo tempo pisam em nossa história, se isolam e atacam as demais igrejas batistas, se rebelam contra os líderes denominacionais, dividem igrejas, se apropriam, indevidamente, das propriedades denominacionais e ferem visivelmente os nossos princípios; creio que isto pode receber qualquer outro nome, menos avivamento. O verdadeiro avivamento é, portanto, retorno aos princípios bíblicos e doutrinários, imutáveis e fundamentados nas Sagradas Escrituras.
1 – Princípio do Senhorio de Cristo – O senhorio de Jesus Cristo na vida cristã do indivíduo e na vida da igreja é determinante para a nossa comunidade como igreja avivada. Jesus não é o único salvador, afirmam alguns. A negação da unicidade de Cristo na salvação e a unicidade da igreja como agência do Reino. Jesus está deixando de ser a exclusiva revelação de Deus ao homem, pois segundo dizem Deus também se manifestou na forma de Buda, Allah e outros. “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou” (Jo. 1: 14, 18); “Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fil. 2; 9 – 11).
2 – Princípio da Autoridade da Bíblia – Isso significa que apenas as Escrituras, que são os registros escritos da auto-revelação de Deus aos homens, possuem autoridade suficiente para guiar o indivíduo na sua crença e no seu comportamento. O verdadeiro avivamento não lança as igrejas no vazio doutrinário, mas trás-nas de volta para a doutrina cristalina fundamentada nas Sagradas Letras. A Superficialidade e o experiencialismo - Hoje em dia a experiência pessoal e mística está sendo colocada em um nível mais elevado que as Sagradas Escrituras. Rejeição ao conhecimento doutrinário, ausência de identidade e fidelidade denominacional (migrantes eclesiásticos). É mais fácil dizer “sou evangélico”, do que dizer “sou crente batista”. “Ninguém vos domine a seu bel prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão” (Cl. 2: 18);
3 – O Princípio da igreja como comunidade local, democrática e autônoma – A Eclesiologia Batista fundamenta sua prática eclesiástica no conceito de igreja local porque é nela que o crente serve a Deus, ao próximo e a sua comunidade. Foi por meio da igreja local que os crentes primitivos “perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At. 2:42). Foi na igreja local que os crentes primitivos exerceram o seu direito de voz e voto. Infelizmente, em nossos dias muitos pastores e líderes estão transformando o governo das Igrejas Batistas, que até então foi democrático, em governo oligárquico, onde assuntos de grande relevância para o progresso das igrejas e da denominação, que deveriam ser discutidos amplamente pela igreja em assembléia, são barrados de forma arbitrária pelos seus líderes. Toda e qualquer comissão, seja ela transitória ou permanente, eleita ou nomeada; deve considerar todos os assuntos da sua competência e dar parecer à assembléia. O parecer deve ser favorável ou não e com as devidas justificativas. Os pareceres não podem ser dados ao Conselho Administrativo; pois este não tem poder de decisão. Em um governo eclesiástico democrático como é o das igrejas batistas, somente a igreja reunida em assembléia tem poder de decidir.
4 – Principio do sacerdócio universal dos crentes – É a possibilidade de todo o pecador dirigir-se ao seu Deus pessoalmente sem intermediários, exceto Jesus Cristo. “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (I Tm.2: 5). O crente e/ou a igreja que deseja alcançar o verdadeiro avivamento precisa intensificar as suas orações ao Pai por intermédio de Jesus Cristo. Não basta dizer simplesmente “em nome de Jesus, amém!”. Oração é, antes de tudo, comunhão com Deus por intermédio de Jesus Cristo e sob as orientações do Espírito Santo que intercede por nós com gemidos inexprimíveis. “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm. 8: 26)
5 – Princípio da igreja evangelística e missionária – Esse importante princípio também pode ser denominado “princípio bíblico da grande comissão”, com base em Mateus 28:18 – 20 e demais textos similares. O texto clássico sobre avivamento diz textualmente: “Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia” Hab. 3: 2). Destaco a frase “no meio dos anos faze-a conhecida”. A única maneira de fazer a obra do Senhor conhecida é através de evangelismo e missões. Não posso crer que uma igreja que diz ser avivada ou que esteja buscando um avivamento bíblico ao mesmo tempo não se envolva com evangelismo e missões. O Senhor Jesus disse “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas ...” At. 1: . Por esta razão estou convencido de que o principal sinal característico de uma igreja avivada é que esta igreja seja missionária. Uma igreja avivada não fica indiferente diante do clamor de Minas Gerais, com 394 cidades e centenas de distritos e vilarejos não alcançados, sem falar no Brasil e no mundo. Uma igreja avivada ou que esteja buscando um avivamento bíblico, certamente está orando com lágrimas por missões, fazendo com o mesmo entusiasmo todas as campanhas missionárias e, além disso, evangelizando as cidades e os distritos mais próximos.
