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Devemos praticar boas obras, não para sermos salvos, mas porque somos salvos.
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NAS PEGADAS DO MESTRE JESUS :: Os que Renunciaram O Ministério a favor da CCB a favor :: RENATO Noticias evangélicas..clic aqui
Página 1 de 1
Devemos praticar boas obras, não para sermos salvos, mas porque somos salvos.
Devemos praticar boas obras, não para sermos salvos, mas porque
somos salvos.
"Porque, assim como o corpo sem o
espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta" (Tg 2.26).
Segundo os ensinos de Paulo, inicialmente quem
justifica o homem é Deus, através de seus meios, a saber: a graça, o sangue e
a ressurreição de Cristo. Portanto, o pecador é justificado pela fé na obra
redentora de Cristo (Rm 3.23,24). Na abordagem de Tiago, as obras, conseqüências
da fé, servem para evidenciar o processo de justificação do homem. Ou seja,
destacar o aspecto visível. A fé coopera com as obras e estas aperfeiçoam a fé
(v.24):
Há quem veja, nas Escrituras, um provável conflito
entre os escritos de Paulo e os de Tiago, com relação à justificação - se
somente pela fé ou também pelas obras. Como veremos no estudo desta lição, a
Bíblia não tem discrepâncias. As possíveis divergências são aparentes, e se
desfazem sob o estudo cuidadoso dos textos.
Conceitos de fé e obras
1. A fé. A palavra fé ocorre 244 vezes no Novo Testamento.
Pode ser vista com diversos significados: fé comum aos que crêem
(Mc 16.17, 18); fé como
fruto do Espírito (Gl 5.22); fé como dom, outorgada pelo Espírito Santo (1 Co 12.9a); fé como meio para a salvação
(ou fé salvífica), conforme Rm 5.1, que é o sentido pelo qual o termo é estudado
na epístola de Tiago.
2. As obras. No sentido comum, obras são realizações,
execuções, ações, procedimentos, atuações, humanas. No sentido bíblico, temos
acepções como "as obras de Deus", que indicam aquilo que foi e continua
sendo feito por Deus (ler Jo 1.3; 5.17;C11.16; Hb
1.2); "obras da carne", (Gl 5.19-21); e "obras da lei" (Rm
3.20), as quais, no sentido da lição em estudo, tratam-se de obras humanas como
meio de salvação, como práticas religiosas, orações, penitência, sacrifícios,
flagelações, privações, enclausuramento, filantropia,
doações, etc.
O relacionamento entre a fé e as obras
1. No Antigo Testamento. Na velha aliança, as obras
exteriores tinham um valor fundamental.
a) O tropeço na lei. Tiago diz que "qualquer que
guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos"
(Tg 2.10).
b) Os sacrifícios. O livro de Levítico dá-nos uma
idéia de como Jeová queria que seu povo se relacionasse com Ele. Deus exigia
santidade do Seu povo (Lv 20.26). Por isso, dele eram exigidos sacrifícios os
mais diversos, os quais eram obras que apontavam para Cristo, como "sombra
dos bens futuros" (Hb 10.1).
2. No Novo Testamento. Para entendermos melhor o
assunto, precisamos lembrar que a justificação não é elemento isolado da
salvação. Ela se integra com a regeneração, a santificação
e, no futuro, à glorificação.
2.1 A abordagem de Paulo.
a) A justificação de Abraão. Paulo não aceita o valor
das obras da lei para a justificação do homem. Em Rm 4.1-5, ele diz que mesmo
Abraão foi justificado pela fé, sendo-lhe isso imputado como justiça (ler Gl
3.7,.
b) O desvalor das obras da
lei. O apóstolo, considerando que todos estão debaixo do pecado (Rm 3.9),
ressalta que "não há quem faça o bem, não há nenhum só" (Rm 3. 12b). "Por isso, nenhuma carne será justificada
diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do
pecado" (Rm 3.20).
