UFC, só que entre nós - É assim mesmo,no Fórum ocorre muito UFC ultimamente alguns tem saído machucados.

[Marcia]

Adventista não é cristão. Pentecostal não entende nada de Bíblia. A Igreja Católica é a Mulher do Apocalipse. O arminianismo tem uma teologia fraca.  Os crentes tradicionais são crentes mortos. Os calvinistas se acham “os escolhidos”. Os neopentecostais são a vergonha da tradição evangélica. Qualquer semelhança dos comentários acima com a realidade teológica brasileira não será mera coincidência.

Quando penso nas discussões teológicas, me vem à cabeça UFC. Não gosto de MMA. Apesar de o esporte estar virando uma mania nacional e mundial, ainda acredito que seja algo muito violento e penso como meu amigo Murillo Leal que disse que “antigamente quebrar a cara de alguém era crime, agora é esporte”.  E não gosto de UFC simplesmente por achar o esporte muito violento. Não faço comentários do tipo “UFC não vêm de Deus” ou “crente não deveria assistir essas coisas”. Não gosto, mas tenho muitos amigos que não perdem uma luta, e faço o possível para respeitar aqueles que gostam.

A relação que enxergo entre o UFC e as discussões teológicas é que quase sempre um dos debatedores sai “machucado”, enquanto o outro sai por cima, e muitas vezes aplaudido pela “plateia” teológica. As provocações são frequentes e ali se vê de tudo, menos amor.


1 Coríntios 13: não apenas para casamentos

Um dos textos bíblicos mais lidos e mais lindos é o de Paulo em 1 Coríntios 13. Já é normal o texto ser lido em cerimônias de casamentos e eventos para casais. No entanto, é necessário lembrar que o contexto em que Paulo escreve é totalmente diferente do qual usamos frequentemente o texto.

Os coríntios foram atormentados com controvérsias sobre adoração, classe social e dons espirituais. Todas as suas divergências tinham vínculos e implicações teológicas. E todas as controvérsias mostravam seus corações sem amor.

Então, Paulo em sua rica sabedoria e inspirado pelo Espírito Santo, mostra-lhes o que o amor é e o que o amor não é. “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha” e assim por diante. Este capítulo de 1 Coríntios é para todos aqueles que se vem diante de um controvérsia.

A ilusão do profeta

Controvérsias são comuns. Desde o tempo dos apóstolos a Igreja sempre teve as suas disputas teológicas. Se nos preocuparmos com a preservação e aplicação das verdades bíblicas, inevitavelmente vamos nos encontrar envolvido em algumas dessas divergências e nosso amor será ali testado.

Conta-se a história de um pastor que estava em seu gabinete, quando de repente entra correndo  uma profetiza e diz ao pastor “Pastor, eu tenho uma mensagem de Deus! Deus falou comigo e disse que esta noite esta cidade será destruída, por causa do pecado”. O pastor parou, olhou nos fundos dos olhos daquela mulher e disse “Você está mentindo”. A mulher assustada indagou “Eu? Por quê? Recebi uma mensagem de Deus…”. O pastor respondeu “Você está mentindo porque se você fosse uma profetiza de verdade estaria dizendo isso com lágrimas nos olhos!”.

Nossa moderna ilusão é a de que somos profetas, falando a verdade em nome de Deus. Mas que verdade é essa que dizemos sem amor e que fere as pessoas? O profeta não fala para destruir, mas para transformar.

Devemos levar 1 Coríntios como companheiro para todos os momentos , inclusive os de embates teológicos. Discussões acerca de Deus e de sua palavra são boas e até edificam, porque podem quebrar preconceitos e ensinos errados. Debates teológicos são bons quando as pessoas debatem, debatem e debatem, mas depois saem juntas, se respeitando, e abraçadas para tomar uma bem gelada e rir um pouco da vida. O resto é resto.

E lembrem-se sempre das palavras de Jesus: “Nisto conhecerão todos que são meus discípulos: se amarem uns aos outros”

[Peregrina]

Jonas fugiu, e foi parar no estomago de um animal marinho... E foi pregar sobre a destruição sem lágrimas nos olhos.

De fato, usamos muito pouco o amor.