6 – Princípio da Cooperação – Outro texto que faz parte da Grande Comissão é Atos1: 8, que a meu ver, está sendo interpretado do ponto de vista da individualidade, característica anti-bíblica bem marcante no mundo dito posmoderno e não do ponto de vista bíblico da cooperatividade. Assim está registrado: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samária, e até aos confins da terra”. Muitos estão interpretando este texto de forma arbitrária, dizendo que a ordem do mestre seria testemunhar primeiramente em Jerusalém, depois em toda Judéia e assim por diante. Entendendo que Jerusalém pode ser uma cidade fictícia onde se localiza uma igreja local, e que nesta cidade ainda existem muitas pessoas carentes de salvação, concluem eles: quando concluirmos o trabalho em “nossa Jerusalém” passaremos então para toda Judéia, Samária e confins da terra. A Escritura não é de particular interpretação (II Pd. 1: 20). Na expressão encontrada no texto “tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samária, e até aos confins da terra”, de acordo com a gramática da língua portuguesa, temos uma conjunção subordinativa comparativa. Isso significa colocar coisas, pessoas, cidades e etc. no mesmo nível. No texto em apreço o que Jesus disse foi que Jerusalém, toda a Judéia, Samária e confins da terra eram iguais no quesito prioridades missionárias e que as igrejas deveriam testemunhar simultaneamente em todos estes lugares. Não temos no texto um numeral ordinal, ou seja: em primeiro lugar Jerusalém, em segundo lugar toda Judéia, em terceiro lugar Samária e em quarto lugar os confins da terra. Conheço muitas igrejas, pastores e líderes que têm arrumado muitos pretextos para fugir do princípio bíblico da cooperação, inclusive interpretando e ensinando erradamente a Bíblia como mencionado acima.
A obra de Deus no mundo é realizada pelo sistema de cooperação, resultante da reunião de pessoas e entidades que, movidas pelo mesmo propósito, se dispõem a conjugar esforços tendo em vista à colimação de objetivos comuns.
Acredito que um dos grandes problemas dos Batistas na atualidade é a falta de compreensão do termo “Autonomia da Igreja Local”. A autonomia administrativa das Igrejas Batistas não as isenta de honrar os compromissos assumidos quando pediram ingresso na ABALEMA, na CBM e na CBB. Por esta e outras razões estou convicto de que nenhuma igreja denominacional, sendo ela batista ou não, tem autonomia ilimitada. Da mesma forma que um membro em potencial compromete-se em ser fiel ao Senhor Jesus e a doutrina, a ética e a disciplina da igreja da qual vai se tornar membro no momento da sua pública profissão de fé, assim também as igrejas batistas ao se tornarem membros das associações regionais, das convenções estaduais e da convenção nacional, assumem compromissos que estão fundamentados nas Sagradas Escrituras crendo que o documento intitulado Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira é fiel na interpretação da mesma e nos Estatutos destas instituições. Entende-se que estes compromissos precisam ser honrados enquanto as igrejas estiverem associadas a estas instituições. A Bíblia nos recomenda que não devemos ser “infiéis nos contratos” (Rm. 1:31).
Quando olhamos para a grandeza e os desafios do estado de Minas Gerais com 394 cidades não alcançadas e mais de 250 igrejas com menos de 50 membros e carentes de revitalização e pastores que ganham pouco mais de um salário mínimo, e, ao mesmo tempo, percebemos a indiferença de muitas igrejas associadas à CBM e a ABALEMA, que não participam das atividades denominacionais, do Plano Cooperativo (10%), do Sustento da ABALEMA (2%) e de Missões Estaduais, concluímos que realmente as nossas igrejas precisam de um avivamento espiritual urgentemente; porque uma das marcas de um verdadeiro avivamento é a pratica do princípio da Cooperação. “E disse eu aos nobres, aos magistrados e ao restante do povo: Grande e extensa é a obra, e nós estamos apartados do muro, longe uns dos outros. No lugar onde ouvirdes o som da buzina, ali vos ajuntareis conosco; o nosso Deus pelejará por nós” (Neemias 4: 19 e 20).
Pr. Helio Cordeiro Volotão
Coordenador da Associação das Igrejas Batistas Leste da Mata
E-mail: pastorheliovolotao@hotmail.com
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