c) A maldição da lei. Paulo afirma claramente que,
quanto à salvação pela fé em Cristo, "aqueles, pois, que são das obras da
lei estão debaixo da maldição" (Gl 3.10a), visto que a lei considera
maldito todos os que não permanecem "em todas as coisas que estão escritas
no livro da lei, para fazê-las". "Porque a letra (as exigências da lei)
mata, e o Espírito vivifica"(2 Co 3.6).
d) A lei serviu de aio. O apóstolo diz que a lei serviu para "nos conduzir a
Cristo, para que pela fé fôssemos justificados" (Gl 3.24), e conclui:
"Mas, depois que a fé veio, já não estamos
debaixo de aio" (Gl 3.25).
e) A
justificação é somente pela fé. A Palavra afirma ainda como doutrina
que "o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo",
"para sermos justificados pela fé de Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei
nenhuma carne será justificada" (Gl 2.16). Vide Gl 5.3,4 e Rm 5.1.
2.2 A abordagem de Tiago.
A) A fé sem as obras pode salvar? Tiago faz uma
pergunta incisiva: "Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem
fé e não tiver obras? Porventura, a fé pode salvá-lo?" (v. 14).
b) A fé sem as obras é morta (v.17). Após exemplificar
o caso de um irmão ou irmã necessitados, e despedidos por um crente, que os
manda ir em paz, sem, contudo, dar-lhes as coisas
necessárias, Tiago afirma categoricamente que "a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma".
c) A fé demonstrada pelas obras (v.18). Tiago desafia
alguém a mostrar a fé sem as obras e garante que pode mostrar a fé pelas
obras. Ele, como Paulo,
toma o exemplo de Abraão, destacando o aspecto visível da fé do
patriarca, quando ofereceu seu filho para ser imolado (v.21), acentuando que a fé cooperou com
as obras e estas aperfeiçoaram a fé, concluindo que "o homem é
justificado pelas obras e não somente pela fé" (v.24).
d) O exemplo de Raabe. Tiago diz que Raabe, a meretriz, que acolheu os
espias enviados por Josué, creu em Deus e foi justificada pelas obras. Ou seja:
pelo seu ato consciente de que estava acolhendo servos do Deus Altíssimo
(v.25).
A justificação pela fé e também pelas obras
1. A aparente discordância entre Romanos e Tiago.
Não há contradição sobre os ensinos da justificação
pela fé e também pelas obras, nos livros acima. Romanos trata da justificação do pecador,
do ponto de vista de Deus, e como um ato perante Ele; ao passo que Tiago trata
do mesmo assunto, do ponto de vista humano, e como um processo contínuo na vida
cristã, aqui no mundo. O salvo é cidadão do céu, mas também da Terra.
2. A aparente discordância explanada. Paulo no cap. 4 de
Romanos (e noutras partes desse livro) trata da doutrina fundamental da justificação
pela fé; justificação esta perante Deus, cuja lei o pecador, agora
arrependido e penitente, violara continuamente. Na salvação do pecador a
evocação de obras humanas é um ultraje a Deus. Tiago, porém, no cap. 2 do seu
livro, trata da mesma doutrina, mas de outro ângulo: o pecador
perante o mundo, isto é, o lado visível da justificação; aquilo que o próximo
pode ver no crente. O mundo não pode ver a fé, mas vê as obras, isto é,
a nova vida do crente em
Cristo. Portanto, o pecador é justificado pela fé somente, em
Cristo, na presença de Deus; mas perante os homens o pecador é justificado
pelas obras da luz vista, nele.
a) Paulo vê a
justificação inicial. Esta é ato meritório de Deus e não da justiça obtida pelas
obras da lei ou das obras humanas, quando o homem aceita, pela fé, Jesus Cristo como Salvador.
b) Tiago vê a
justificação progressiva. É a justificação sob o ponto de vista das
evidências através das obras da fé, ou seja, as conseqüências da fé. O que, em última análise,
irmana-se à santificação, que é o aspecto da salvação em processo. Isso
porque uma fé sem evidências é uma fé morta. Não é a fé salvífica, pois esta não pode ser
estéril.
c) As causas da justificação. Não é a fé inconseqüente
nem as obras da lei que justificam o homem. Este é justificado, da parte de
Deus:
1) Pela graça: "Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua
graça, pela redenção que há em
Cristo Jesus" (Rm 3.23,24);
2) Pelo sangue de Cristo (Rm 5.9); e
3) Pela ressurreição de Cristo (Rm 4.25).
d) O meio da justificação. Aqui, sim, entra o papel da fé. Ela não é
causa nem é fim. É meio entre a graça e a justificação. E a Bíblia nos dá luz
sobre isso, quando diz: "Pela graça sois salvos, por meio da fé..."
(Ef 2..
e) O resultado precípuo da fé. Em Rm 5.1, lemos:
"Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor
Jesus Cristo". É o mesmo que dizer: justificados por meio da fé. A
justificação faz parte da salvação. Esta vem da graça, mediante a fé,
resultando na "paz com Deus" por intermédio de Jesus Cristo.
f) As evidências da justificação. Nesse ponto, a
Bíblia declara no cap. 2 de Tiago que "a fé se não tiver as obras é morta
em si mesma" (v.17). Isto
não é uma contradição entre os sacros escritos de Paulo e Tiago, pois ambos
foram inspirados pelo mesmo Espírito. É que Tiago aborda a justificação
sob o ângulo dos efeitos, das evidências, na vida do crente fiel, enquanto
Paulo vê o assunto sob o ângulo das causas da justificação como ato perante
Deus.
g) Paulo também salienta as obras do salvo. Sim! Após
dizer que a salvação não vem das obras (como causa), ele assevera que Deus nos
fez, "criados em
Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para
que andássemos nelas" (Ef 2.10). As obras dos salvos são tão importantes,
que Paulo diz que Deus "recompensará cada um segundo as suas obras".
Ele dará "vida eterna, aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória,
honra e incorrupção" (Rm 2.6,7), mas "indignação e ira" aos
desobedientes, e "tribulação e angústia sobre toda alma do homem
que faz o mal" (Rm 2.8,9).
Considerações finais sobre a fé e as obras:
1)
A fé puramente intelectual não é a fé salvífica;
2)
A fé salvadora é, também, fé servidora;
3)
As obras aperfeiçoam a fé (Tg 2.22);
4)
As obras justificam a fé (Tg 1.21);
5)
A fé sem as obras (do salvo) é morta (Tg 2.17) e as obras (da lei, dos atos
humanos, da carne - Gl 5.19; 2 Tm 1.9) sem a fé, são
mortas; e
6)
A fé salvífica tem que andar juntamente com as obras do salvo, demonstradas
pela obediência em "santificação, sem a qual ninguém
verá o Senhor (Hb 12.14).
"Não podemos, obviamente, exercer a fé salvífica
à parte da capacitação divina. Mas ensina a Bíblia que, quando cremos, estamos
simplesmente devolvendo o dom de Deus? Seria necessário, para protegermos o
ensino bíblico da salvação pela graça mediante a fé somente, insistir que a fé
não é realmente nossa, mas de Deus? Alguns citam determinados versículos como
evidências em favor de semelhante opinião. J.I. Packer
diz: 'Deus, portanto, é autor de toda a fé salvífica (Ef 2.8; Fp 1,29)'. H. C. Thiessen afirma que
há 'um lado divino dá fé, e um lado humano', e então declara: 'A fé é um dom de
Deus (Rm 12.3; 2 Pe 1.1) outorgado soberanamente pelo
Espírito de Deus (1 Co 12.9; cf. Gl 5.22). Paulo diz que todos os aspectos da
salvação são um dom de Deus (Ef 2., e por certo a fé esta incluída aí.
"É necessário; perguntar, no entanto: Inclinam
todas as referências citadas inequivocamente a fé
'salvífica? Parece que Romanos 12.3 e 1 Coríntios
12.9 não se referem a ela, e Gálatas 5.22 certamente não. A fé considerada
nesses versículos é a fé (ou fidelidade) demonstrada pelos crentes na
contínua experiência cristã. O versículo em Efésios desperta dúvidas, porque
'fé' é feminino e 'isso' é neutro (em grego). Normalmente, o pronome concorda
com o antecedente quanto ao seu gênero. Paulo quer dizer que a questão inteira de sermos salvos é
dádiva de Deus, ao invés de conquistarmos a salvação pelas nossas boas
obras. Louis Berkhof diz; 'A verdadeira fé;
salvífica é a que tem seu centro no coração e está arraigada na vida
regenerada'. Poderíamos olhar para aqueles versículos de modo diferente? Por
exemplo: 'A fé... é a resposta do homem. É Deus quem possibilita a fé, mas a fé
(o ato de crer) não é de
Deus, mas do homem'. A fé não é obra, mas sim a mão estendida que se
abre para aceitar a dádiva divina da salvação."
"Tiago objetiva seus ensinos contra os que na igreja
professavam fé em Cristo e na expiação pelo seu sangue, crendo que isso por si
só bastava para a salvação. Eles também achavam que não era essencial no
relacionamento com Cristo obedecer-lhe como Senhor. Tiago diz que semelhante
fé é morta e que não resultará em salvação, nem em qualquer outra coisa boa (vv.
14. 16, 20-24). O único tipo de fé que salva é 'a fé
que opera por caridade’ (Gl 5.6).
"Não devemos, por outro lado, pensar que mantemos
uma fé viva, exclusivamente por nossos próprios esforços! A graça de Deus, o
Espírito Santo que em nós habita e intercessão sacerdotal de Cristo (Hb 7.25)
operam em nossa vida, capacitando-nos a obedecer a Deus pela fé, do começo ao
fim (cf. Rm 1.17). Se deixarmos de ser receptivos à graça de
Deus e à direção do Espírito Santo, nossa fé sucumbirá."
Bibliografia De
Limahttp://www.ebdareiabranca.com/EpistolaTiago/tlicao06Ajuda02.htm
somos salvos.
"Porque, assim como o corpo sem o
espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta" (Tg 2.26).
Segundo os ensinos de Paulo, inicialmente quem
justifica o homem é Deus, através de seus meios, a saber: a graça, o sangue e
a ressurreição de Cristo. Portanto, o pecador é justificado pela fé na obra
redentora de Cristo (Rm 3.23,24). Na abordagem de Tiago, as obras, conseqüências
da fé, servem para evidenciar o processo de justificação do homem. Ou seja,
destacar o aspecto visível. A fé coopera com as obras e estas aperfeiçoam a fé
(v.24):
Há quem veja, nas Escrituras, um provável conflito
entre os escritos de Paulo e os de Tiago, com relação à justificação - se
somente pela fé ou também pelas obras. Como veremos no estudo desta lição, a
Bíblia não tem discrepâncias. As possíveis divergências são aparentes, e se
desfazem sob o estudo cuidadoso dos textos.
Conceitos de fé e obras
1. A fé. A palavra fé ocorre 244 vezes no Novo Testamento.
Pode ser vista com diversos significados: fé comum aos que crêem
(Mc 16.17, 18); fé como
fruto do Espírito (Gl 5.22); fé como dom, outorgada pelo Espírito Santo (1 Co 12.9a); fé como meio para a salvação
(ou fé salvífica), conforme Rm 5.1, que é o sentido pelo qual o termo é estudado
na epístola de Tiago.
2. As obras. No sentido comum, obras são realizações,
execuções, ações, procedimentos, atuações, humanas. No sentido bíblico, temos
acepções como "as obras de Deus", que indicam aquilo que foi e continua
sendo feito por Deus (ler Jo 1.3; 5.17;C11.16; Hb
1.2); "obras da carne", (Gl 5.19-21); e "obras da lei" (Rm
3.20), as quais, no sentido da lição em estudo, tratam-se de obras humanas como
meio de salvação, como práticas religiosas, orações, penitência, sacrifícios,
flagelações, privações, enclausuramento, filantropia,
doações, etc.
O relacionamento entre a fé e as obras
1. No Antigo Testamento. Na velha aliança, as obras
exteriores tinham um valor fundamental.
a) O tropeço na lei. Tiago diz que "qualquer que
guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos"
(Tg 2.10).
b) Os sacrifícios. O livro de Levítico dá-nos uma
idéia de como Jeová queria que seu povo se relacionasse com Ele. Deus exigia
santidade do Seu povo (Lv 20.26). Por isso, dele eram exigidos sacrifícios os
mais diversos, os quais eram obras que apontavam para Cristo, como "sombra
dos bens futuros" (Hb 10.1).
2. No Novo Testamento. Para entendermos melhor o
assunto, precisamos lembrar que a justificação não é elemento isolado da
salvação. Ela se integra com a regeneração, a santificação
e, no futuro, à glorificação.
2.1 A abordagem de Paulo.
a) A justificação de Abraão. Paulo não aceita o valor
das obras da lei para a justificação do homem. Em Rm 4.1-5, ele diz que mesmo
Abraão foi justificado pela fé, sendo-lhe isso imputado como justiça (ler Gl
3.7,.
b) O desvalor das obras da
lei. O apóstolo, considerando que todos estão debaixo do pecado (Rm 3.9),
ressalta que "não há quem faça o bem, não há nenhum só" (Rm 3. 12b). "Por isso, nenhuma carne será justificada
diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do
pecado" (Rm 3.20).
c) A maldição da lei. Paulo afirma claramente que,
quanto à salvação pela fé em Cristo, "aqueles, pois, que são das obras da
lei estão debaixo da maldição" (Gl 3.10a), visto que a lei considera
maldito todos os que não permanecem "em todas as coisas que estão escritas
no livro da lei, para fazê-las". "Porque a letra (as exigências da lei)
mata, e o Espírito vivifica"(2 Co 3.6).
d) A lei serviu de aio. O apóstolo diz que a lei serviu para "nos conduzir a
Cristo, para que pela fé fôssemos justificados" (Gl 3.24), e conclui:
"Mas, depois que a fé veio, já não estamos
debaixo de aio" (Gl 3.25).
e) A
justificação é somente pela fé. A Palavra afirma ainda como doutrina
que "o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo",
"para sermos justificados pela fé de Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei
nenhuma carne será justificada" (Gl 2.16). Vide Gl 5.3,4 e Rm 5.1.
2.2 A abordagem de Tiago.
A) A fé sem as obras pode salvar? Tiago faz uma
pergunta incisiva: "Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem
fé e não tiver obras? Porventura, a fé pode salvá-lo?" (v. 14).
b) A fé sem as obras é morta (v.17). Após exemplificar
o caso de um irmão ou irmã necessitados, e despedidos por um crente, que os
manda ir em paz, sem, contudo, dar-lhes as coisas
necessárias, Tiago afirma categoricamente que "a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma".
c) A fé demonstrada pelas obras (v.18). Tiago desafia
alguém a mostrar a fé sem as obras e garante que pode mostrar a fé pelas
obras. Ele, como Paulo,
toma o exemplo de Abraão, destacando o aspecto visível da fé do
patriarca, quando ofereceu seu filho para ser imolado (v.21), acentuando que a fé cooperou com
as obras e estas aperfeiçoaram a fé, concluindo que "o homem é
justificado pelas obras e não somente pela fé" (v.24).
d) O exemplo de Raabe. Tiago diz que Raabe, a meretriz, que acolheu os
espias enviados por Josué, creu em Deus e foi justificada pelas obras. Ou seja:
pelo seu ato consciente de que estava acolhendo servos do Deus Altíssimo
(v.25).
A justificação pela fé e também pelas obras
1. A aparente discordância entre Romanos e Tiago.
Não há contradição sobre os ensinos da justificação
pela fé e também pelas obras, nos livros acima. Romanos trata da justificação do pecador,
do ponto de vista de Deus, e como um ato perante Ele; ao passo que Tiago trata
do mesmo assunto, do ponto de vista humano, e como um processo contínuo na vida
cristã, aqui no mundo. O salvo é cidadão do céu, mas também da Terra.
2. A aparente discordância explanada. Paulo no cap. 4 de
Romanos (e noutras partes desse livro) trata da doutrina fundamental da justificação
pela fé; justificação esta perante Deus, cuja lei o pecador, agora
arrependido e penitente, violara continuamente. Na salvação do pecador a
evocação de obras humanas é um ultraje a Deus. Tiago, porém, no cap. 2 do seu
livro, trata da mesma doutrina, mas de outro ângulo: o pecador
perante o mundo, isto é, o lado visível da justificação; aquilo que o próximo
pode ver no crente. O mundo não pode ver a fé, mas vê as obras, isto é,
a nova vida do crente em
Cristo. Portanto, o pecador é justificado pela fé somente, em
Cristo, na presença de Deus; mas perante os homens o pecador é justificado
pelas obras da luz vista, nele.
a) Paulo vê a
justificação inicial. Esta é ato meritório de Deus e não da justiça obtida pelas
obras da lei ou das obras humanas, quando o homem aceita, pela fé, Jesus Cristo como Salvador.
b) Tiago vê a
justificação progressiva. É a justificação sob o ponto de vista das
evidências através das obras da fé, ou seja, as conseqüências da fé. O que, em última análise,
irmana-se à santificação, que é o aspecto da salvação em processo. Isso
porque uma fé sem evidências é uma fé morta. Não é a fé salvífica, pois esta não pode ser
estéril.
c) As causas da justificação. Não é a fé inconseqüente
nem as obras da lei que justificam o homem. Este é justificado, da parte de
Deus:
1) Pela graça: "Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua
graça, pela redenção que há em
Cristo Jesus" (Rm 3.23,24);
2) Pelo sangue de Cristo (Rm 5.9); e
3) Pela ressurreição de Cristo (Rm 4.25).
d) O meio da justificação. Aqui, sim, entra o papel da fé. Ela não é
causa nem é fim. É meio entre a graça e a justificação. E a Bíblia nos dá luz
sobre isso, quando diz: "Pela graça sois salvos, por meio da fé..."
(Ef 2..
e) O resultado precípuo da fé. Em Rm 5.1, lemos:
"Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor
Jesus Cristo". É o mesmo que dizer: justificados por meio da fé. A
justificação faz parte da salvação. Esta vem da graça, mediante a fé,
resultando na "paz com Deus" por intermédio de Jesus Cristo.
f) As evidências da justificação. Nesse ponto, a
Bíblia declara no cap. 2 de Tiago que "a fé se não tiver as obras é morta
em si mesma" (v.17). Isto
não é uma contradição entre os sacros escritos de Paulo e Tiago, pois ambos
foram inspirados pelo mesmo Espírito. É que Tiago aborda a justificação
sob o ângulo dos efeitos, das evidências, na vida do crente fiel, enquanto
Paulo vê o assunto sob o ângulo das causas da justificação como ato perante
Deus.
g) Paulo também salienta as obras do salvo. Sim! Após
dizer que a salvação não vem das obras (como causa), ele assevera que Deus nos
fez, "criados em
Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para
que andássemos nelas" (Ef 2.10). As obras dos salvos são tão importantes,
que Paulo diz que Deus "recompensará cada um segundo as suas obras".
Ele dará "vida eterna, aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória,
honra e incorrupção" (Rm 2.6,7), mas "indignação e ira" aos
desobedientes, e "tribulação e angústia sobre toda alma do homem
que faz o mal" (Rm 2.8,9).
Considerações finais sobre a fé e as obras:
1)
A fé puramente intelectual não é a fé salvífica;
2)
A fé salvadora é, também, fé servidora;
3)
As obras aperfeiçoam a fé (Tg 2.22);
4)
As obras justificam a fé (Tg 1.21);
5)
A fé sem as obras (do salvo) é morta (Tg 2.17) e as obras (da lei, dos atos
humanos, da carne - Gl 5.19; 2 Tm 1.9) sem a fé, são
mortas; e
6)
A fé salvífica tem que andar juntamente com as obras do salvo, demonstradas
pela obediência em "santificação, sem a qual ninguém
verá o Senhor (Hb 12.14).
"Não podemos, obviamente, exercer a fé salvífica
à parte da capacitação divina. Mas ensina a Bíblia que, quando cremos, estamos
simplesmente devolvendo o dom de Deus? Seria necessário, para protegermos o
ensino bíblico da salvação pela graça mediante a fé somente, insistir que a fé
não é realmente nossa, mas de Deus? Alguns citam determinados versículos como
evidências em favor de semelhante opinião. J.I. Packer
diz: 'Deus, portanto, é autor de toda a fé salvífica (Ef 2.8; Fp 1,29)'. H. C. Thiessen afirma que
há 'um lado divino dá fé, e um lado humano', e então declara: 'A fé é um dom de
Deus (Rm 12.3; 2 Pe 1.1) outorgado soberanamente pelo
Espírito de Deus (1 Co 12.9; cf. Gl 5.22). Paulo diz que todos os aspectos da
salvação são um dom de Deus (Ef 2., e por certo a fé esta incluída aí.
"É necessário; perguntar, no entanto: Inclinam
todas as referências citadas inequivocamente a fé
'salvífica? Parece que Romanos 12.3 e 1 Coríntios
12.9 não se referem a ela, e Gálatas 5.22 certamente não. A fé considerada
nesses versículos é a fé (ou fidelidade) demonstrada pelos crentes na
contínua experiência cristã. O versículo em Efésios desperta dúvidas, porque
'fé' é feminino e 'isso' é neutro (em grego). Normalmente, o pronome concorda
com o antecedente quanto ao seu gênero. Paulo quer dizer que a questão inteira de sermos salvos é
dádiva de Deus, ao invés de conquistarmos a salvação pelas nossas boas
obras. Louis Berkhof diz; 'A verdadeira fé;
salvífica é a que tem seu centro no coração e está arraigada na vida
regenerada'. Poderíamos olhar para aqueles versículos de modo diferente? Por
exemplo: 'A fé... é a resposta do homem. É Deus quem possibilita a fé, mas a fé
(o ato de crer) não é de
Deus, mas do homem'. A fé não é obra, mas sim a mão estendida que se
abre para aceitar a dádiva divina da salvação."
"Tiago objetiva seus ensinos contra os que na igreja
professavam fé em Cristo e na expiação pelo seu sangue, crendo que isso por si
só bastava para a salvação. Eles também achavam que não era essencial no
relacionamento com Cristo obedecer-lhe como Senhor. Tiago diz que semelhante
fé é morta e que não resultará em salvação, nem em qualquer outra coisa boa (vv.
14. 16, 20-24). O único tipo de fé que salva é 'a fé
que opera por caridade’ (Gl 5.6).
"Não devemos, por outro lado, pensar que mantemos
uma fé viva, exclusivamente por nossos próprios esforços! A graça de Deus, o
Espírito Santo que em nós habita e intercessão sacerdotal de Cristo (Hb 7.25)
operam em nossa vida, capacitando-nos a obedecer a Deus pela fé, do começo ao
fim (cf. Rm 1.17). Se deixarmos de ser receptivos à graça de
Deus e à direção do Espírito Santo, nossa fé sucumbirá."
Bibliografia De
Limahttp://www.ebdareiabranca.com/EpistolaTiago/tlicao06Ajuda02.htm
Re: Devemos praticar boas obras, não para sermos salvos, mas porque somos salvos.
Este é o problema!!
VitorA- Mensagens : 340
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Re: Devemos praticar boas obras, não para sermos salvos, mas porque somos salvos.
VitorA escreveu: Este é o problema!!
Nem com óculos de graduação quanto mais de óculos escuros
Jb50- Mensagens : 785
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Data de inscrição : 04/06/2012
Re: Devemos praticar boas obras, não para sermos salvos, mas porque somos salvos.
Lembrando sempre que nossa doutrina ensina que:
"A regeneração ou o novo nascimento só se alcança pela fé em Jesus Cristo"
Re: Devemos praticar boas obras, não para sermos salvos, mas porque somos salvos.
Devemos praticar boas obras, não para sermos salvos, mas porque somos salvos.
por Lourival soldado cristão em Sex 25 Jan - 10:19
Há controvérsias.
O que está escrito a respeito da salvação é que: Marcos 16 (16) - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
A fé é a recepção interna de Cristo, e o batismo é o testemunho externo dessa fé.
O batismo com água é um sinal/símbolo da união do crente com Cristo com sua morte, sepultamento e ressurreição.
Não está afirmando que “somos salvos”, no sentido de “já nos consideramos salvos”!
Salvação; do latim salvatio, salvamento, libertação de um perigo iminente.
Livramento do que aceita a Cristo do poder e da maldição do pecado; restituição do homem à plena comunhão com DEUS.
Ato pelo qual DEUS livra a pessoa de situações de perigo, Isaias 26 (1), opressão, Lamentações 3 (26); Malaquias 4 (2), sofrimento, II Coríntios 1 (6), etc.
Salvação da Alma: Ato e processo pelo qual DEUS livra a pessoa da culpa e do poder do pecado e a introduz numa vida nova, cheia de bênçãos espirituais, por meio de Cristo Jesus, Lucas 19 (9-10); Efésios 1 (3,13).
A salvação deve ser desenvolvida pelo crente, Filipenses 2 (12), até que seja completada no fim dos tempos, Romanos 13 (11); I Pedro 1(5); 2 (2).
A salvação é obtida pela graça de DEUS, é um dom gratuito e imerecido que o pecador recebe mediante a fé que empenha no sacrifício vicário de Jesus Cristo. Ver Efésios 2 (8~11).
Salvação pelas obras; doutrina segundo a qual o homem é salvo mediante as boas obras que praticar.
Tal ensinamento, via de regra, prescreve além das obras, penitencias e sacrifícios, anulando assim a gratuidade da salvação que nos oferece o Cristo. Efésios 2 (8~11).
Salvação universal; doutrina apregoada por alguns utópicos (irreais), segundo a qual, na consumação de todas as coisas, DEUS acabará por salvar toda a humanidade, sem quaisquer exceções, inclusive Satanás.
O que está escrito a respeito da salvação é que: Marcos 16 (16) - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
A fé é a recepção interna de Cristo, e o batismo é o testemunho externo dessa fé.
O batismo com água é um sinal/símbolo da união do crente com Cristo com sua morte, sepultamento e ressurreição.
Não está afirmando que “somos salvos”, no sentido de “já nos consideramos salvos”!
Salvação; do latim salvatio, salvamento, libertação de um perigo iminente.
Livramento do que aceita a Cristo do poder e da maldição do pecado; restituição do homem à plena comunhão com DEUS.
Ato pelo qual DEUS livra a pessoa de situações de perigo, Isaias 26 (1), opressão, Lamentações 3 (26); Malaquias 4 (2), sofrimento, II Coríntios 1 (6), etc.
Salvação da Alma: Ato e processo pelo qual DEUS livra a pessoa da culpa e do poder do pecado e a introduz numa vida nova, cheia de bênçãos espirituais, por meio de Cristo Jesus, Lucas 19 (9-10); Efésios 1 (3,13).
A salvação deve ser desenvolvida pelo crente, Filipenses 2 (12), até que seja completada no fim dos tempos, Romanos 13 (11); I Pedro 1(5); 2 (2).
A salvação é obtida pela graça de DEUS, é um dom gratuito e imerecido que o pecador recebe mediante a fé que empenha no sacrifício vicário de Jesus Cristo. Ver Efésios 2 (8~11).
Salvação pelas obras; doutrina segundo a qual o homem é salvo mediante as boas obras que praticar.
Tal ensinamento, via de regra, prescreve além das obras, penitencias e sacrifícios, anulando assim a gratuidade da salvação que nos oferece o Cristo. Efésios 2 (8~11).
Salvação universal; doutrina apregoada por alguns utópicos (irreais), segundo a qual, na consumação de todas as coisas, DEUS acabará por salvar toda a humanidade, sem quaisquer exceções, inclusive Satanás.
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